sábado, 31 de agosto de 2019

Passo a passo para sacar dinheiro no caixa eletrônico

Sacar dinheiro é algo que cada dia menos pessoas precisam. Os meios de pagamento eletrônicos e o constante aumento da utilização do dinheiro de plástico tem tornado cada vez menor a necessidade de se ter dinheiro em espécie. Mas as vezes é preciso e nestes momentos é bem melhor sacar no caixa eletrônico do que enfrentar as enormes filas dos caixas no interior das agências. Alguns caixas até reclamam quando um cliente vai ao caixa pra sacar um valor que ele poderia ter sacado no caixa eletrônico. Considerando que você precisa, com fazer para sacar dinheiro no caixa eletrônico?
Muitas pessoas da geração anterior tem dificuldades ou mesmo alguma fobia quando se trata de usar meios bancários totalmente informatizados, sem o envolvimento de pessoas. É normal que se sintam mais seguros lidando com pessoas no momento de tratar de dinheiro. Infelizmente este é um pensamento fadado a desaparecer e os caixas eletrônicos só tendem a aumentar de número e realizar cada vez mais funções.
Então, como sacar dinheiro no caixa eletrônico?
Antes de sair de casa:
  • Prepare seu cartão de débito ou de movimentação de conta corrente. É o cartão que você recebeu no dia em que abriu a conta. Não confunda com o cartão de crédito, que não serve para movimentar a conta no banco.
  • Lembre-se de sua senha, mas não anote em lugar nenhum por motivo de segurança. As vezes o banco lhe fornece duas senhas diferentes, uma para usar na internet e outra para usar nas agências e caixas eletrônicos, e esta é a que você precisa agora.
  • A senha é sua segurança. Não aceite ajuda de desconhecidos. Em caso de dúvidas, ligue para a central de relacionamento (para consultas, informações, saldos, pagamentos, extratos, cartões, transferências, resgates, aplicações e outras transações), serviço de atendimento ao cliente (informações, dúvidas, elogios, sugestões e reclamações), ouvidoria (reclamações não solucionadas e denúncias) e 0800 (para deficientes auditivos).
  • Defina com antecedência o local onde irá e procure ir no horário bancário, que é mais seguro. Dê preferências para locais públicos, fechados e muito movimentados como shoppings e grandes supermercados e hipermercados que tem caixas à disposição. Evite locais como padarias, farmácias, supermercados pequenos, terminais de ônibus, postos de combustível, lojas de conveniência, pois estes são muito expostos a vandalismo.
  • Determine o valor que irá sacar. Há limites para saques e estes limites variam de acordo com o banco, horário do saque, dia da semana e com o tipo de banco. Saques no horário bancário em geral tem os maiores limites. Em caso de dúvídas, confirme antes no site do banco ou ligando para o seu gerente.
Saque no caixa eletrônico
Sacar no caixa eletrônico - Qualquer um pode aprender
Ao chegar ao banco ou caixa eletrônico:
  • Verifique em volta por pessoas suspeitas e não saque se tiver receio de alguém.
  • Confirme se há policiamento.
  • Não utilize terminais ou caixas que tiverem marcas de avaria ou similares. Eles podem ter sido modificados por bandidos.
  • Não aceite ajuda de outras pessoas, exceto se forem de sua confiança e convivência.
  • Jamais fale, anote ou deixe alguém ver você digitando a senha. Qualquer um que for lhe ajudar não precisará saber a sua senha.
  • O caixa irá sempre solicitar a sua senha para ver ou fazer movimentação em valores de sua conta. Leia atentamente cada tela que aparecer para não fazer nada de errado. Se tiver dúvidas, não faça enquanto não entender.
  • Dependendo do que estiver fazendo, podem ser solicitadas outras informações de segurança como data de aniversário, nome da mãe, nome do pai ou números de documentos. São confirmações de segurança para verificar se e você mesmo que está ali.
  • Ao sacar o dinheiro, conte-o e guarde-o rapidamente. Caso esteja errado você precisará reclamar direto na agência ou por um telefone que houver próximo ao caixa eletrônico. Mais uma vez, não digite ou fale sua senha no telefone.
  • Antes de sair do caixa eletrônico, certifique-se que a tela não ficou aberta para outros verem os seus dados. Mas não se preocupe, mesmo que fique, eles precisariam do cartão e sua senha para fazer qualquer movimentação. Em todo caso, fique esperto com isso.
Estes passos mostram que sacar dinheiro no caixa eletrônico é simples e pode ser feito por qualquer um. Se você ainda assim está inseguro para fazer tal operação, solicite a companhia de um familiar para lhe explicar e fazer o saque junto contigo até que você aprenda. Não devemos depender das pessoas sem necessidade e sim tentar aprender tudo que pudermos, e sacar dinheiro é uma destas coisas.

Modelo de caixa eletrônico:

Banco do Brasil:

Saques - Extratos / Pagamentos / Transferências
Depósitos - Extratos / Pagamentos / Transferências
Cheques - Saldos / Extratos / Transferências

Acesso com Biometria
Serviços sem Cartão
Saque Sem
Saque Móvel

Caixa Econômica:

Saques / Depósitos - Transferências / Saldos / Extratos / Pagamentos
Senhas - Caixas / Para Você / Empresas / FGTS / PIS
Cheques - Transferências / Saldos / Extratos / Pagamentos

Coloque / retire seu cartão
Ou, para serviços sem cartão, pressione qualquer tecla

Bradesco:
Multi Serviços - Saques / Depósitos / Transferências / Investimentos / Pagamento de Contas / Consulta de Saldos / Extratos / Outros Serviços
Cheques - Transferências / Investimentos / Pagamento de Contas / Consulta de Saldos / Extratos / Outros Serviços

Insira seu cartão ou pressione Entra para serviços sem cartão.

Empréstimos / Limites /
Crédito Consignado
Depósitos
Extratos
Pagamentos
Saque da Conta-Corrente
Saque da Conta Poupança
Saldo
Mais Serviços

Investimentos
Capitalização
Seguros

Transferências
Recarga de Celulares
Cartão de Crédito
Mais Serviços

Cheques

Comprovantes (2ª Via)
e Outros Demonstrativos
Personalização e Segurança

Santander:
Saques / Pagamentos / Depósitos - Empréstimos / Investimentos / Consultas / Transferências / Outros Serviços
Depósitos / Pagamentos - Empréstimos / Investimentos / Consultas / Transferências / Outros Serviços

Insira seu cartão ou tecle Entra para prosseguir.

Itaú:
Depósitos - Saques / Pagamentos / Empréstimos / Transferências
Cheques - Pagamentos / Empréstimos / Transferências

Coloque ou retire seu cartão ou pressione qualquer tecla para serviços sem cartão.


Tem como fazer depósito, transferência, pagamento, empréstimo, financiamento, investimento, agendamento ou desbloqueio em caixas eletrônicos 24 horas?

Nos caixas Banco 24 Horas, encontrados em shoppings, padarias, farmácias, drogarias, supermercados, hipermercados, terminais de ônibus, postos de combustível, lojas de conveniência e instituições públicas, não existe a opção para depósito, pagamento, transferência, empréstimo, financiamento, investimento, agendamento ou desbloqueio, apenas para saques, saldos e extratos.

Nos caixas eletrônicos de bancos (Caixa, Banco do Brasil, Santander, Bradesco, Itaú), encontrados também em shopping centers, pagamentos, transferências, empréstimos, investimentos, financiamentos, agendamentos, desbloqueios podem ser efetuados. Mas, para efetuar depósitos, procure a agência bancária mais próxima.

10 diferenças entre bancos e cooperativas financeiras

Administrar o seu dinheiro não precisa custar caro.

Figura1
 
Assim como os bancos, as cooperativas financeiras (ou cooperativas de crédito) são instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.
Os produtos e serviços oferecidos também são praticamente os mesmos: contas correntes, poupança e outras aplicações, cartões de crédito e débito, linhas de crédito, transferências diversas, pagamentos, seguros, etc.
Então, afinal, quais as diferenças entre bancos e cooperativas financeiras?
Pelo bem do seu bolso, vale a pena ficar atento:
Formação
Bancos: São sociedades de capital.
Cooperativas: São sociedades de pessoas.
Papel do usuário
Bancos: Cliente.
Cooperativas: Associado, um dos donos.
Quem manda
Bancos: Quem tem mais ações tem mais poder.
Cooperativas: Cada associado tem um voto. Todos os votos tem o mesmo valor.
Quem decide
Bancos: O usuário não influencia nos produtos ou na precificação.
Cooperativas: Todos participam da decisão da política operacional.
Meios de crescimento
Bancos: Avançam por competição.
Cooperativas: Desenvolvem-se por cooperação mútua.
Objetivo primário
Bancos: Lucrar.
Cooperativas: Administrar os recursos financeiros dos associados de forma vantajosa para todos.
Preços e taxas
Bancos: Superiores, visando lucro.
Cooperativas: Até 20% menores, tendo como parâmetro somente os custos e necessidades de reinvestimento.
Remuneração
Bancos: Estrutura de custos cara e tributação de resultados diminui a remuneração dos depósitos.
Cooperativas: Estrutura de custo enxuta pode viabilizar remunerações maiores para depósitos a prazo.
Resultados
Bancos: O lucro é dividido apenas entre os acionistas.
Cooperativas: Os rendimentos positivos são distribuídos entre todos os associados, de acordo com suas respectivas participações.
Comunidade
Bancos: Não tem por prioridade os investimentos locais.
Cooperativas: Retém os recursos na sua área de atuação (cidade, município), contribuindo com o desenvolvimento local.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Clareza textual

Cuidados com o vocabulário, com a construção sintática e com a semântica, são essenciais para a elaboração de um texto que preze pela clareza textual.
Bem vindo ao Player Audima. Clique TAB para navegar entre os botões, ou aperte CONTROL PONTO para dar PLAY. CONTROL PONTO E VÍRGULA ou BARRA para avançar. CONTROL VÍRGULA para retroceder. ALT PONTO E VÍRGULA ou BARRA para acelerar a velocidade de leitura. ALT VÍRGULA para desacelerar a velocidade de leitura.Ouça: Clareza textual. Dez dicas sobre clareza textual0:00100%
Quando escrevemos um texto, muitos elementos linguísticos devem ser levados em consideração, entre eles a clareza textual. Mas será que você sabe o que é clareza textual?
A comunicação é o objetivo principal de todos os textos, sejam eles orais ou escritos, portanto, fazer-se compreender é indispensável para o bom funcionamento da linguagem. Não basta apresentar uma ortografia e sintaxe irrepreensíveis: é preciso que as ideias sejam expostas da maneira mais clara possível, especialmente quando o assunto é a linguagem não literária.
Se você precisa escrever uma redação, relatórios, e-mails e outros documentos comuns à rotina escolar ou profissional, você deve sempre se colocar no lugar do leitor e elaborar frases que privilegiem a objetividade e o uso denotativo da linguagem, além de evitar ambiguidades que dificultem a compreensão do texto. Para ajudá-lo nessa tarefa, o Alunos Online traz dez dicas sobre clareza textual que vão aperfeiçoar a elaboração de suas ideias e argumentos. Bons estudos!
Revisar um texto é uma ótima maneira de evitar que erros relacionados com a clareza textual cheguem até o leitor
Revisar um texto é uma ótima maneira de evitar que erros relacionados com a clareza textual cheguem até o leitor
Dez dicas sobre clareza textual
1) Tenha domínio sobre o assunto: Conhecer o tema é fundamental para a clareza textual, caso contrário você terá sérias dificuldades para desenvolver ideias e argumentos de maneira eficiente.
2) Prefira frases curtas: Frases longas podem ser verdadeiras armadilhas para a compreensão de um texto, por isso, priorize construções sintáticas coesas e concisas, pois elas são facilmente entendidas pelos leitores.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
3) Cuidado com a pontuação: Uma boa pontuação é imprescindível para a clareza textual. Sinais como vírgulas e pontos-finais organizam ideias e conferem sentido à mensagem.
4) Dê preferência à ordem direta: Na ordem direta, privilegia-se a seguinte construção sintática: sujeito + verbo + complemento. Evite inversões e intercalações: elas funcionam bem apenas nos textos literários.
5) Para ideias abstratas, utilize exemplos concretos: Quando precisamos discorrer sobre conceitos abstratos em textos informativos, o melhor a se fazer é tecer comparações com elementos concretos. Isso facilita o entendimento da mensagem, além de torná-la mais didática e eficiente.
6) Evite abreviaturas, regionalismos, gírias, linguagem da Internet ''internetês'' e siglas: elas podem ser um empecilho para a compreensão da mensagem, por isso, sempre que possível, evite-as.
7) Não repita ideias e argumentos: A redundância é prejudicial para o desenvolvimento dos argumentos. Fique atento também aos pleonasmos, vício de linguagem que compromete os sentidos de um texto. 

Exemplos consagrados: elo de ligação, acabamento final, certeza absoluta, quantia exata, juntamente com, duas metades iguais, sintomas indicativos, prefeitura municipal, vereador da cidade, outra alternativa, detalhes minuciosos, anexo junto à carta, de sua livre escolha, todos foram unânimes, conviver junto, encarar de frente, multidão de pessoas, amanhecer o dia, criação nova, surpresa inesperada, gritar alto, goteira no teto, labaredas de fogo, despesas com gastos, exultar de alegria, ganhar de grátis, erário público, monopólio exclusivo, superávit positivo, déficit negativo, destaque excepcional, limite extremo, vandalismo criminoso, individualidade inigualável, palavra de honra, abertura inaugural, consenso geral, evidência concreta, protagonista principal, resultado do laudo, deferir favoravelmente, autocontrolar-se, repetir de novo, retornar de novo, seguir em frente, verdade verdadeira, escolha opcional, empréstimo temporário, modelo de referência, última versão definitiva, um mês de mensalidade, consumismo exagerado, pilar de sustentação, feminismo libertário, climatologia geográfica, hepatite do fígado, infarto do coração, hemorragia de sangue, consigo mesmo, mas mesmo assim, manter o mesmo, como por exemplo, há dois anos atrás, até mesmo, países do mundo, estrelas do céu, canja de galinha, demente mental, general do Exército, almirante da Marinha, brigadeiro da Aeronáutica, infiltrar-se para dentro, exportar para fora, importar para dentro, surdo do ouvido, cego dos olhos, regra geral, panorama geral, conclusão final, propriedade característica, baseado em fatos reais, sentidos pêsames, dupla de dois, trio de três, novidade inédita, comparecer pessoalmente, anexar junto, viver a vida, decapitar a cabeça, prever de antemão, arder em chamas, ver com os próprios olhos, pisar com os pés, sonhar um sonho, maluco da cabeça, pessoa humana, viúva do falecido, própria autobiografia, bilateral entre as partes, aprimorar para melhor, degenerar para pior, bonita caligrafia, etc. 
8) Evite subjetivismos: A subjetividade é outro elemento que funciona bem apenas na linguagem literária. A objetividade é primordial para a clareza textual.
9) Evite palavras cujo significado você desconheça: Essa dica parece óbvia, mas muitas pessoas acabam empregando palavras de significado desconhecido apenas para rebuscar a linguagem ou para impressionar o leitor. Esse tipo de comportamento pode gerar efeitos de sentido diferentes do esperado. Prefira juiz a julgador ou órgão decisório, Supremo Tribunal Federal a pretório excelso, doutíssimo colegiado ou corte suprema, resposta a contestação, recurso a inconformação, advogado a causídico, patrono ou defensor, tribunal a pretório, colegiado ou corte, eleição a pleito, votar a sufragar, morte a falecimento ou óbito, réu a peticionário, demandante ou demandado. Da mesma forma, prefira voltar a regressar ou retornar, pretender a objetivar, intentar ou tencionar.
10) Saiba para quem você está escrevendo: Conhecer o público-alvo é fundamental na elaboração de um texto. Certas alusões e termos técnicos não são familiares a todos os tipos de leitores, por isso é importante que você elabore uma mensagem que seja linguisticamente viável para quem está lendo.

Dica: Evite a voz passiva, ela torna seu texto incoerente. Prefira a voz ativa, que tornará seu texto mais lógico. Evite adjetivos, advérbios, pronomes, conjunções, aumentativos, diminutivos e superlativos em excesso, eles tornam seu texto mais pesado, use-os com moderação e prefira verbos e substantivos.

Dê preferência para as orações coordenadas, modere orações subordinadas, para que o texto não fique exausto.

Para evitar o queísmo, substitua o pronome relativo que por um substantivo ou adjetivo, substitua a oração desenvolvida por uma reduzida de infinitivo, gerúndio ou particípio.

Evite estrangeirismos, se já existir forma aportuguesada ou equivalente em português. Use apenas se não possuir correspondente em português, ou se este for pouco usado.

Evite aliterações, rimas e qualquer figura de linguagem, pois a redação do Enem não é um texto poético, e sim dissertativo-argumentativo.

Evite palavras ofensivas, grosseiras ou gestos obscenos.

Evite repetir palavras, lance mão de pronomes pessoais, demonstrativos, relativos e indefinidos, numerais e advérbios pronominais, sinônimos, hiperônimos e hipônimos e da elipse.

Evite o uso de ponto de exclamação e reticências.

Evite clichês, ou seja, frases, imagens, construções ou combinações de palavras que se tornaram desgastadas pela repetição excessiva e perderam a força original.

Frases e locuções: abertura de contagem, abrir com chave de ouro, acertar os ponteiros, a duras penas, agarrar-se à certeza de, agradar a gregos e troianos, alto e bom som, ao apagar das luzes, aparar as arestas, apertar os cintos, à saciedade, a sete chaves, atear fogo às vestes, atingir em cheio, a toque de caixa, baixar a guarda, banco dos réus, bater em retirada, bola da vez, cair como uma bomba, cair como uma luva, cantar vitória, causar espécie, cavalo de batalha, chegar a um denominador comum, chover a cântaros, chover no molhado, chumbo grosso, colhido pelo ônibus, colocar um ponto final, com a rapidez de um raio, comédia de erros, como um raio, conjugar esforços, consternou profundamente, contabilizar as perdas, coroado de êxito, correr por fora, cortina de fumaça, crivar de balas, dar com os burros n'água, dar mão forte a, dar o último adeus, debelar as chamas, de cabo de esquadra, deitar raízes, deixar a desejar, de mão beijada, depois de um longo e tenebroso inverno, desbaratada a quadrilha, de vento em popa, dirimir dúvidas, discorrer sobre o tema, dispensa apresentações, dizer cobras e lagartos, divisor de águas, do Oiapoque ao Chuí, em compasso de espera, empanar o brilho, em ponto de bala, em sã consciência, encerrar com chave ou com fecho de ouro, ensaiar os primeiros passos, entreouvido em, esgoto a céu aberto, estourar ou explodir como uma bomba, faca de dois gumes, fazer as pazes com a vitória, fazer das tripas coração, fechar as cortinas, fechar com chave de ouro, fez o que pôde, ficar à deriva, fincar o pé, fugir da raia, hora da verdade, inserido no contexto, jogar a pá de cal, jogar as últimas esperanças, jogo de vida ou morte, lavrar um tento, lenda viva, leque de opções ou de alternativas, levar às barras dos tribunais, literalmente lotado ou tomado, lugar ao sol, mão de ferro, morrer de amores, morto prematuramente, na ordem do dia, nau sem rumo, página virada, palavra de ordem, parece que foi ontem, passar em brancas nuvens ou em branco, perder o bonde da história, perder um ponto precioso, perdidamente apaixonado, petição de miséria, poder de fogo, pomo da discórdia, pôr a casa em ordem, pôr a mão na massa, pôr as barbas de molho, pôr as cartas na mesa, preencher uma lacuna, prendas domésticas, procurar chifre em cabeça de cavalo, propriamente dito, reencontrar o seu futebol, requintes de crueldade, respirar aliviado, reta final, sagrar-se campeão, saraivada de golpes, sentar-se no banco dos réus, tábua de salvação, tecer comentários ou considerações, ter boas razões para, tirar do bolso do colete, tirar o cavalo da chuva, tiro de misericórdia, traído pela emoção, trazer à tona, treinar forte, trilar o apito, trocar farpas, via de regra, vias de fato, vida de cachorro e voltar à estaca zero.

Adjetivos e substantivos: agradável surpresa, água cristalina, amarga decepção, briosa corporação, calor escaldante ou senegalesco, calorosa recepção, carreira meteórica, cartada decisiva, chuvas torrenciais, corpo escultural, crítica construtiva, dama virtuosa, desabalada carreira, doce esperança, doença insidiosa, duras críticas, eminente deputado ou senador, ente querido, escoriações generalizadas, esposa dedicada, ferros retorcidos, filho exemplar, fortuna incalculável, gesto tresloucado, grata satisfação ou surpresa, ilustre estirpe, ilustre professor, ilustre visitante, impiedosa goleada, infausto acontecimento, inflação galopante, inteiro dispor, intriga soez, jogador voluntarioso, laços indissolúveis, lamentável equívoco, lance duvidoso, lauto banquete, manobra audaciosa, mera coincidência, obra faraônica, pai extremoso, parcos conhecimentos, pavoroso incêndio ou desastre, perda irreparável, pertinaz doença, poeta inspirado, prestigioso órgão, profundas raízes, profundo silêncio, proibição terminante, rápidas pinceladas, recônditos rincões, relevantes serviços, rigoroso inquérito, semblante carregado, silêncio sepulcral ou tumular, singela homenagem, sol escaldante, sólidas tradições, sólidos conhecimentos, sonho dourado, subida íngreme, suculenta feijoada, tarefa hercúlea, tradicionais estirpes, trágica ocorrência, tumulto generalizado, último adeus, vaias estrepitosas, valoroso soldado, vetusto casarão, violento incêndio e viúva inconsolável.

As imagens. As pessoas, cidades e coisas têm nomes. Criar imagens, apelidos ou definições que os substituam só contribui para a disseminação de uma série de lugares-comuns que o jornal, por sobriedade e bom senso, tem a obrigação de evitar. Jamais os utilize como opção para as palavras que estão entre parênteses, por serem literários:

Garoto do Parque (Rivelino), Galinho de Quintino (Zico), Canhotinha de Ouro (Gerson), Cidade Luz (Paris), Cidade Maravilhosa (Rio), esporte bretão ou esporte das multidões (futebol), tríduo de Momo (carnaval), precioso líquido (água), astro-rei (Sol), rainha da noite (Lua), soldado do fogo (bombeiro), próprio da municipalidade (Pacaembu), o maior estádio do mundo (Maracanã), enlace matrimonial (casamento), data magna da Cristandade (Natal), tapete verde (gramado), balão de couro (bola), instrumento de trabalho (bandeirinha), tiro de quina (escanteio), profissional do volante (motorista), etc.

4 - As ideias. Não são apenas as palavras, frases, construções ou duplas que se reproduzem ao infinito nos textos, mas também as ideias ou formas de abrir as matérias. Por isso, desconfie sempre de imagens "diferentes" que surjam prontas na sua cabeça e tente lembrar-se se não passam de recordações de outras que você já leu antes. A seguir, algumas dessas fórmulas prontas que aparecem com frequência nos textos:

a) Sonho-pesadelo. A oposição sonho-pesadelo é uma delas e veja exemplos reais de como ela já foi empregada em todo tipo de reportagem ou notícia, principalmente nos títulos e leads: Casa própria, o sonho que vira pesadelo / Sonho de carro vira pesadelo nos consórcios / Classe média: acaba o sonho e começa mais um longo pesadelo / Aposentadoria, o sonho que vira pesadelo a cada fim de mês / Ser o próprio patrão, outro sonho que virou pesadelo / Sonho palmeirense do tri vira pesadelo / O sonho de Israel virou pesadelo.

b) O D, P ou Z da DPZ. Repare quantas vezes você já leu: Duailibi, o D da DPZ, ou Petit, o P da DPZ, ou Zaragoza, o Z da DPZ. Lembre-se, então: a forma perdeu toda e qualquer originalidade.

c) A novela. Pense o mesmo com relação à palavra novela no sentido figurado. Use novela apenas no sentido denotativo, como referência ao à obra literária ou à obra audiovisual, telenovela ou radionovela. 
Ou você já não viu n vezes títulos ou textos como: Encerrada a novela da venda da TV Jaraguá. / Chrysler no Brasil, longa novela que pode ter um final feliz. / Termina a novela e Juca vai para a Espanha. / Estreia de Rossana vira novela.

d) Mestre Aurélio. Outra forma ultrabatida é escrever sobre um determinado tema e começar o texto pela definição do dicionário, em geral precedida de: "Segundo mestre Aurélio". E segue-se a explicação: brega é isto, corrupção é aquilo, leptospirose significa..., estrambótico quer dizer...

e) Se estivesse vivo... Além de óbvia, esta construção constitui outro lugar-comum a evitar. E, por mais incrível que pareça, sua frequência no noticiário chega a preocupar: Se estivesse vivo, João de Almeida estaria completando hoje 90 anos. E leva a absurdos como: Se estivesse vivo, Ivan dos Santos faria hoje 400 anos.

f) Não poderia imaginar... Outro chavão, em geral introduzido por quando: Quando fez tal coisa, fulano não poderia imaginar que... / Quando recorreu ao Judiciário, o delegado tal não poderia imaginar que a sentença final lhe seria desfavorável.

g) O fantasma. Mais uma imagem repetitiva de que convém fugir. Em geral, alguma coisa traz de volta o fantasma de outra: Desemprego traz de volta o fantasma da recessão de 83 / Corrida preços-salários traz de volta o fantasma da hiperinflação / Decisão revive fantasma do AI-5 / Empresariado teme a volta do fantasma do grevismo.

h) Negócio da China. Já se abusou da imagem negócio da China para tornar mais "atraentes" títulos sobre a vinda do Brasil de missões daquele país: Missão traz negócio da China ao Brasil / Preços são verdadeiros negócios da China / Negócio da China chega ao sertão do Nordeste / Empresários viajam em busca de negócios da China.

i) Não convidem para a mesma mesa ou reunião. Perdeu todo o sabor de novidade essa recomendação: Não convidem para a mesma mesa a cantora e seu ex-empresário. / Não convidem para a mesma reunião o ministro X e o governador Y.

j) Vem aí. Diga-se o mesmo do bordão vem aí para qualquer notícia referente ao animador Sílvio Santos (Sílvio Santos vem aí para prefeito, por exemplo).

k) Do cardápio fez parte. Outra forma que o uso exagerado vulgarizou é esta: noticia-se um almoço entre duas ou mais pessoas e segue-se a informação de que do cardápio fez parte a sucessão presidencial, a fusão da empresa X com a Y ou qualquer outro assunto.

l) Também é cultura. Mais uma imagem empregada à exaustão: Esporte também é cultura / Verde também é cultura / Ilusão também é cultura / Quadrinho também é cultura / Ecologia também é cultura. Enfim, tudo o que se quiser também é cultura.

m) Quente-frio. Trocadilho que o bom senso aconselha a banir do noticiário: Corinthians esquenta o verão de Caraguatatuba / Roupas de frio: preços quentes / Liquidações de inverno aquecem vendas / Preços de roupas de frio podem ser de arrepiar / Inverno aquece lazer na capital / Crise esfria comércio de agasalhos / Produtos de verão chegam com preços escaldantes.

Fonte: Manual de Redação e Estilo do Estadão

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Tradições da Globo que se perderam com o tempo e coisas da TV dos anos 80 e 90 que davam medo nas crianças

1 - O top de cinco segundos - nos anos 1980, era de oito - era lei antes da maioria dos programas da emissora, principalmente nos telejornais e transmissões esportivas. Hoje em dia é pouco usado, sobrevivendo em algumas transmissões de futebol e da Fórmula 1.



2 - Outra prática comum nos anos 1980 era a exibição da hora certa, principalmente antes dos telejornais, como o Jornal Nacional.



3 - Durante muitos anos, todo dia tinha o encerramento da programação. Sim, a Globo saia do ar durante a madrugada. Na vinheta, o narrador falava o seguinte: "Faremos agora uma pequena pausa em nossa programação. Apenas o tempo necessário para você despertar para um novo dia, uma nova vida. Logo, estaremos juntos novamente apresentando..." Ou: ''Atenção para a nossa programação desta segunda-feira, 29 de junho de 1992''. Aí eram mostrados slides da grade do dia seguinte. Apenas nas noites de sexta para sábado e de sábado para domingo, e nas datas especiais como Natal e Ano-Novo, a emissora ficava 24 horas no ar. Esse encerramento ainda é visto em algumas ocasiões, quando afiliadas da Globo fazem a manutenção de seus transmissores, mas dificilmente ocorre em São Paulo.
Na abertura, o locutor falava o seguinte: ''Bom dia! Juntos novamente. Globo e você, para viver intensamente hoje, terça-feira, 7 de setembro de 1993, todo este universo de emoções. Dentro de instantes...'', e eram mostrados slides da grade do dia.



4 - Nas novelas, eram exibidas as famosas cenas do próximo capítulo. Tratava-se de um pequeno resumo do que seria exibido no dia seguinte, quase sempre sem mostrar alguma cena importante, que revelasse algo. Ao fundo, uma música da trilha sonora da produção. A prática foi abandonada no início dos anos 1990.



5 - E quando a novela terminava? Aí eram exibidas cenas da próxima novela...



6 - Ainda nas novelas, os capítulos tinham contagem. No início do primeiro bloco, era mostrado apenas o logotipo da trama com o número do capítulo. A prática retornou em A Regra do Jogo, mas foi um caso excepcional.



7 - Quando exibia os créditos das novelas, a Globo colocava a seguinte advertência: "Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com lugares, fatos e pessoas conhecidas terá sido mera coincidência". A prática surgiu durante a novela O Cafona, de 1971, após protestos de figurões da alta sociedade do Rio de Janeiro, que se sentiram retratados em alguns personagens - prática que o autor Bráulio Pedroso confirmou tempos depois. Há algum tempo, é exibida a frase: "Esta é uma obra coletiva de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade".



8 - Até meados dos anos 1990, o show do intervalo do futebol era diferente, com um apresentador, como Fernando Vannucci ou Léo Batista. Dificilmente o próprio narrador aparecia no vídeo, como acontece há muitos anos.



9 - Ainda no futebol, o tempo e o placar não ficavam fixos na tela. As informações eram atualizadas a cada cinco minutos. A prática começou somente em 1999.



1 - O abominável homem das neves do Chapolin - ninguém menos que o mito Ramón Valdés. É um dos meus episódios preferidos - e eu vivia assustando minha irmã falando dele.



2 - A zebrinha que anunciava os resultados da loteria esportiva no Fantástico. Muita gente gostava, inclusive as crianças, mas tinha quem sentia medo da criatura.

PUBLICIDADE



3 - A abertura do Acredite se Quiser, que passava na Manchete. Lembro da minha mãe vendo as novelas da emissora e depois começava essa desgraça.



4 - O encerramento da programação das emissoras (sim, as emissoras ficavam fora do ar durante a madrugada). Principalmente quando aparecia a barra das cores e surgiam barulhos estranhos. Parecia que ia pular alguma coisa da tela a qualquer momento.



5 - Eu achava uma figura simpática, mas muitas crianças tinham medo do Fofão, principalmente por causa daquela lenda urbana envolvendo o boneco dele.



6 - E o lobisomem daquele episódio do Mundo da Lua? Ele pegou todos os amigos do Lucas e até palitou os dentes.



7 - Muita gente tinha medo do Professor Tibúrcio, do Rá-Tim-Bum. E pensar que aquela figura era o querido Marcelo Tas...



8 - E o Jesus do SBT? Essa vinheta passava nas noites de domingo do SBT. Mas sabemos que a intenção era transmitir uma mensagem de paz, amor, fé, esperança, luz e união, que não eram apenas palavras...



9 - Eu gostava, mas tinha muitos amigos que não curtiam o Linha Direta. Realmente alguns dos bandidos que apareciam no programa eram de arrepiar.



10 - A vinheta de abertura da Sessão Comédia, da Globo. Ninguém nunca entendeu essa bizarrice, que ficou no ar até meados dos anos 90.



11 - Nos anos 80, ainda não tinha vinheta do plantão da Globo. Mas já tinha a vinheta do plantão do Jornal Nacional.



12 - E, claro, falando nela, a vinheta de plantão da Globo, que assusta pessoas de todas as idades até hoje...

Indecente ou indescente?

 Segundo as regras ortográficas da língua portuguesa, a palavra correta é indecente, sem o uso da letra s antes da letra c. A grafia indesce...