domingo, 8 de março de 2020

Jornal Correio da Paraíba - Religião - 08 de março de 2020

Religião - Paraíba: Domingo, 08 de março de 2020 / N1

7 de março de 2020: abertura do processo de beatificação do Pe. Léo
Saiba quais serão os próximos passos neste caminho rumo aos altares


Padre Léo, muito conhecido pelo humor de suas pregações, entrará em processo de beatificação a partir deste sábado, 7 de março de 2020, sendo considerado, a partir de então, Servo de Deus.
Padre, pregador, cantor e fundador da Comunidade Bethânia, padre Léo faleceu aos 45 anos, no dia 4 de janeiro de 2007, após uma infecção generalizada decorrente de um câncer no sistema linfático.

Simples, bem-humorado e um ótimo contador de “causos”, o sacerdote arrastava multidões, além de ter inspirado muitas histórias de conversão que ainda hoje são contadas e partilhadas por muitos católicos e não católicos.

“Após sua morte, muitas pessoas chegam a Bethânia afirmando que receberam uma graça por intermédio do padre Léo”, conta o moderador-geral da Comunidade Bethânia, padre Vicente de Paula Neto. O vice moderador-geral da Comunidade , padre Lúcio Tardivo, revela que, até o momento, foram contabilizados aproximadamente três mil testemunhos de graças e possíveis milagres alcançados.

No início, padre Lúcio recorda que os consagrados e consagradas da comunidade ouviram e viveram o acolhimento destes testemunhos de modo interno, mas, à medida que o tempo foi passando, e as graças aumentando, Bethânia passou a receber pedidos e incentivos de religiosos, membros do clero e do povo para pedirem a beatificação padre Léo.

“Depois de um discernimento junto à Comunidade, chegamos à conclusão que estava na hora”, conta padre Vicente. Ele anunciou, então, a data de abertura do processo: 7 de março de 2020. Nesse dia, Padre Léo estaria completando 29 anos de sacerdócio


O início deste caminho que visa elevar o fundador de Bethânia à honra dos altares acontecerá em São João Batista (SC) no Recanto da Comunidade Bethânia, em missa presidida pelo arcebispo local, Dom Wilson Tadeu Jönck, responsável pela abertura do processo. Até chegar a aprovação de Roma, padre Lúcio conta que foi realizado um caminho para que houvesse uma sinalização positiva diante da solicitação de abertura do processo.

Próximos passos
Assim que aberto o processo, padre Lúcio sublinha que serão realizadas entrevistas com 50 pessoas que conviveram com padre Léo e que darão testemunho da vida do candidato a santo. Esta ação faz parte da fase diocesana, em que se encontrará o processo a partir de 7 de março. O sacerdote prossegue pontuando quais são as próximas ações que serão tomadas pela diocese e pela Congregação para as Causas dos Santos do Vaticano para o andamento do processo, recordando que: “Não existe um tempo, ele [processo de canonização] durará o tempo que Deus quiser”. Confira:

Dom Wilson Tadeu Jönck conta que é parte do rito que os restos mortais sejam colocados primeiramente em uma caixa de acrílico, depois em uma de metal e, por fim, lacrada em um túmulo de granito.

O arcebispo é o responsável pelo tribunal que será implantado logo após a abertura do processo. Dom Wilson explica que o grupo conta com: um canonista, encarregados de fazer a pesquisa sobre a vida de padre Léo, o responsável de Roma encarregado de acompanhar todo o processo e com o postulador da causa, padre Lúcio. Segundo o bispo, uma oração e relíquias serão distribuídas no dia 7 de março para o culto pessoal dos fiéis. O culto público só poderá ser realizado após a beatificação de Padre Léo.

Milagres
Desde a morte de padre Léo, o vice moderador-geral da Comunidade Bethânia relata que houve indícios de milagres. “Analisaremos cada um deles e escolheremos um ou dois que serão estudados. No caso da cura de uma doença, pediremos laudos médicos, e essa doença deverá ter a probabilidade de um milagre”, esclareceu. Padre Lúcio ressaltou a diferença entre graça e milagre: “O milagre é algo extraordinário que a medicina não consegue explicar”.

N2

Confirmado o primeiro caso de coronavírus no Vaticano
Identidade do paciente não foi revelada; serviços ambulatoriais do Estado da Cidade do Vaticano foram temporariamente suspensos


O Vaticano confirmou nesta sexta-feira, 6 de março, que um paciente em seus serviços de saúde testou positivo para o COVID-19. O anúncio foi feito pelo porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, que não revelou a identidade do paciente.
A Sala de Imprensa do Vaticano também informou que foram temporariamente suspensos todos os serviços ambulatoriais da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano. Apenas o Pronto-Socorro permanece em funcionamento.

Bruni comunicou ainda que a Direção de Saúde e Higiene está em contato com as autoridades italianas competentes e, enquanto isso, foram aplicados os protocolos de saúde previstos.

Papa Francisco
Segundo o diretor Sala de Imprensa, o decurso do resfriado do Papa Francisco “procede positivamente”. Bruni informou que o Papa Francisco, depois de cancelar alguns compromissos públicos por causa de uma indisposição, “continua a celebrar diariamente a Santa Missa e a seguir os exercícios espirituais”.

Medidas preventivas na Diocese de Roma
A Diocese de Roma está tomando as devidas providências, afirma Dom Pierangelo Pedretti, prelado secretário do Vicariato de Roma. Dom Pedretti comunicou a decisão de suspender até 15 de março todas as “atividades não sacramentais” ou seja “catecismos dos sacramentos para a primeira comunhão, cursos de preparação para o casamento, retiros e exercícios espirituais, peregrinações e atividades paroquiais em geral”.

As medidas predispostas referem-se ao Decreto do Governo italiano para enfrentar a emergência do coronavírus. São consentidas as “celebrações litúrgicas semanais e festivas, desde que respeitem as medidas de precaução consideradas fundamentais pelas autoridades competentes, em particular manter um metro de distância entre as pessoas”. “Sugere-se também” que sejam “predispostas as celebrações ao ar livre” e convida-se os fiéis, na medida do possível, a participarem às celebrações nas igrejas maiores. Permanecem em vigor as indicações de dias atrás, ou seja: “receber a Eucaristia nas mãos, evitar o aperto de mão como gesto de paz e a retirada da água benta”.

N3

Do que os veganos e vegetarianos podem se abster às sextas-feiras da Quaresma?
A sexta-feira pode ser dia penitencial, mesmo quando a abstenção de carne já faz parte de um modo de vida

A Igreja pede que os católicos com mais de 14 anos se abstenham de comer carne nas sextas-feiras da Quaresma. Esse costume deriva da crença tradicional de que Cristo morreu na sexta-feira, portanto toda sexta deve incluir algum ato de penitência e mortificação, e a carne tem sido o sacrifício mais tradicional.
 
Mas para veganos e vegetarianos, esse requisito é irrelevante. Então, como as pessoas que se abstêm de comer carne e produtos de origem animal todos os dias podem participar do caráter sacrificial nas sextas-feiras do tempo de preparação para a Páscoa?

Se você perguntar a um vegano ou vegetariano católico, provavelmente eles já fizeram várias penitências diferentes ao longo dos anos. A sexta-feira pode ser reservada como um dia penitencial, mesmo quando a abstenção de carne é um modo de vida. As opções de penitência para você escolher são: assistir TV e filmes, redes sociais, doces, pão, massa ou outros carboidratos, todas as bebidas, exceto água, alimentos semiprontos e derivados do leite

N4

Um padre, que tem fé, também sofre com a morte de uma pessoa querida?
O tocante depoimento do pe. Gabriel Vila Verde é uma resposta límpida e profundamente humana: “Ela deixou uma filhinha de 2 anos. Estou arrasado!”


O pe. Gabriel Vila Verde compartilhou no Facebook, neste dia 5 de março, a sua dor pelo falecimento de uma amiga, mãe de uma menininha de apenas 2 anos de idade, demonstrando a profunda humanidade do sacerdócio, que preserva a fé sem esmagar a verdade do sofrimento:
Amigos, venho pedir orações pela alma de Laíse Ribeiro. Foi minha colega no ensino médio. Faleceu hoje, deixando uma filhinha de dois anos. Peçamos a Deus que na sua infinita misericórdia, receba esta nossa irmã na eternidade. Estou arrasado! Quantas vezes ela entrou “de gaiata” no dominó que nós, os meninos, jogávamos no intervalo das aulas, e mesmo sem saber jogar, acabava ganhando da gente, o que era motivo de muita risada da turma. 😥😥😥 Misericórdia, Senhor! Pelas dores de Maria Santíssima, misericórdia para Laíse Ribeiro!!!

Solidarizemo-nos com a dor da família e ofereçamos a Deus a nossa oração pelo eterno descanso de Laíse Ribeiro e de todos os nossos irmãos e irmãs que partem desta vida, de volta para a eternidade. A Luz Eterna os ilumine!

N5

15 curiosidades interessantes sobre a Igreja Católica
“Se você ler 8 parágrafos do catecismo da Igreja católica por dia, vai conseguir ler e refletir sobre o catecismo inteiro antes do fim do ano”

1. A Igreja incentiva os católicos a fazerem algum ato de penitência em todas as sextas-feiras do ano, não apenas nas sextas-feiras da Quaresma. As conferências episcopais de cada país fazem as suas sugestões, mas a mais comum é a abstenção de carne.
2. Em matéria de abstenção de carne, o peixe não conta: portanto, comer peixe é liberado para os católicos mesmo em dias de jejum e abstinência. Por outro lado, há pessoas que evitam nesses dias quaisquer alimentos derivados de animais, como leite e ovos, mas não há nenhuma restrição formal da Igreja a este respeito.

3. Os fiéis ficam isentos de jejuar ou de abster-se nas solenidades. Mesmo na Quaresma, se a solenidade de São José cair em uma sexta-feira, não há obrigatoriedade de guardar jejum. Já os dias de festa litúrgica não têm o mesmo peso dos dias de solenidade litúrgica; por isso, prepare os peixes para a festa da Cátedra de São Pedro! Ficou curioso para saber a diferença entre as festas e as solenidades? Quando conhecemos melhor os detalhes da nossa liturgia, dá mais vontade de prestar atenção a ela, não dá?

4. Cada pessoa só pode conseguir indulgências para ela mesma ou para a alma de alguma pessoa já falecida. Não podemos “transferir” indulgências para outras pessoas vivas.

5. Dos 35 Doutores da Igreja, 4 são mulheres. Isto pode até não impressionar você, mas repare que, por exemplo, dos 43 presidentes dos Estados Unidos, tidos como o país que mais propaga a democracia e a igualdade no mundo, zero foram mulheres! De todos os Doutores da Igreja, a mais “recente” é uma mulher: uma freira do século XIX, época em que a maioria das faculdades nem sequer admitia mulheres. Mesmo assim, há muitos “pregadores laicos” que não se cansam de acusar a Igreja católica de “odiar as mulheres”.

6. Todas as vestes litúrgicas dos sacerdotes católicos têm um significado específico. É por isso que, para citar um exemplo, a casula, que simboliza o amor, é usada por cima da estola, que simboliza a autoridade. Afinal, “por cima de tudo, o amor” (cf. Colossenses 3,14).


7. O tempo mínimo de participação na missa que a Igreja pede a todo católico equivale a mais ou menos 0,65% da nossa vida. Se formos à missa em todas as celebrações de preceito (e apenas nelas), o nosso “tempo total de missa” ficará em torno de 57 horas por ano. Bem que poderíamos dar a Deus um pouco mais do que isso, não poderíamos?

8. Em alguns países, as palmas ou ramos de oliveira usados no Domingo de Ramos são queimados para produzir as cinzas da Quarta-Feira de Cinzas. Em outros países, as pessoas guardam os ramos abençoados em casa, como sacramentais cujo caráter simbólico evoca esperança, vitória e vida. Em várias regiões do Brasil, faz parte da piedade popular queimar esses ramos durante ocasiões de perigo, particularmente tempestades, para recordar a esperança na proteção de Deus.

9. Nenhum cientista conseguiu apresentar uma explicação satisfatória para a origem da imagem estampada no tecido do Santo Sudário de Turim. A datação do sudário por carbono, que concluiu que a peça seria medieval e não do tempo de Cristo, é questionada inclusive por cientistas. Além disso, nem sequer a tecnologia do século XXI conseguiu reproduzir as peculiaridades únicas da imagem tal como ela foi estampada, inexplicadamente, no tecido.

10. Lutero só rejeitou os livros deuterocanônicos depois que um adversário dele mostrou que o purgatório é um conceito bíblico, usando justamente um livro deuterocanônico. Após este episódio, Lutero começou a excluir alguns livros da Bíblia, mas não conseguiu eliminar todos os que pretendia, como Hebreus, Tiago, Judas e o Apocalipse.

11. A teoria do Big Bang foi concebida por um padre católico. Todo mundo riu dele: “Ah, católicos bobos, sempre achando que o universo teve um começo!”. Além de sacerdote, ele era físico. O papa Francisco não disse nenhuma novidade quando afirmou, recentemente, que a Igreja católica aceita a evolução. Faz muitas décadas que a Igreja reconhece o fato evolutivo e o considera compatível com um Deus criador. O que a Igreja não reconhece é que todo o universo tenha surgido por obra do mero acaso e sem nenhuma finalidade. A declaração do papa Francisco, no entanto, foi divulgada como “grande novidade” por certa parcela da mídia.

12. Religiosos católicos também participaram de descobertas e criações como o método científico, a genética e o sistema universitário. Mesmo assim, há que teime em acusar a Igreja de odiar a ciência, a educação intelectual e o progresso técnico e tecnológico.

13. Pelo menos três papas foram hereges: Libério, Silvério e Honório I. Mas nenhum deles caiu em heresia durante o período de seu papado.

14. A primeira leitura nas missas de domingo é sempre escolhida com base na sua relação com o evangelho do dia. Já a segunda leitura não precisa ter necessariamente uma ligação direta com a primeira ou com o evangelho.

15. Se você ler 8 parágrafos do catecismo da Igreja católica por dia, vai conseguir ler e refletir sobre o catecismo inteiro antes do fim do ano. Que tal considerar esta dica como um desafio e começar hoje mesmo?

Por que o Carnaval e a Páscoa não têm data fixa, ao contrário de outros feriados, como 21 de abril (morte de Tiradentes), 7 de setembro (Independência), 2 de novembro (Finados) ou 15 de novembro (Proclamação da República)?
O Carnaval antecede à Quaresma. Esta, por sua vez, é a preparação para a Páscoa cristã


Este artigo visa oferecer resposta exata à pergunta acima, dado ser ela causa de dificuldades a não poucos leitores.
Para começo de conversa, devemos nos lembrar de que o Carnaval antecede à Quaresma. Esta, por sua vez, é a preparação para a Páscoa cristã. Pois bem, fazendo o caminho inverso, notamos o seguinte: a data da Páscoa não é calculada pelo calendário solar comum, mas, sim, pelo antigo calendário lunar, conforme prescrito no livro bíblico do Êxodo 12,1-14. Ora, segundo tal calendário, a data da Páscoa é móvel a cada ano, por conseguinte, também não podem ser fixas as datas da Quaresma e do Carnaval. Daí a questão: qual regra determina o Domingo de Páscoa?

Em resposta, dizemos que é preciso observar, antes de tudo, o equinócio da Primavera (momento no qual o sol corta a Linha do Equador tornando os dias iguais às noites). Isso se dá duas vezes no ano: 21 e 22 de março, no hemisfério norte, e 22 e 23 de setembro no hemisfério sul. A nós interessa, é óbvio, só a primeira data, uma vez que as regras para a data da Páscoa foram elaboradas no hemisfério norte. Pois bem, basta tomar uma folhinha comum e nela observar a última lua nova anterior ao equinócio da Primavera. Feito isso, é só contar o tempo entre duas luas novas consecutivas o que dará 29 dias, 12 horas, 40 minutos e dois segundos. O primeiro Domingo após o 14º dia da primeira lua nova posterior ao equinócio da Primavera será a data da Páscoa cristã.

Trazendo para este ano de 2020, temos: em 21 e 22 de março, o equinócio da Primavera. A última lua nova antes dessa data é 23 de fevereiro. As duas luas novas seguintes são 24 de março e 22 de abril. Então, marque o dia 24 de março e acrescente-lhe 14 dias, estaremos em 7 de abril. O domingo posterior será, obrigatoriamente, a Páscoa (12 de abril). Ou, de forma mais prática, o primeiro Domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da Primavera é o Domingo de Páscoa: neste ano, essa lua cheia também cai no dia 7 de abril. Uma coisa, no entanto, é certa: todos os anos, a primeira lua nova antes do equinócio da Primavera ocorre, necessariamente, entre 8 de março e 5 de abril, a Páscoa cristã sempre tem de ser comemorada, então, entre 22 de março e 25 de abril (data mais tardia possível).

Elucidada a data da Páscoa, voltemo-nos à Quaresma e ao Carnaval que a antecedem. Eis o procedimento: uma vez encontrada a data da Páscoa, contem-se seis semanas anteriores ou 42 dias. Desse total de dias, retirem-se os 6 Domingos, dado que neles não se faz jejum ou penitência. Temos, assim, 42-6 = 36. Contudo, como a Quaresma, segundo o próprio nome sugere (cf. Mt 4,1-11; Mc 1,12-13; Lc 4,1-13), compõe-se de 40 dias acrescentam-se aos 36 dias mais 4 anteriores; ou seja, da quarta-feira, dita de Cinzas, ao sábado. Ora, o Carnaval ocorre, então, nos 4 dias anteriores à quarta-feira de Cinzas.

Sobre o Carnaval, devemos dizer que teve, segundo consta, origem nos festejos agrários do Egito e do Oriente Próximo, por volta de 4000 a.C., com suas marcas próprias: a diversão, mas uma diversão acompanhada da libertinagem sexual e da desordem social. Hoje, em pleno século XXI, as reflexões em torno dessa festa popular parecem centrar-se em dois principais pontos: 1) as graves ofensas a Deus por meio de pecados diversos que não devem ser jamais fomentados, mas, sim, combatidos dentro da lei e da ordem e 2) o gasto de dinheiro público – aliás, já cancelado por alguns prefeitos – que poderia ser canalizado para saúde, moradia, educação, segurança pública etc.

N6

Você é madrinha ou padrinho? Sabe o que isso significa?
7 ideias sobre a missão que você tem com seu afilhado(a)


Ésempre um presente maravilhoso ser convidado a apadrinhar alguém, pois este é um serviço de amor. Mas será que temos claro o que isso realmente significa?
Se você foi convidado a ser padrinho de batismo ou crisma de alguém, vale a pena compreender qual é sua missão e colocá-la nas mãos de Deus, que lhe dará todas as graças necessárias para acompanhar seu afilhado no caminho da fé que o próprio Senhor nos convidou a trilhar.

Apresentamos, a seguir, 7 ideias sobre a missão que você tem como padrinho/madrinha:

1. Sua vida é seu currículo, não no sentido empregatício, mas no sentido religioso

Seu testemunho de vida é fundamental para iluminar a vida do seu afilhado em seu caminho cristão.

2. Dê o melhor presente


O melhor presente que você pode dar para o seu afilhado não é algo material no aniversário ou no Natal, e sim um acompanhamento sincero da sua vida espiritual e da sua relação com Jesus.

3. Você não é um pai/mãe substituto(a)

Faz parte da sua missão acompanhar também os pais do seu afilhado, fazer parte dessa família espiritual unida pela fé.

4. Compartilhe o que você tem de melhor

Os padrinhos compartilham sua fé; portanto é preciso alimentá-la e fazê-la crescer, estar preparados para responder às dúvidas do afilhado e acompanhá-lo em seus momentos de escuridão, iluminados especialmente pela Palavra de Deus.

5. Pratique o que você ensina

Os padrinhos são chamados a ser assíduos em sua paróquia, comprometidos com sua fé e com a vida da Igreja, especialmente no que diz respeito à vivência dos sacramentos.

6. Mantenha-se próximo

Procure criar um laço afetivo real com seu afilhado e sua família, compartilhando o tempo juntos, conhecendo seu processo e seu desenvolvimento como pessoa e como cristão.

7. Assuma sua responsabilidade plenamente

O batismo abre as portas do céu ao batizado, que se torna parte da Igreja, filho de Deus e com vocação à vida eterna. Quem aceita ser padrinho ou madrinha o faz de forma permanente, como demonstração de amor, mas também como um serviço a Deus, acompanhando esse novo cristão em seu desenvolvimento e amadurecimento.

Quem aceita este desafio e esta responsabilidade o faz para sempre, pois a condição de filho de Deus é eterna; portanto sua tarefa de amor, companhia, cuidado e orientação não acaba quando seu afilhado se torna adulto, mas continua durante a vida inteira.

Como era a vida de Jesus como filho obediente e carinhoso de São José
“Jesus muitas vezes preparava a comida, buscava água, lavava as vasilhas e varria a casa”


Em suas “Meditações: para todos os dias e festas do ano“, tomo II, Santo Afonso Maria de Ligório nos propõe estas inspiradoras considerações sobre como teria sido a adolescência e juventude de Jesus em Nazaré, vivendo com sua mãe Maria e com seu pai adotivo São José e a eles obedecendo com amor e respeito filial:
O exemplo de Jesus Cristo, que nesta Terra quis honrar tão grandemente a São José, era bastante para inspirar a todos uma grande devoção a este preclaro Santo. Desde que o Pai Eterno designou São José para fazer as suas vezes juntos de Jesus, Jesus sempre o considerou e o respeitou como pai, obedecendo-lhe pelo espaço de vinte e cinco ou trinta anos: Et erat subditus illis (E estava-lhes sujeito), o que quer dizer que, em toda aquela série de anos, a única ocupação do Redentor foi obedecer a Maria e a José.

A José competia em todo aquele tempo exercer o ofício de governar, como cabeça que era da pequena família; a Jesus, como súdito, o ofício de obedecer. De sorte que Jesus não dava um passo, não praticava coisa alguma, não tomava alimento, não ia repousar, senão segundo as ordens de São José. Punha a mais atenciosa diligência em escutar e executar tudo o que lhe era imposto. “O meu Filho”, assim revelou o Senhor a Santa Brígida, “era tão obediente, que quando José dizia: Faze isto, ou faze aquilo, logo o executava”. E acrescenta que, em Nazaré, “Jesus muitas vezes preparava a comida, buscava água, lavava as vasilhas e varria a casa”.

Esta humilde obediência de Jesus nos ensina que a dignidade de São José é superior à de todos os Santos, exceção feita à divina Mãe. Pelo que um douto autor escreve com razão: “É justíssimo que seja muito honrado pelos homens aquele que de tal maneira foi elevado pelo Rei dos reis” (Card. Camer). O próprio Jesus recomendou a Santa Margarida de Cortona que fosse particularmente devota de São José, por ser ele quem o alimentou durante a sua vida: “Eu quero“, disse-lhe (e imaginemos que nos diz o mesmo), “que cada dia pratiques algum obséquio especial a meu amantíssimo pai nutrício, São José“.

Para compreendermos as grandes mercês que São José faz aos seus devotos, basta referir o que a este respeito diz Santa Teresa:

“Não me lembro de lhe ter pedido alguma coisa sem que ma tenha obtido. Causaria assombro se eu enumerasse todas as graças que o Senhor me concedeu por intermédio deste Santo, e todos os perigos, tanto para o corpo como para a alma, dos quais me livrou. Aos demais Santos parece que o Senhor lhes deu o serem protetores numa só necessidade particular; a experiência, porém, faz ver que São José é protetor universal. Parece que Jesus nos quer dar a entender que, assim como ele na Terra se submeteu voluntariamente a São José, também no Céu faz tudo que o Santo lhe pede. O mesmo experimentaram também outras pessoas, às quais aconselhei que se lhe recomendassem. Quisera persuadir a todos a serem devotos deste Santo, pela experiência adquirida dos grandes favores que ele obtém de Deus. Não conheço pessoa que, honrando-o de maneira particular, não se visse progredir muito na virtude. Desde há muitos anos lhe peço, no dia da sua festa, uma graça especial e sempre a tenho conseguido. A quem não me quiser crer, peço pelo amor de Deus que faça a experiência“.


Tomemos São José por nosso especial protetor e poderoso intercessor e não deixemos de nos recomendar a ele todo dia e várias vezes por dia. Multipliquemos as nossas orações nestes dias de sua festa, pratiquemos em sua honra alguma mortificação e digamos muitas vezes:

“Lembrai-vos, ó puríssimo Esposo de Maria Virgem, ó doce Protetor meu, São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado a vossa proteção e implorado o vosso socorro e não fosse por vós consolado. Com esta confiança, venho à vossa presença, a vós fervorosamente me recomendo. Não desprezeis a minha súplica, pai putativo do Redentor, mas dignai-vos de acolhê-la piedosamente. Assim seja“.

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