terça-feira, 31 de agosto de 2021

Pronomes 1 e 2 - emprego, formas de tratamento e colocação

 O que é PRONOME?

Os "Pronomes" constituem uma categoria de palavras tão importante quanto a dos substantivos. Eles podem servir como uma espécie de curinga, sendo usados para substituir um substantivo. Pode ainda se referir a um substantivo, ou acompanhá-lo qualificando-o de alguma maneira. Variáveis em gênero e número, os pronomes concordam com o substantivo ao qual substituem, se referem ou qualificam. 


3  FUNÇÃO: O pronome tem duas funções fundamentais:

Substituir o nome Nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal. Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um pronome substantivo porque está substituindo um nome)


4  Pronomes Pessoais

São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso:

1ª pessoa - a pessoa que fala - EU/NÓS

2ª pessoa - a pessoa com que se fala - TU/VÓS

3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ELE/ELA/ELES/ELAS Pronomes pessoais retos : são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo. 


5  Pronomes oblíquos - funcionam como complemento ou adjunto

Associação de pronomes a verbos: Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r, -s, -z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes.

Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem.        Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.

Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas no, na, nos, nas. Ex.: Fizeram um relatório.        Fizeram-no.


6  Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração. Ex.: Maria olhou-se no espelho Eu não consegui controlar-me diante do público.

Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do verbo no infinitivo Ex.:O professor trouxe o livro para mim.(pronome oblíquo, pois é um complemento) O professor trouxer o livro para eu ler.(pronome reto, pois é sujeito)


7  Pronomes de tratamento

São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e oficial e outros em situações de intimidade. Conheça alguns:

você (v.) : tratamento familiar 

senhor (Sr.), senhora (Srª.) : tratamento de respeito 

senhorita (Srta.) : moças solteiras 

Vossa Senhoria (V.Sª.) : para funcionários graduados e na linguagem comercial

Vossa Magnificência (V.Mag.ª): para reitores de universidades

Vossa Excelência (V.Exª.) : para altas autoridades e oficiais-generais

Vossa Reverendíssima (V. Revmª.) : para sacerdotes 

Vossa Eminência (V.Emª.) : para cardeais 

Vossa Santidade (V.S.) : para o Papa e o Dalai Lama

Vossa Majestade (V.M.) : para reis e rainhas 

Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) : para imperadores 

Vossa Alteza (V.A.) : para príncipes e duques


8  1- Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa.

Ex.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade)

2- Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome "vossa" se transforma no possessivo "sua". Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)


9  Pronomes Possessivos

Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo. Concordam em gênero e número com a coisa possuída.

São pronomes possessivos da língua portuguesa as formas:

1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);

2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);

3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).

Dele(s), dela(s) não são pronomes possessivos.


10  Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo, também, vir depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o sentido da frase.

O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambiguidade, para desfazê-la, deve-se preferir o uso do dele (a/s), de você, do senhor ou da senhora (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de quem?); pode também indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos).

Além disso, podem indicar afeto, respeito ou ofensa.

Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma alteração fonética de Senhor.


11  Pronomes Demonstrativos

Demonstrativos são pronomes que demonstram, ou seja, evidenciam o lugar onde um ser se encontra no espaço, no tempo ou no próprio texto, em relação às pessoas do discurso. Podem ser variáveis (flexionadas em gênero e número) ou invariáveis. Vejamos o quadro:


12   Primeira pessoa: Este, estes, esta, estas, isto.

Segunda pessoa: Esse, esses, essa, essas, isso. 

Terceira pessoas: Aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo.


13  Pronomes Indefinidos

Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos, merece atenção sua identificação.


14  São pronomes indefinidos de:

pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem, fulano, sicrano, beltrano;

lugares: onde, algures, alhures, nenhures;

pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), bastante (s), cada.


15  Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar para:

algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum resolverá o problema), e na linguagem popular e até por escritores de renome, pode significar dinheiro (Você tem algum para emprestar?);

cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral, na ausência deles, usa-se cada um ou cada qual (Elas receberam 3 balas cada uma);

alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser adjetivos. (Certas pessoas não podem ser eleitas / Precisamos eleger as pessoas certas)

bastante pode vir como adjetivo também (= suficiente), se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);

qualquer é sempre pronome de sentido afirmativo, nas frases negativas deve se usar nenhum(a); depois do substantivo, tem valor pejorativo.


16  Pronomes relativos

São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. O nome citado denomina-se  ANTECEDENTE do pronome relativo.

Ex.: "A rua onde moro é muito escura à noite." onde: pronome relativo que representa "a rua" a rua : antecedente do pronome "onde"


17  O pronome relativo QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O QUAL"

Ex.: "Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris." Antecedente: menina Pronome relativo antecedido de preposição: de quem


18  Pronomes interrogativos

Os pronomes interrogativos são indefinidos e usados para formular perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. São eles: que, quem, qual, quais, quanto(s), quantas(s).  • Perguntas diretas são aquelas iniciadas por palavra interrogativa e emprego de ponto de interrogação.  • Perguntas indiretas são aquelas que são iniciadas por verbos próprios para interrogar e terminam com ponto final.  Vejamos: Qual tema você defenderá na sua monografia? (interrogativa direta)  Fale para nós qual o tema da sua monografia. (interrogativa indireta)


19  Os pronomes interrogativos podem ser ainda: substantivos ou adjetivos quando acompanhados de um substantivo:

 Observe: 

1. Quem lavou minhas roupas? = pronome substantivo. 

2. Quantos meses faz que você não lava sua roupa? = pronome adjetivo.  Na primeira oração o pronome interrogativo substitui um possível substantivo na resposta à pergunta: “Quem lavou?” “Alguém lavou: mãe, pai, serviço de lavanderia, etc”.  Na segunda oração temos o pronome adjetivo “quantos”, pois acompanha o substantivo “meses”.

 Colocação Pronominal
Na utilização prática da língua, a colocação dos pronomes oblíquos é determinada pela eufonia, isto é pela boa sonoridade da frase.
Por isso, em certos casos, podem ocorrer diferenças entre o que a norma gramatical propõe e o que realmente se usa.
Vamos ver, a seguir, as principais orientações para o emprego dos pronomes na língua culta.

4  Colocação pronominal
Os pronomes oblíquos átonos são: me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes.
Na frase, esses pronomes podem, dependendo de certos fatores, aparecer em três diferentes posições em relação ao verbo: antes, no meio ou depois.
Vamos ver, a seguir, as principais orientações para o emprego dos pronomes oblíquos na língua culta.

5  Próclise  Quando o pronome está antes do verbo.
1. Usa-se a próclise quando há palavras que, por eufonia “atraem” o pronome para antes do verbo. São elas:
a) Palavras de sentido negativo (não, nada, nem, nunca, ninguém, jamais...)
Ex.: Nunca me convidam para festas.
b) Advérbios, não seguido de vírgula (hoje, aqui, sempre, talvez, muito, realmente, já, lá etc.)
Ex.: Assim se resolvem os problemas.
c) Conjunções subordinativas (que, quando, embora, se, como, conforme, porque, etc).
Ex.: Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

6  d) Os seguintes pronomes:
* Relativos (que, quem, cujo, onde, qual, quanto, como, quando, etc.)
Ex.: Não encontrei o caminho que me indicaram.
* Indefinidos: (alguém, tudo, ninguém, outros, muitos, todos, poucos, etc.)
Ex.: Tudo se acaba na vida.
* Demonstrativos: (este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, etc.)
Ex.: Isso lhe fez muito bem.

7  2. A próclise é também usada em frases interrogativas iniciadas por pronome ou advérbio interrogativo, exclamativas iniciadas por palavra exclamativa e optativas (frases que exprimem desejo).
Ex.: Quem te disse que ele não viria? (frase interrogativa)
Quanto me custa dizer a verdade! (frase exclamativa)
Deus te proteja! (frase optativa)
3. Também se usa próclise em frases com a preposição em + verbo no gerúndio e quando o verbo é proparoxítono.
Ex.: Em se tratando de cinema, prefiro comédias.
Nós a encontráramos antes de ele chegar.
4. Em frases com preposição + infinitivo flexionado (isto é, conjugado).
Ex.: A situação levou-os a se posicionarem contra a greve.

8  Casos facultativos de próclise
Pode-se utilizar tanto a próclise quanto a ênclise:
1. Com pronomes pessoais do caso reto, possessivos e de tratamento, substantivos, numerais e conjunções coordenativas, desde que não precedidos de palavra atrativa.
Ex.: Eu lhe obedeço. (próclise)
Eu obedeço-lhe. (ênclise)
b) Com infinitivo não flexionado precedido de preposição ou palavra negativa.
Ex.: Vim para te apoiar. (próclise)
Vim para apoiar-te. (ênclise)
Espero não o encontrar. (próclise)
Espero não encontrá-lo. (ênclise)

9  Mesóclise Quando o pronome está no meio do verbo.
Essa colocação pronominal é obrigatória quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Ex.: Convidar-me-ão para a solenidade de posse da nova diretoria.
Convidar-te-ia para viajar comigo, se pudesse.
Observações:
1ª) Se o verbo no futuro vier precedido de alguma palavra que exija a próclise, desfaz-se a mesóclise. Ex.: Não me convidarão para a solenidade de posse da nova diretoria. Sempre te convidaria para viajar comigo, se pudesse.
2ª) Se o verbo no futuro não iniciar a oração, a mesóclise é opcional.
Ex.: Meus amigos me chamarão para o evento.
ou
Meus amigos chamar-me-ão para o evento.
3) Com esses tempos verbais jamais ocorre a ênclise.
4) A mesóclise é uma colocação exclusiva da língua culta e da modalidade literária, não ocorrendo na fala espontânea de nenhum falante, a menos que seja intencional. Geralmente é substituída por uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar ir.
5) Deve ser evitada em textos argumentativos, por conferir um tom cerimonioso ao discurso.

10  Ênclise  Quando o pronome está depois do verbo.
 É a colocação normal do pronome na língua culta.
A ênclise é usada principalmente nos seguintes casos:
1. Quando o verbo inicia a oração.
Ex.: Entregou-me os documentos hoje.
2. Com o verbo no imperativo afirmativo
Ex.: Por favor, diga-nos o que aconteceu.

11  Observações
1ª) Se o verbo que inicia a oração estiver no futuro, usa-se a mesóclise.
Ex.: Entregar-te-ei os livros amanhã.
2ª) De acordo com os padrões da norma culta, não se deve iniciar uma oração por pronome oblíquo, exceto sob licença poética ou quando se pretende reproduzir a fala coloquial.
3ª) Somente os pronomes pessoais retos podem iniciar uma oração. Quando o se não é pronome, mas conjunção, também pode iniciar. 
4ª) Veja no entanto, no texto a seguir, o que o escritor modernista Oswald de Andrade pensava a respeito dessa regra gramatical.

12  Pronominais Oswald de Andrade
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

14  Em relação aos tempos compostos e às locuções verbais
O pronome oblíquo pode vir:
Enclítico em relação ao verbo principal, se este vier no infinitivo ou no gerúndio.
Ex.: Eu quero contar- lhe a verdade.
Proclítico ou enclítico em relação ao verbo auxiliar.
Ex.: Eu lhe quero contar a verdade.
Eu quero-lhe contar a verdade.
Mesoclítico, se o auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Ex.: Ter-lhe-ia contado a verdade, se a soubesse.

sábado, 28 de agosto de 2021

Chamada Sábado Cine - SBT 14:15 Sábado

 Chamada da sessão de cinema Sábado Cine, que vai ao ar todos os sábados às 14:15 após a série Eu, A Patroa e as Crianças

Chamada Aventura Selvagem - SBT 22:30 Sábado

 Chamada do programa Aventura Selvagem, que vai ao ar todos os sábados às 22:30 após o Boletim de Ocorrências

Chamada 1 Contra 100 - SBT 23:15 Quarta

 Chamada do programa 1 Contra 100, que vai ao ar todas as quartas às 23:15 após a novela Ana Raio e Zé Trovão

Chamada Bom Dia & Cia - SBT 09:00 Segunda a Sexta

 Chamada do programa infantil Bom Dia & Companhia, que vai ao ar de segunda a sexta às 09:00

Chamada Sábado Animado - SBT 07:00 Sábado

 Chamada do programa infantil Sábado Animado, que vai ao ar todos os sábados às 07:00 no SBT

Chamada Programa Raul Gil - SBT 14:15 Sábado

 Chamada do Programa Raul Gil, que vai ao ar todos os sábados às 14:15, após a série Eu, A Patroa e as Crianças

Chamada Domingo Legal - SBT 11:00 Domingo

 Chamada do Domingo Legal, que vai ao ar todos os domingos às 11:00 após o Clube do Chaves

Chamada Cine Espetacular - SBT 23:15 Terça

 Chamada da sessão de cinema Cine Espetacular que vai ao ar todas as terças às 23:15 após a novela Ana Raio e Zé Trovão

Chamada A Praça é Nossa - 23:15 Quinta

 Chamada do humorístico A Praça é Nossa, que vai ao ar todas as quintas às 23:15 após a novela Ana Raio e Zé Trovão

Chamada Programa Silvio Santos - 19:00 Domingo

  Chamada do Programa Silvio Santos, que vai ao ar todos os domingos às 19:00 após o programa Eliana

Chamada Faixa Nobre do SBT - 21:15 Segunda a Sábado

 Chamada da Faixa Nobre do SBT, que vai ao ar de segunda a sábado às 21:15 após a novela Canavial de Paixões, com um programa diferente a cada dia da semana:

Segunda - Hebe

Terça - Esquadrão da Moda

Quarta - Qual é o seu Talento?

Quinta - Conexão Repórter

Sexta - Aventura Selvagem

Sábado - Supernanny

Abertura e Intervalo - Cinespecial: Sessão Especial do SBT

 Vinhetas de abertura, estamos apresentando e voltamos a apresentar da sessão de cinema Cinespecial, que vai ao ar excepcionalmente no Natal e no Ano Novo, após a Tela de Sucessos. Também vai ao ar nos festivais de aniversário do SBT, de sexta para sábado e de sábado para domingo nos dias antes das eleições e das provas do Enem e do vestibular da Fuvest.

Chamada Esmeralda e Camaleões - SBT 15:15 e 16:00 Segunda a Sexta

 Chamada das novelas mexicanas Esmeralda e Camaleões, que vão ao ar de segunda a sexta às 15:15 e 16:00 no SBT

Chamada Tela de Sucessos - SBT 23:15 Sexta

 Chamada da sessão de cinema Tela de Sucessos, que vai ao ar todas as sextas às 23:15 após a novela Ana Raio e Zé Trovão no SBT

Chamada Pérola Negra e Maria Esperança - SBT 14:15 e 15:00 Segunda a Sexta

 Chamada das novelas Pérola Negra e Maria Esperança, que vão ao ar no SBT às 14:15 de segunda a sexta após a série Arnold.

Chamada De Frente com Gabi - SBT 00:00 Segunda / Reprise 00:00 Quinta

 Chamada do programa de entrevistas De Frente com Gabi, que vai ao ar todas as segundas à meia-noite após o Programa Silvio Santos, e é reprisado às quintas à meia-noite após o reality show Solitários.

Chamada Solitários - SBT 23:15 Quarta

 Chamada do reality show Solitários, que vai ao ar todas as quartas às 23:15 após a novela Ana Raio e Zé Trovão no SBT.

Chamada Cine Belas Artes - SBT 22:45 Sábado

 Chamada da sessão de cinema Cine Belas Artes, que vai ao ar todos os sábados às 22:45 no SBT.

Chamada Eliana - SBT 15:00 Domingo

 Chamada do programa Eliana, que vai ao ar todo domingo às 15:00 após o Domingo Legal

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Crase, contração e combinação - Verificação de ocorrência da crase, diferença entre preposição e prefixo, casos obrigatórios, proibidos e facultativos

 1) Contração e Combinação. São junções de uma preposição  a outra palavra que vem posposta. Quando há aglutinação (desaparecimento de elementos da grafia e da sonoridade) temos uma contração; quando os elementos unidos preservam-se intactos, isto é, quando apenas são justapostos, sem aglutinação, temos uma combinação. A primeira palavra é quase sempre uma preposição, mas pode ser também um pronome (no caso das contrações).


2) Combinação. Não ocorre alteração nem na estrutura nem nos fonemas das preposições. São poucos os casos:


a) A preposição “A” se une ao artigo definido “O” (ou “OS”):  Não fiques exposto muito tempo AO sol quente!

Faze um bosquejo de tua monografia e o envia AO teu orientador.


b) A preposição “A” se junta AO advérbio “ONDE”: AONDE (usado sempre que indica movimento. Assim não é usado com os verbos SER, ESTAR, PERMANECER  etc.)


Vai AONDE houver bom hospital e te trata! Caso contrário, vais sofrer  a vida toda e ONDE estiveres.


c) Desde (dês + de). Desde meio-dia, estou lendo.


d ) Porque (por + que):  Por que você fez isso? Fi-lo porque quis!


3) Contração. Ocorre quando as preposições A, DE, EM e PER (grafia antiga da atual preposição POR) se unem a artigos, pronomes ou advérbios, havendo alteração mórfica e fonética, mais precisamente, ocorrem perda de som devido à redução nas letras (com DE, certas contrações são proibidas): Põe a roupa NO (EM+O) guarda-roupa. Esse armário é DELE (DE+ELE), a contração está correta porque DELE é pronome possessivo. Isso não é jeito DE ELE falar (aqui não se faz a contração, pois ELE é sujeito do infinitivo falar; e, jamais, uma preposição pode introduzir o sujeito). O chapéu DO (DE+ O) palhaço caiu. Na emergência, o paciente foi operado PELO enfermeiro. São vários casos.


4) Contrações Obrigatórias. Há contrações que são obrigatórias. São as formadas pela preposição mais (+) o artigo definido ou pronome demonstrativo. POR + O(s): PELO, PELOS.  EM + ESTE: NESTE. A+A: À (esta contração À, A+A, uma fusão de vogais idênticas, chama-se CRASE).


Nota: Não se deve confundir PREPOSIÇÃO com PREFIXO. Este é um morfema da palavra, que se junta a uma raiz ou a um radical para dar-lhe um sentido diferente. PRE + DIZER= PREDIZER.  Por vezes, as novas palavras são hifenizadas: anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, micro-ondas, sobre-elevação, pré-escolar, pré-nupcial, pós-graduação, pró-reitor. Normalmente, as palavras formadas por prefixos, sufixos ou mesmo pela união de radicais diferentes, mantém integralmente os sons dos elementos que entraram na composição da palavra. Então, aqui também, podemos falar em COMBINAÇÃO.


5) Contrações Facultativas. Pode-se usar de  forma contraída ou expressa: Em um (ou num),  em uns (ou nuns), em uma (numa), em umas (numas), de um (dum, s), de uns (duns), de uma (duma, s), em algum (nalgum, a,s), de algum (dalgum, a,s), aquele outro (aqueloutro, a,s), àquele outro (àqueloutro, a,s), naquele outro (naqueloutro a,s), daquele outro (daqueloutro, a,s), nesse outro (nessoutro, a,s), desse outro (dessoutro, a,s), esse outro (essoutro, a,s), neste outro (nestoutro, a,s), deste outro (destoutro, a,s ), este outro (estoutro, a, s), em outro (noutro, a,s), de outro (doutro, a,s), de onde (donde), de aqui  (daqui), de  aí (daí), de  ali (dali), de  além (dalém). Citei apenas alguns exemplos dentre outros. 


6) Contrações Proibidas.  Conforme já foi observado, não se contrai DE com o artigo O (a,s), ou ELE  (a,s), sujeitos de  orações, embora alguns considerem corretas. Estão errados: Chegou o momento DO homem entrar (o certo: chegou o momento DE O homem entrar; aqui o artigo introduz o sujeito da oração, portanto não pode ser contraído com a preposição). “COM”, sempre contraído com os oblíquos (comigo, contigo, consigo, conosco,  convosco), tem como exceção “CONOSCO”, que deve ficar   expresso  antes de numerais, mesmos, próprios e todos: Com nós mesmos / próprios, tudo conseguimos. Minha irmã sairá com nós quatro. O elevador enguiçou com nós todos dentro. Em linguagem informal, CONOSCO é substituído pela expressão COM A GENTE. Em Portugal, usa-se CONNOSCO.


7) Contração Apostrofada. N’Os Lusíadas o Português foi alçado aos píncaros. N’A União só sai matéria do interesse do governo. Há gramáticos que defendem ser os apóstrofos desnecessários, embora seja seu uso correto, bastando pôr o artigo com letras maiúsculas: nO Estado de São Paulo, nOs Sertões.


8)Contrações Indevidas. Os gramáticos não veem com simpatia estas contrações: Cadê /quedê (onde + está), pra e pro (para + o). Mas, o que fazer se elas há muito estão na boca do povo e nos poemas dos poetas?  Para estes, elas facilitam, e tanto,  quando a briga é contra a métrica. Na linguagem padrão, porém, contudo, entretanto, todavia...


9) Notas:  Essas ligações (das preposições com outras classes gramaticais) nascem na linguagem falada e, depois, refletem-se na escrita.


10) Um Tipo Especial De Contração: A CRASE: É fusão de um A artigo (feminino) com outro A, preposição ou pronome. Essa fusão é marcada graficamente com o “acento” grave (`): A+A= À.


METATAPLASMOS E CRASE


Na evolução de um idioma, as palavras vão sofrendo modificações , seja com a supressão seja com a fusão de fonemas (sons). Essas alterações morfológicas das palavras recebem um nome genérico de metaplasmos.  Então,  há metaplasmos por adição,  por supressão ou  por transformação de sons. As combinações e as contrações são tipos de metaplasmos. A crase, uma contração de sons iguais, é , assim, um metaplasma por supressão de sons (fonemas). Vem do grego krasis, que significa junção, união. Trata-se do encontro de duas vogais idênticas (A+A).


É a etimologia, a história das palavras e de seus elementos mórficos, que estuda essas alterações fonéticas (e escritas) na evolução da língua. Do latim ao português atual ocorreram muitos metaplasmas, e estes continuam, até com mais intensidade, nos dias atuais. As palavras alteradas que são faladas (por quem não domina a linguagem padrão) são chamados barbarismos (são os erros de ortoépia) – como INGREJA em vez de igreja, INTERIM em vez de ínterim, de grafia - como CERTESA em vez de certeza, de flexões - MENAS em vez de menos, REAVEU em vez de reouve, de semântica - como  “ir de encontro a” quando se deseja dizer ir “ao encontro de”, 'ao invés de' quando se deseja dizer 'em vez de'), uso inadequado de homônimos ou parônimos - como 'ratificar' quando se deseja dizer 'retificar', 'seção' quando se deseja dizer 'sessão'), e uso excessivo e desnecessário de estrangeirismos - como ('show' em vez de 'espetáculo', 'delivery' em vez de 'entrega em domicílio' e 'contraceptivo' em vez de 'anticoncepcional')

Interim é como os mineiros pronunciam inteirinho.

Se mesmo assim você quiser usar o estrangeirismo, coloque itálico ou aspas.

Exemplos de metaplasmas:  PER (Latim e português arcaico): Por (preposição); SEER (português arcaico): Ser; POER: Pôr. Tá (por está).  Cê (por você, que bem antes era vossa mercê, depois vossemecê, vosmecê, você). Um parêntese: PÔR é verbo de segunda conjugação. Por que, se sua vogal temática é O? Não seria ele de quarta conjugação? Não, só existem três conjugações verbais: AR, ER, IR. A explicação é esta: PÔR é uma corruptela de POER (verbo de segunda conjugação), que acabou se cristalizando no idioma e substituído a forma verbal original. O mesmo se aplica aos derivados, como IMPOR, EXPOR, etc.


1) Conceito. CRASE significa fusão. Em gramática, trata-se da junção de um A artigo com outro A (um A preposição regida por um verbo, substantivo, adjetivo ou advérbio, um A pronome demonstrativo, a vogal A que inicia um pronome demonstrativo, o A inicial do pronome relativo, por exemplo): A+A= À. Os principais casos de crase são de artigos (o artigo A) com a preposição A. Então, a primeira condição para que um A "seja craseado" (receba o sinal de “acento” grave)  é a existência desses dois AA. Analisemos essas orações:


a) Ele foi Á praia. Há aqui o A artigo e o A preposição, pois quem vai, vai A algum lugar. "Vale a pena ver de novo": Com verbos que indicam movimento (ir, vir, voltar) em direção a algum lugar, a preposição adequada é A ou PARA; se o verbo não indica esse movimento (estar, por exemplo), prefere-se EM: Ele está EM casa. Ele vai PARA casa. Ele vai a casa, mas já volta. Ele vai À casa dos pais. Hoje, ele fica EM casa. "Ir EM casa" se usa na informalidade e a literatura já registra esse uso, mas em situações formais deve ser evitado. Agora, uma diferença sutil: Ele foi A Recife (fica implícito seu retorno, normalmente em breve). Ele foi PARA Recife (fica entendido que talvez não retorne, foi para ficar lá).


b) Ele bebeu A água. Temos aqui apenas o A artigo ( A água), pois o verbo é transitivo direto. Não existe crase, porque esses verbos não são regidos de preposição, exceto nos casos de objeto direto preposicionado.


c) Ele deu o giz À Lúcia. O verbo DAR é bitransitivo: Pede um objeto direto (no caso, o giz) e um objeto indireto (no caso, Lúcia), que se liga ao verbo mediante a preposição A (quem dá, dá algo A alguém). Nas regras de uso do artigo, este não pode ser usado antes de nomes de pessoas, exceto se estas nos forem íntimas ou familiares. Isso tem implicações na crase. Em situações assim pode haver ou não crase, dependendo do tipo de relação que existe entre quem escreveu a frase e a pessoa alvo do verbo DAR.


d) Ele deu o giz À professora. A palavra professora admite o artigo A. Portanto, há a crase.


f) Ele foi À Paraíba. Paraíba admite o artigo A. Assim, usa-se a crase.


g) Ele foi A Campina Grande. Ninguém fala: A Campina Grande. Esta cidade não admite o antigo  antes de si, portanto, não existe crase no caso. Não se pode escrever assim: E vou À Campina Grande. Somente se estiverem determinadas com um adjunto adnominal, admitirão o artigo e, consequentemente, a crase: Ele foi à histórica Campina Grande.


h) Enviei as mensagens ÀS professoras. Crase do artigo AS (plural)  com a preposição A.


Assim, a crase com a preposição A e artigo A (ou AS) só se usa antes de palavras femininas (Fui À Paraíba. Fui A São Paulo. Dei o livro AO menino. Dei o livro Às meninas).


Porém, pode haver outros tipos de contrações:  O ”A” da preposição com o “A” dos  demonstrativos  "A"(s:  uma menina: Refiro-me À  que se encontra doente. Meninas: Refiro-me ÀS que estão doentes),  "Aquele"(a, s: Entregue este livro Àquele homem (Àquelas moças), "Aqueloutro"(a, s: Este caderno não dê Àquele homem, mas sim,  Àqueloutro homem.  Àquelas mulheres, dê o livro),  "Aquilo" (refiro-me Àquilo que você comentou), ou do relativo A qual (s):  A jovem, À qual me refiro, passou no concurso. Notar: Tais pronomes são de 3ª pessoa.


Casos Proibidos. Há situações em que a crase é proibida, por um motivo simples: Foge das condições acima consideradas. Ela é vedada antes de:


A) Verbo (este não é um nome, muito menos feminino: Com exceção do particípio da voz passiva, o verbo não flexiona em gênero, apenas em número, pessoa, tempo, modo e voz): Assunto A debater. Tratado A ser feito. Existem casos em que o A aparece antes de verbo flexionado, mas não é preposição, e sim pronome átono: Eles A demitiram;


B) Nomes masculinos: Andar A pé. Erros crassos: Sal À gosto. Andei À  esmo. TV À cabo. Depilação À laser. Exceção: Em locuções onde a palavra “moda” está subentendida (o que configura uma figura de linguagem chamada de elipse): Ele se veste À Luiz XV. Gostei do "arroz à grega"  (aqui as crases são obrigatórias);

Elipse, além de ser um termo da geometria, é uma figura de construção ou sintática que consiste na omissão de um termo facilmente subentendido pelo contexto.


C) Numerais: De 20 A 30. Quando o numeral se refere a horas, a crase é obrigatória: A aula começa ÀS dez horas;


D) Plural sem artigos (um sinal de que não há o artigo é o A no singular antes de palavra no plural; se o A for singular, este é,  apenas e sempre, uma preposição, exigida pela palavra anterior: Só assisto A filmes bons; enviei convites A gregas e A troianas). Se o A vier seguido de S, haverá crase: Enviei convites ÀS gregas e ÀS troianas;


E) De pronomes (exceto os que já citamos: Demonstrativos de 3ª pessoa e os relativos A qual, As quais): Enviei os ofícios A Vossa Senhoria. (tratamento) / Juntei-me a ela. (pessoal) / Nunca devi dinheiro a ninguém. (indefinido) / Dei nota zero a esta aluna. (demonstrativo) / A quem você se dedica? (interrogativo) / Aquele é o escritor a cuja obra faço homenagem. (relativo);


F) Entre nomes repetidos (gota A gota,  cara A  cara, dia A dia, lado A lado, passo A passo). Exceção: declarar guerra À guerra; dar vida À vida);


G) Nomes de cidades que não aceitam artigo A (Foi A Campina Grande, A Lisboa, A Paris, A Roma e À Capital). Veda-se também a crase depois doutra preposição, exceto até: “Ante A descoberta, o cientista gritou. Após A voz de prisão, o bandido entregou os comparsas. Contra A ação do governo, João realizou um protesto” (wikipédia).


3) A Crase É Facultativa antes de nomes próprios femininos e pronomes possessivos femininos (entregue a carta À/A Maria. Vá A /À sua cidade) e depois da preposição ATÉ: Dirija-se direto até À (A) a sala. Isso se explica porque pode se usar ou não o artigo antes de qualquer nome próprio e de qualquer pronome possessivo e existe tanto a preposição até quanto a locução prepositiva até a. Se o nome próprio vier qualificado, a crase é obrigatória: Sempre obedecemos à simpática Maria. Em referência a pessoas com quem não se tem intimidade, não se usa a crase, a menos que haja um adjunto adnominal: Ele se referiu a Fátima Bernardes. Ele se referiu à famosa Fátima Bernardes. Com pronome possessivo substantivo, a crase é obrigatória: Esta toalha é semelhante à minha.


4) Casos Especiais de Crase: TERRA (em oposição “a bordo” no mar) e CASA (lar) só são antecedidos de crase  se vierem com modificadores. Já com a palavra terra (chão firme, em linguagem náutica) só ocorre crase quando vier acompanhada de um modificador: Acabei de chegar a casa. Ele foi a casa (nota: Com verbo de movimento não se usa EM: “Ele chegou EM casa” só se usa coloquialmente e a literatura já registra esse uso. Mas: “Ele está EM casa” não foge da linguagem padrão, pois o verbo ESTAR não indica ação). Acabei de chegar À casa velha. Ele foi À casa dos avós ( “velha” e “dos avós”, um adjetivo e uma locução adjetiva, são modificadores da palavra casa; por isso, houve a crase).  Porém, casa no sentido de construção ou edifício, admite artigo normalmente e, portanto, a crase: Ele foi à casa tencionando parar a reforma dela.


Quando terra não significa “terra firme” (em oposição “a bordo”),  ela permite o artigo e, por conseguinte, a crase.  Os tripulantes do navio voltaram A terra depois do acidente em alto mar. Os astronautas voltaram À Terra no momento previsto. O barco à deriva acabou chegando A terra. Os nordestinos exilados no Sul do país sempre desejam voltar À terra de origem.


5)cCrase Obrigatória.  Em locuções:  A) Adverbiais: Ele caminhava “À noite” (à tarde, à esquerda, à toa, às pressas, à vontade, à noite, às vezes, à direita, à deriva, à beça, etc.);  B) Prepositivas: “À guisa” de introdução, algumas palavras.... Estou “À espera” de ajuda. “À roda de amigos”, ele fica à vontade. Ele está “À frente” de tudo. Estás “À beira” do precipício.  “À procura” da felicidade. C)   Conjuntivas: “À proporção” (“À medida que”) que crescia, ele emagrecia. 

Ele vive “ÀS custas” do irmão. Ela fala “À maneira” antiga e se veste “À moda” atual.

À beça não tem nada a ver com o Bessa.


6) Dicas de Verificação da Crase.  Se antes de uma palavra feminina surgir a dúvida no uso da crase, se tal palavra for um topônimo, basta analisar se antes dela também cabe o artigo. Digamos que você queira ir a um estado ou a uma cidade muito bons, como Paraíba e Campina Grande, e tenha dúvidas de como emitir essa vontade por escrito: Vou A Campina Grande? Vou À Paraíba? Substitua o verbo IR pelo verbo VIR ou ESTAR: Vim de Campina Grande. Estou em Campina Grande. Vim da Paraíba. Estou na Paraíba. Então você conclui que o certo é dizer assim: Vou A Campina Grande (esta não admite artigos, exceto se vier especificada por um adjetivo ou locução adjetiva) e Vou À Paraíba (a Paraíba admite o artigo A). Veja que podemos dizer A Paraíba; mas A Campina Grande, não. 

Use o velho macete: se vou À e volto DA, acento lá no A, se vou A e volto DE, acento para quê, se estiver especificado, acento vai ter


Uma sugestão: Se desejar vir a CG, venha na época do São João (30 dias de festas ininterruptas!). Mas, se você disser, quando voltar à terra natal, “cheguei da CG”, a menos que queira inventar novas regras para a gramática, você pode se dar muito mal! Porém, pode dizer com satisfação: “Vim da Paraíba!”


Outra dica: Se antes de uma palavra feminina, por exemplo, surgir a dúvida, basta trocá-la por uma masculina. Se couber a contração AO, antes da palavra feminina cabe a crase: Dei o carro À filha. Dei o carro AO filho. Vamos À luta. Vamos AO desafio. Fui À igreja. Fui AO cinema.

Se não, antes da feminina não cabe a crase: Bebi A água. Bebi O suco. Encontrei A esposa. Encontrei O marido. Escrevi A redação. Escrevi O texto.


Curiosidade: Falamos que metaplasmos são as alterações que uma palavra sofre ao longo dos tempos. Vejamos o caso da preposição  POR e do verbo PÔR. Este pede um acento diferencial para se distinguir da preposição. Porém, antigamente não existiam essas palavras tais como são grafadas hoje. Antes havia a preposição PER (assim escrita no Latim e no "Português Arcaico"), que mudou para a forma atual POR. Já o verbo, antes era escrito POER (segunda conjugação).

Duas palavras de grafias e de classes diferentes são hoje escritas da mesma forma. O sinal do acento circunflexo no verbo (pôr) passou a ser usado por convenção.


Uma nota final: CRASE não é sinal diacrítico, não é sinal de acento; crase não é acentuada; um A só é "craseado" por comodidade (alguém diz: "Olha, esse A é 'craseado") nem recebe crase. O "A" recebe o sinal grave (´) para indicar crase (contração de A+A). A rigor, quando estivermos ditando uma frase para alguém em que haja uma crase, deveríamos dizer assim: "O navio está À deriva", "esse A é uma crase". Desde que quem escreva saiba o que é crase, ele colocará o sinal grave sobre o A.


Vale a pena não tem crase, porque o verbo valer é transitivo direto. 

Substituindo por um termo masculino: Vale o esforço, e não 'ao esforço'.

Não tem crase em Vale a Pena Ver de Novo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Curiosidades sobre o Sabadaço, programa que fez Gilberto Barros ganhar da Globo

 1 – Sabadaço foi um programa de auditório apresentado por Gilberto Barros na Band.




2 – O show entrou no ar no dia 24 de agosto de 2002.


3 – A atração ia ao ar nas tardes de sábado, das 12h30 às 18h. Em 2004, teve uma hora de redução, sendo exibido das 13 às 18 horas, mas logo foi estendido para 18h15. Em 2005 o programa passou a ser exibido de 12h30 às 17h00 devido à transmissão do Campeonato Italiano de Futebol. 


4 – Com quase seis horas de conteúdo, o programa era o de maior duração da TV brasileira. Na maioria das semanas, a transmissão era ao vivo.




5 – Na atração, Gilberto recebia artistas, que participavam de provas, gincanas e se apresentavam cantando.


6 – O apresentador também utilizava o programa para mostrar seus sucessos musicais, como a canção Acorrentado em Você, apresentada regularmente por Gilberto no Sabadaço.




7 – Além disso, o Sabadaço agregou diversos outros quadros, como pegadinhas e reportagens investigativas.


8 – O programa fez grande sucesso, sendo a maior audiência semanal da Band. Em 2003, por exemplo, o Sabadaço chegou a bater a Globo e liderar o Ibope, exibindo pegadinhas.


9 – Durante os anos de 2003 a 2007, Gilberto Barros acumulava outra atração na emissora, o Boa Noite Brasil, exibido nas noites de segunda a sexta.




10 – Quando um tema dava grande audiência durante a semana no Boa Noite Brasil, muitas vezes este mesmo conteúdo voltava a ser explorado nos sábados.


11 – Gilberto era acompanhado por diversas assistentes de palco, que formavam o grupo musical As Leoas.




12 – No ano de 2004, devido a quadros como os de apresentações das Leoas, o programa foi denunciado pela campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania”. Esta iniciativa, promovida por deputados federais, afirmava que a atração trazia quadros impróprios para o horário de exibição.


13 – Ao longo dos cinco anos de duração, o programa realizou diversas coberturas jornalísticas de fatos que haviam acontecido no dia de exibição, como o Acidente do ônibus espacial Columbia, que explodiu em 1 de fevereiro de 2003, um sábado.




14 – Em 2006, o grupo de música eletrônica Kasino, que havia emplacado uma música na trilha da novela América (Globo, 2005), se apresentou no Sabadaço. Anos depois, o vídeo da apresentação, na qual Gilberto comandava o show de maneira muito empolgada, se tornou meme, atingindo centenas de milhares de visualizações no YouTube.




15 – Em seu último ano, o programa começou a perder audiência e também Raul Gil foi contratado recentemente, o que levantou rumores de cancelamento. Então, o Sabadaço saiu do ar em 27 de janeiro de 2007, devido a ajustes na programação.

Em 2003, Gilberto Barros se tornava “onipresente” na Band com Boa Noite Brasil / Há 10 anos, terminava game show esquecido de Gilberto Barros

 Há exatos 14 anos, em 12 de maio de 2003, o apresentador Gilberto Barros ganhou bastante espaço na televisão brasileira. O “Leão”, que já estava à frente do Sabadaço, exibido nas tardes de sábado da Band, ganhou uma nova atração, o Boa Noite Brasil. Exibido de segunda a sexta-feira na faixa das 22 horas, o novo programa de Barros substituiu as sessões de cinema que a emissora costumava exibir no horário e “turbinou” a audiência da emissora, que ficaram reduzidas apenas a duas: Cine Band Clássicos de domingo para segunda e Cine Band Privé de sábado para domingo.


Gilberto Barros já havia acumulado funções e programas anteriormente. Antes de se transferir para a Band, o apresentador batia cartão na Record, onde chegou a apresentar três programas diários ao vivo simultaneamente: o Disque Record, ao meio-dia; o Cidade Alerta, às 18h; e o Leão Livre, às 20h30. Quando deixou o canal, o animador estava à frente do semanal Domingo Show. Foi para a Band em 2002, numa época em que a emissora dos Saad buscava popularizar sua programação, lançando vários programas ao vivo. Gilberto Barros foi o escolhido para reformular o sábado da Band, estreando naquele ano o programa de variedades Sabadaço.


O semanal levantou o Ibope da Band e animou a emissora a investir mais em Gilberto Barros. Daí surgiu a ideia do Boa Noite Brasil, que “ressuscitava” um antigo título de programa de auditório do canal, apresentado por Flavio Cavalcanti nos anos 1980. O objetivo inicial era lançar o Boa Noite Brasil nas noites de quarta, para que Gilberto Barros resgatasse a ideia do Quarta Total, game show que apresentava na Record com bons resultados, concorrer com a Globo, transmitindo o futebol. No entanto, logo o projeto de programa semanal se tornou um projeto de programa diário, que estreou em 2003.


Seguindo a linha do programa de auditório popular com variedades, Boa Noite Brasil contava com diversos quadros, que iam se revezando ao longo da semana. Em sua estreia, “Leão” recebeu muitos convidados, como Felipe Camargo, Leão Lobo, Thierry Figueira, Oscar Magrini, Olga Bongiovani, Astrid Fontenelle e a cantora Gil. Com uma estreia tímida, Boa Noite Brasil viu sua audiência crescer aos poucos, chegando aos 5 pontos de média no Ibope, ótimo índice para os padrões do canal. Com o sucesso, foi ganhando mais tempo no ar, chegando até o início da madrugada. Em algumas ocasiões, Boa Noite Brasil chegava à liderança no Ibope ao concorrer com o Programa do Jô.


Entre os quadros mais famosos do programa estavam o Desafio dos Artistas, tradicional competição entre artistas que Gilberto Barros comandava também em seus programas na Record e no Sabadaço. Havia também o Coletiva, quando um convidado era sabatinado por vários jornalistas, e o Na Cozinha com o Leão, no qual o apresentador fazia uma entrevista enquanto cozinhava. Dois quadros, em especial, fizeram muito sucesso enquanto o programa esteve no ar: Alfinetadas e De Cara com a Fera. No primeiro, Gilberto Barros recebia o estilista Ronaldo Ésper, que comentava as roupas dos famosos sempre de maneira bastante ácida; o quadro fez tanto sucesso que acabou migrando para a RedeTV!, integrando o Superpop. Já o segundo era a famosa “máquina da verdade”, no qual o apresentador recebia um convidado que era entrevistado ligado ao polígrafo, aparelho “detector de mentiras”.


Aos poucos, no entanto, Boa Noite Brasil foi perdendo força na briga pela audiência. Em setembro de 2004, deixou de ser exibido às segundas, dando espaço na grade à série Dragnet. Em 2006, deixou de ser exibido também às sextas, ficando no ar de terça a quinta. A atração, mesmo com as reformulações e as mudanças de dias de exibição, ficou no ar até janeiro de 2007, quando a Band resolveu tirar tanto o Boa Noite Brasil quanto o Sabadaço da programação. Gilberto Barros voltaria ao ar apenas em abril do mesmo ano, no comando do game show semanal A Grande Chance, exibido inicialmente às terças-feiras, com reprises aos sábados. Em junho de 2008, a Band reformulou a programação, cancelou a produção do game e Gilberto Barros rescindiu contrato e deixou definitivamente a emissora. 

O game show A Grande Chance foi o último programa de Gilberto Barros, o Leão, na Band. Durou pouco, apenas uma temporada, e logo após o seu fim, Gilberto saiu da emissora e da TV brasileira, pra onde voltou apenas em 2012, quando assinou por três anos com a RedeTV!, apresentando o Sábado Total, que foi extinto e substituído por transmissões esportivas em 2015 devido a ajustes na programação.


A Grande Chance é inspirado no sucesso da televisão espanhola Pasapalabra, um dos maiores êxitos no formato na Europa na década de 2000. A Band comprou o formato e o adaptou ela mesma, sem ajuda de uma parceira.


O programa ia ao ar às terças-feiras, concorrendo com o Casseta & Planeta, Urgente e o seriado A Diarista, e era reprisado aos sábados, concorrendo com o Zorra Total e o Supercine. Participavam do game-show quatro equipes, cada uma representando fã-clubes, universidades, esportistas, continham, uma respectiva cor (verde, vermelho, azul e amarelo).


O principal prêmio do programa não era lá muito bom, se comparado com outros game shows: um automóvel popular e duas motocicletas. Só para efeito de comparação, na mesma época, a Record apresentava o programa O Jogador, cujo prêmio máximo por cada edição era R$ 50 mil.

As brincadeiras do programa eram:

Escorregando

Os participantes escolhiam os temas, respondiam as perguntas cujas respostas correspondiam a 3, 6, 9, 12, 15 e 18 segundos. Caso errasse, os segundos marcados zeravam.


Letra por Letra

Os participantes respondiam a perguntas cujas respostas tem início a uma determinada letra. Um grupo responde perguntas de A a M e outro de M a Z. Cada acerto corresponde a um segundo no placar.


A Palavra Impossível

8 palavras pouco usadas no dia-a-dia são respostas as perguntas feitas, onde os participantes, deviam responde-las em 60 segundos, porém, requeria prestar atenção aos acertos dos colegas de jogo. Errando a resposta na segunda pergunta, retornava para a primeira e assim sucessivamente. Ganhava a prova quem acertasse o maior número de palavras ou quem acertasse as 8 em menos tempo.


Fatos e Fotos

6 frases de celebridades eram ditas aos participantes, uma palavra de cada uma das 6 frases era retirada e os mesmos tentavam acertá-las em 120 segundos. O time que acertasse mais palavras ou que acertasse todas em menos tempos ganhava 5 segundos no placar.


De Cabo a Rabo

Os participantes respondiam 12 perguntas cujas respostas tinham um prefixo ou um sufixo predeterminado. Um time respondia palavras "que terminam com..." e o outro, "que começam com...". O time que acertasse mais palavras ou que acertasse todas em menos tempo ganhava 5 segundos no placar.


Tirando Uma

Os participantes respondiam as perguntas, formando pirâmides, cujas palavras, uma que tem 7 letras, tirando uma, outra forma com 6 letras, tirando uma, outra forma com 5, tirando uma, mais uma forma com 4 e tirando uma, a última forma com 3, em 90 segundos


Recompondo

Os participantes deviam recompor a música escolhida, palavras que eram retiradas da letra original e ditas pelos participantes. A prova tinha peso de 5 segundos (pontos) para quem acertava mais palavras.


Horóscopo

Cada um dos 12 signos do Zodíaco era representado por uma celebridade de seu signo específico. Os participantes deviam descobrir a palavra misteriosa, com a primeira letra como dica. Marcava quem acertasse o maior número de palavras.


Contra o Relógio

Os pontos obtidos ao longo do programa eram convertidos em segundos, mais 90 segundos forma o relógio para os jogadores dos dois times. O sorteado respondia as 23 perguntas (que começa com a letra e contêm a letra) de A a Z durante o transcorrer do tempo. Parar o relógio se passava a palavra ou errar a pergunta, caso acerte a pergunta, prosseguia o jogo. Levava os prêmios quem tivesse mais acertos. Em caso de empate de acertos, ganhava quem tivesse menos erros. Se ainda assim houvesse empate, ganhava a equipe que tinha se saído melhor nas eliminatórias.

As duas primeiras provas eram Escorregando e Letra Por Letra. Após isso, a ordem das demais provas era aleatória, sendo que a final valia 10 segundos.


Programas de TV que interagiam com o telespectador

 Independente de sua idade, provavelmente você já interagiu com algum programa de televisão: seja por carta, telegrama, telefone, fax, e-mail, redes sociais, streaming, etc. As emissoras, de algum modo, sempre tiveram um canal direto com os telespectadores, seja para premiar ou faturar.


Hoje, vamos relembrar alguns programas que fizeram história na televisão com a ajuda do espectador, bem antes do Gshow, WhatsApp, Twitter, Facebook e YouTube.


Ligue para o SBT e concorra a prêmios!


Se existe um canal que sempre deu chance de premiar os telespectadores foi o SBT. E a tática que Silvio Santos usava para segurar a audiência era o telefone. E foram inúmeros programas que utilizaram esse artifício, por isso, vamos citar alguns que fizeram sucesso e são lembrados até hoje.


Sessão Premiada – A fórmula era bem simples: quando o filme ia para o intervalo, o telespectador respondia perguntas sobre a atração e, se acertasse, ganhava prêmios em dinheiro. O programa já estava no ar bem antes do SBT existir e fazia sucesso. Foi lá que Gugu Liberato se lançou como apresentador, mas não foi o único: Christina Rocha, Mara Maravilha, Luís Ricardo, entre outros, estiveram na bancada do programa. Em 2004, a atração voltou sob o comando de Celso Portiolli, que usava uma “pirâmide premiada” para brincar com o telespectador. O telespectador deveria ligar para o número de telefone 3153-5656, nos intervalos dos filmes. O próprio Celso Portiolli atende a ligação e pergunta qual o nome do filme que está sendo exibido. Se a pessoa acertar, o apresentador pede para que ela escolha um número de 1 a 10 que consta do painel em forma de pirâmide. Atrás de cada número da pirâmide há valor entre R$ 100 a R$ 5 mil. Se o telespectador errar o nome do filme, a quantia referente ao número escolhido fica acumulada para a próxima ligação. A novidade foi motivada pela ida de Sonia Abrão para a Record.


TV Powww! – Este programa foi o primeiro game interativo da televisão: pelo telefone, o telespectador participava de um jogo que lembrava o videogame Atari. O programa foi um grande sucesso e chegou a congestionar as linhas de telefone. Entre as partidas, a atração exibia séries, desenhos, além de estrear Chaves e Chapolin na programação do SBT.




De Alô Silvio para Alô Christina – Em 1989, para combater o sucesso do Domingão do Faustão, Alô Silvio estreou dentro do Programa Silvio Santos. Era exibido ao longo do domingo e contava com a participação dos telespectadores via telefone, que respondiam perguntas e participavam de jogos, concorrendo a prêmios em dinheiro. O mesmo formato foi usado em 1997: Alô Christina, inspirado no argentino Hola Susana e apresentado por Christina Rocha, premiava os telespectadores que diziam o nome do programa ao atender suas ligações. Com cenários e atrações de gosto duvidoso, suas últimas edições inéditas foram exibidas até janeiro de 1998, sendo reprisadas de fevereiro a março de 1998.

Uma das características mais marcantes era a longa abertura do programa, inspirada na versão argentina. Na qual aparecia a apresentadora chegando de avião, sendo recepcionada por fãs no aeroporte, andando de limousine, chegando em um hotel e depois indo ao estúdio, onde dança e canta a música-tema rodeada de vários bailarinos.

Apesar de a apresentadora se chamar Christina, o programa alterou sua grafia duas vezes, por conta das mudanças que Christina Rocha fez em seu nome na época, devido à numerologia. Pouco tempo após a estreia, a atração passou a ser chamada de Alô Christinah (com um "H" no final). Posteriormente, foi mudado para Alô Crystynah, ficando esse título até o final.




Fantasia: Inspirado pelo programa italiano Non è la Rai, Silvio trouxe para as tardes do SBT um game show comandado por quatro apresentadoras com o auxílio de 50 modelos: Fantasia vive até hoje no imaginário do público. Com um cenário que lembrava uma praia, os telespectadores congestionavam a linha da Telesp (Telecomunicações de São Paulo) para brincar e ganhar alguns reais. Adriana Colin, Débora Rodrigues, Amanda Fraçozo e Tânia Mara foram algumas apresentadoras da atração. Carla Perez também apresentou e, até hoje, é lembrada pelo famoso “i de escola” e “e de isqueiro”. Estreou em 1997 de segunda a sexta às 16h30, em 1998 mudou para os domingos ao meio-dia, em 2000 para os sábados às 14h15, em 2007 às madrugadas e também às tardes.


Porque no final, você decide!


Em 1992, a Globo revolucionou a dramaturgia: pela primeira vez, o público escolhia o final de um programa. Você Decide colocava o Brasil no dilema do sim ou não, a razão ou o coração. A apresentação ficou por conta de nomes como Tony Ramos, Antônio Fagundes, Raul Cortez, Celso Freitas, Luciano Szafir, Renata Ceribelli, Celso Freitas, Susana Werner, entre outros. Em cada episódio eram encenados casos especiais, com um final diferente a ser escolhido pelos telespectadores através de votações via telefone, o desfecho mais votado era mostrado no último bloco. As opções eram sim ou não. Em uma fase, dava três opções de final, mas voltou ao tradicional sim ou não.

Em 11 de março de 1999 o episódio Mulher 2000 teve seu final exibido apenas nas regiões Norte e Nordeste devido ao blecaute no Brasil e Paraguai em 1999 que afetou boa parte do país na hora do programa.


Em seu último ano de exibição, o programa era exibido as quintas-feiras logo após o investigativo Linha Direta, o último programa foi ao ar no dia 17 de agosto de 2000. Na semana seguinte o programa seria definitivamente extinto, em seu lugar passou a ser exibida a minissérie Aquarela do Brasil. 


Alguns episódios foram reprisados de 2 a 20 de julho de 2001, no Vale a Pena Ver de Novo, apresentados por Susana Werner, numa tentativa de levantar a audiência do horário, em baixa desde a reprise da novela Tropicaliente, no ano anterior. No entanto, a audiência do Você Decide sempre continua pior do que qualquer outra novela havia registrado até então – alguns episódios quase ficaram em terceiro lugar, atrás do SBT e da Record.


Além disso, a Globo sofria pressões do Ministério Público do Brasil por reprisar, sem cortes, episódios cuja classificação original era 'não recomendado para menores de 14 anos', proibidos no horário da tarde, de classificação livre. Estes programas só podiam ser exibidos depois das 21h.


A rejeição à reprise do Você Decide foi tão grande que motivou a criação de um site, anônimo, que continha um texto se posicionando contra a decisão global e uma enquete em que a permanência das novelas no Vale a Pena Ver de Novo vencia por larga margem. Com o total fracasso do Você Decide, logo na segunda semana de reprise dos episódios, a emissora resolveu reapresentar pela segunda vez a novela A Gata Comeu, exibida originalmente em 1985 e reprisada pela primeira vez em 1989, que rapidamente recuperou a audiência perdida. Com o repeteco de Você Decide, a Globo queria abrir o leque de opções para o Vale a Pena Ver de Novo. Como a audiência da faixa estava em baixa, a emissora queria saber se o público do horário aceitaria outra coisa, além de novela, para assistir. Caso a novidade fosse bem-aceita, a emissora passaria a exibir, também, seriados e minisséries na faixa. Assim, a previsão era manter o Você Decide por um mês, no período das férias. Depois, se funcionasse, o interativo seria substituído pelo repeteco da série Mulher, com Patrícia Pillar e Eva Wilma.




Era um novo método de se fazer Caso Especial e cada programa trazia uma temática diferente: o pai deveria entregar seu filho criminoso à justiça? A pessoa deveria devolver a mala com dólares mesmo estando endividado? Esses eram alguns dos temas do programa. Durante a exibição, um artista colhia a opinião do povo nas ruas, ao vivo. Um fato marcante é que, em um programa que falava sobre assedio sexual, uma mulher acusou um funcionário da Fundação Roberto Marinho de cometer o crime.




Hugo e Garganta e Torcicolo


Em 1995, a CNT/Gazeta trouxe um grande prejuízo aos pais da criançada: Hugo, um simpático duende, fazia a cabeça da molecada. O programa, bem diferente do TV POWWW, transformava as teclas do telefone em joystick, fazendo o duende pular ou se abaixar. O objetivo era salvar a esposa e filhos de Hugo de uma malvada bruxa. A audiência da CNT/Gazeta após a estreia da atração foi para cinco pontos, uma ótima marca para a emissora. O jogo era acumulativo, ou seja, a cada jogada os pontos se acumulavam, premiando os ganhadores com brinquedos, bonés, camisetas, entre outros.

Você se lembra das frases? Aqui no Brasil?

“Não desanima que a vida termina!”

“Não tem chororô, este jogo acabou! Vamos pro comercial”

“Se liga! É a última vida!.”

“Errei a mira, parei na China.”

“Subindo a montanha, sem fazer manha.”

“Não desanima, que a vida termina.”

“Obrigado, caí sentado!.”

“Que dia lindão pra passear de balão?”




A empresa que desenvolvia a tecnologia usada em Hugo (Interactive Television Entertainment) trouxe à MTV outro jogo interativo: Garganta e Torcicolo, um programa que dominou as tardes da MTV em 1997, sob a apresentação de João Gordo. Bem diferente de Hugo, o sarcasmo e o deboche eram o ponto principal do programa. Dois telespectadores, previamente inscritos, pagando 3 reais debitados da conta telefônica, se enfrentavam ao vivo, pelo telefone, atrás dos prêmios oferecidos pelo programa, e poderiam participar pelas teclas do controle remoto. Foi nesta atração que João Gordo se destacou como apresentador, conquistando o carinho da criançada e mostrando que a aposta da MTV no vocalista do Ratos de Porão foi certeira. No mesmo horário, era exibido o Jaspion na Manchete (atual RedeTV!), a novelinha teen Malhação na Globo e o Chaves no SBT.


Ligue e escolha o seu filme preferido


Hoje temos a chance de escolher os filmes e seriados que queremos ver sem sair de casa, no momento e na hora que quiser. Em 1996, não existia a Netflix, mas a Globo fez com que o público escolhesse o filme do dia seguinte: Intercine trazia três opções com um número de telefone 0800 e o resultado era apenas conhecido no último bloco do filme em exibição. Essa sessão de cinema foi criada para combater o Jô Soares Onze e Meia, na época no SBT, e deu resultado: foi um sucesso que virou mania entre os cinéfilos de plantão. De três opções filmes, a partir de 1998 a sessão passou a ter apenas duas. O telespectador tinha meia hora para fazer sua escolha. As opções de filmes eram apresentadas no primeiro intervalo comercial. Em 2004, estreou uma versão especial dedicada a filmes brasileiros com a mesma regra da sessão convencional: o Intercine Brasil, que foi substituído pela Sessão Brasil em 2007, com o mesmo formato, mas sem a opção interativa.

O filme de estreia foi O Último dos Moicanos, na primeira votação foi Instinto Selvagem.

Até 1998, ia ao ar após a faixa de shows da emissora, mas, com o fim de Campeões de Bilheteria, passou a ir ao ar após o Jornal da Globo (no mesmo ano, ganhou uma sessão extra: Intercine 2).

De 2000 a 2010, ficou fixa após o Programa do Jô, ou, em janeiro: período de férias do apresentador, após séries norte-americanas, como 24 Horas, Lost e Prison Break. Em 2011, seu horário foi ocupado por séries de terça a quinta, pelo esportivo Corujão do Esporte às sextas e pela Sessão Brasil às segundas.


Nos primórdios da Rede TV!, duas sessões de cinema interativo faziam parte da programação da nova emissora: O Cine Total e o TV Escolha, apresentados pelo crítico Rubens Ewald Filho. No Cine Total, Rubens trazia a sinopse de dois filmes e o público escolhia qual gostaria de assistir. Já o TV Escolha era uma sessão tripla de cinema aos domingos e o espectador também decidia qual seria exibido. O Cine Total voltou em 2012 para concorrer com o Globo Repórter e a Tela de Sucessos, como substituto da reprise semanal do Pânico na TV, mas sem a opção interativa. A partir de maio, com a estreia do Sexo a 3, foi transferido para o domingo, herdando o horário da Sessão Especial, que voltou em outubro com o fim do programa Hebe às terças, e saiu do ar novamente em fevereiro de 2013 para dar lugar ao Luciana by Night.

Rubens também apresentou programas nos canais por assinatura TNT e Telecine Cult, e Fernanda Lima apresentou também os programas Amor & Sexo e Superstar na Globo, além da primeira temporada do Popstar.


Hoje, cada vez mais a interação é essencial na televisão. A segunda tela mostra a força da interatividade e como isso ajuda as emissoras a entenderem o que o público pensa e deseja.

Indecente ou indescente?

 Segundo as regras ortográficas da língua portuguesa, a palavra correta é indecente, sem o uso da letra s antes da letra c. A grafia indesce...