terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Cinema nacional na TV

 O cinema na tv aberta brasileira é loteado de filmes dos grandes estúdios norte-americanos.A Globo tem contrato com a Fox, Sony-Columbia, Paramount, Disney.O SBT exclusividade com a Warner Brothers, a Record acordo com a Universal (a Pictures e a do Reino de Deus também, não confundir com o Universal Channel na TV por assinatura) e a Bandeirantes tem parceria com a MGM.


Filmes nacionais nas grandes redes sempre foi uma raridade.A primeira emissora a ter uma sessão fixa de títulos brasileiros foi a extinta Rede Manchete, que hoje é a RedeTV!, que durante muitos sábados os apresentava as 10 e meia da noite no Cinema Nacional.



Silvio Santos lá pelos anos 93, 94 deu um surto, como tantos que já teve, como mexicanização, ratinização, copiação...enfim num desses rompantes, ele colocou no ar as famosas pornochanchadas da década de 70 e 80 na Sessão das Dez, logo após o seu bem-sucedido Topa Tudo por Dinheiro, mas como seu lendário hábito de "movimentar" a grade, ou por falta de novas aquisições, foi breve essa exibição do audiovisual em verde e amarelo no SBT.


A Bandeirantes timidamente por uns dois anos exibiu a sessão Made in Brazil, na época em que o Rogério Gallo era o diretor de programação.O difícil era manter a platéia ligada, porque a escassez do seu acervo era irritante.


A TV Cultura mantinha até uns dois anos atrás, acho, o Cine Brasil, com variedade razoável, mas continua na programação em um horário ingrato.


A Globo depois de muito tempo acordou, além de terem criado a Globo Filmes, produtora nacional do gênero, adquiriu vários títulos, que estiveram nas mãos da Manchete e da BAND e lançou primeiramente na sessão Intercine, que as segundas-feiras passou a ser chamada de Intercine Brasil, onde havia como praxe do programa, dois títulos para um ser escolhido pela maioria do público. Em 2007, ela foi extinta e entrou no ar a Sessão Brasil no mesmo espaço, só que com a grande parte dos filmes serem produtos da Globo Filmes. Vez ou outra no início do ano surge o Festival Nacional geralmente com produções inéditas, com uma variante chamada Premiére Nacional, com foco em filmes de drama.


Por fim, uma das melhores alternativas do telecine tupiniquim, o Cadernos de Cinema da TVE, onde além de exibir o filme, havia um debate no final para analisar o desempenho da história, comandado pela competente e simpática jornalista Vera Barroso, que com a chegada da pífia TV Brasil foi discretamente retirado do ar.


As tvs tinham que reservar um espaço maior para o cinema nacional.E não adianta dizer, que a Globo compra tudo, e não tem como manter uma sessão desse tipo no ar.Há muitos filmes nacionais bem-feitos perdidos por aí, que não existem nem VHS, e muito menos em DVD.

Era uma forma de manter viva a memória do nosso cinema.

domingo, 9 de janeiro de 2022

Orações coordenadas - definição, classificação e exemplos

 O que são Orações Coordenadas?

Orações coordenadas são orações que estão conectadas mas que não exercem função sintática uma na outra. Essas orações são conectadas através de conjunções ou vírgulas e possuem sentido completo, podendo ser entendidas separadamente e não dependendo da outra.


Aprenda também o que são conjunções.


Exemplo: 


orações coordenadas

Classificação das Orações Coordenadas

As orações coordenadas podem ser classificadas em orações assindéticas e sindéticas.


Orações Coordenadas Assindéticas

As orações coordenadas assindéticas são orações que não são conectadas por nenhum conectivo, sendo separadas por vírgulas.


Exemplos:


Fomos ao parque, comemos, jogamos, corremos.

Abriu a porta, suspirou, foi embora.

Só pensa em ficar em casa, comer, dormir.

Orações Sindéticas

As orações coordenadas sindéticas são orações que são ligadas por meio de conjunções coordenativas. Elas podem ser classificadas em:


Orações Sindéticas Aditivas

As orações coordenadas sindéticas aditivas exprimem uma ideia de adição à oração anterior.


Conjunções utilizadas: e, nem, também, bem como, como também, não só… mas também, não só… como também, não só… mas ainda, não somente… mas também, não somente… como também.


Exemplos:


Fomos ao parque e jogamos bola.

Gosto de ir ao cinema como também gosto de ver filmes em casa.

Orações Sindéticas Adversativas

As orações coordenadas sindéticas adversativas expressam uma ideia de oposição à oração anterior. O uso de vírgulas nessas orações é obrigatório.


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Conjunções utilizadas: mas, porém, contudo, todavia, senão, entretanto, no entanto, não obstante, ainda assim, apesar disso, mesmo assim.


Exemplos:


Elas queriam ir à praia, porém estava chovendo.

Ele sempre trabalha, no entanto, nunca tem tempo para descansar.

Orações Sindéticas Alternativas

As orações coordenadas sindéticas alternativas exprimem a ideia de alternância em relação à oração anterior. O uso de vírgulas é obrigatório entre as orações, mas caso haja somente uma oração sindética alternativa, o uso de vírgulas é opcional.


Conjunções utilizadas: ou, ou…ou, ora…ora, quer…quer, seja…seja, nem…nem, já…já, talvez…talvez.


Exemplos: 


Ora quer sair, ora quer ficar em casa.

Fale logo ou eu vou embora.

Orações Sindéticas Conclusivas

As orações coordenadas sindéticas conclusivas expressam a ideia de conclusão de uma ideia transmitida na oração anterior. O uso de vírgulas nesse caso é obrigatório.


Conjunções utilizadas: logo, pois (depois do verbo), portanto, assim, então, por isso, por conseguinte, por consequência, consequentemente.


Exemplos:


Namoram há cinco anos, logo devem se casar em breve;

Cheguei mais cedo, consequentemente vou ter que aguardar o horário.

Explicativas

As orações coordenadas sindéticas explicativas explicam uma ideia transmitida na oração anterior. O uso de vírgulas nesse caso é obrigatório.


Conjunções utilizadas: porque, pois (antes do verbo), porquanto, que, já que, visto que, dado que, uma vez que, isto é, ou seja, na verdade, a saber.


Exemplos:


Não fomos de carro, pois o trânsito estava cheio;

Ele não quis ir ontem, uma vez que estava cansado.

Oração subordinada - tipos e exemplos

 O que é Oração Subordinada?

Orações subordinadas são orações que exercem uma função sintática em relação à oração principal. Isso significa que elas dependem da principal para fazer sentido, pois completam o seu significado.


Dependendo da função sintática que exercem, as orações subordinadas podem ser classificadas em: substantivas, adjetivas ou adverbiais. (Por isso é importante saber o que é sintaxe antes de continuarmos.)


Exemplo de oração subordinada

“Eu espero que você consiga ir à festa”.


Nesta frase temos duas orações: “Eu espero” // “que você consiga ir à festa”. 


Quando lemos a primeira oração sozinha “Eu espero”, nós percebemos que ela não veio depois de algo, mas está no início do sentido. Assim, é preciso que algo a complete em seguida, então ela é a principal.


Se lermos a segunda oração sozinha “que você consiga ir à festa”, ficamos com a sensação de que está faltando algo antes dela. Nossa própria mente entende que ela deve estar se referindo a algo anterior, por isso ela é a subordinada.


Outra forma de identificar isso é que a segunda oração completa o sentido do verbo transitivo direto “espero” na primeira oração. Portanto, a oração subordinada exerce a função sintática de objeto direto.


Ainda está com dúvida? No próximo tópico nós vamos te explicar as coisas desde o início, relembrar conceitos e falar sobre os Tipos de Orações Subordinadas.

Relembrando: o que é uma Oração?

A oração é uma palavra (ou o conjunto delas) que transmite uma mensagem. O centro da ação é expressado usando um verbo. 


Já que tudo gira em torno da ação verbal, os outros termos da oração podem ser classificados em:


Termos Essenciais: são fundamentais para saber de onde veio o verbo (sujeito e predicado).

Termos Integrantes: completam o sentido individuais de cada tipo de verbo (Complementos verbais objetivos diretos e indiretos, Complementos nominais e Agente da passiva).

Acessórios: possuem uma função secundária ou até dispensável (Adjuntos adnominais, Adjuntos adverbiais e Apostos).

Tipos de Orações

Para finalizar o entendimento das orações, é importante saber que elas podem ser classificadas de dois modos, dependendo de o quão completo é seu sentido:


Orações Coordenadas: são aquelas sintaticamente independentes, ou seja, não precisam da outra para terem sentido completo. (Ex: Eu fui dormir).

Orações Subordinadas: são aquelas que desempenham uma função sintática em relação à oração principal, complementando seu sentido e sendo dependente dela.


A partir daqui, vamos aprofundar nas subordinadas e conhecer seus tipos, com exemplos!


Tipos de Orações Subordinadas

No início do artigo, você viu que a oração subordinada do exemplo tinha uma função sintática específica. Cada função pertence a uma categoria maior, que varia de acordo com a forma que se comporta na relação entre a principal e a subordinada.


Por isso, dizemos que existem três tipos de orações subordinadas (Substantiva, Adjetiva e Adverbial), baseadas no comportamento que cada classe gramatical tem. Cada uma delas têm suas próprias subdivisões, conforme a função sintática que desempenhar.


Vamos conhecê-las:


O que são Orações Subordinadas Substantivas?

Orações Subordinadas Substantivas e exemplos

As Orações Subordinadas Substantivas desempenham papel de substantivo. Por isso, podem ser encontradas nas frases com funções sintáticas de: sujeito, predicado nominal, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal ou aposto. 


Portanto, existem 6 tipos de orações substantivas, aquelas que podem ser substituídas pelos pronomes isso, esse e essa. Cada uma delas pode se apresentar na forma desenvolvida ou reduzida.


Desenvolvidas: orações introduzidas por conjunção integrante (que, se) ou por pronomes e advérbios interrogativos (quando, como, onde, por que, quem, qual, quanto, que).

Exemplo: “Ele afirmou que conhecia todos os membros do clube.”. 


Reduzidas: conjunções que não aparecem na frase. Para identificá-la, pode-se observar o verbo e fazer a substituição pelos pronomes já citados.

Exemplo: “Ele afirmou conhecer todos os membros do clube”.


Confira o artigo completo sobre Orações Subordinadas Substantivas, ou fique com o resumo a seguir:


Oração subordinada substantiva subjetiva

A oração exerce a função de sujeito da oração principal. 


Exemplo: “Não era permitido que pessoas fossem ao jogo sem ingresso”. 


Oração subordinada substantiva objetiva direta

A oração exerce a função de objeto direto, que complementa um verbo transitivo direto e não leva preposição. 


Exemplo: “As meninas disseram que não iriam”. 


Oração subordinada substantiva objetiva indireta

A oração exerce função de objeto indireto, que complementa um verbo transitivo indireto e leva uma preposição.


Exemplo: “Ele respondeu ao que haviam perguntado”. 


Oração subordinada substantiva completiva nominal

A oração exerce a função de complemento nominal. Sua função se assemelha com a do objeto indireto, pois também é precedido de preposição.


Entretanto, o complemento nominal completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio, enquanto o objeto indireto complementa o sentido de um verbo.


Exemplo: “Tenho esperança de que ele consiga chegar”.


Oração subordinada substantiva predicativa

Ela exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. 


O predicativo é o termo que complementa o sujeito de uma oração ao atribuir uma qualidade a ele, e sempre é seguido de um verbo de ligação, que indica um estado (ser, estar, parecer, permanecer, ficar, continuar, andar, virar, tornar-se etc.).


Esse tipo de oração sempre aparece na estrutura: sujeito + verbo de ligação + oração subordinada substantiva predicativa. 


Exemplo: “A verdade era que eu tinha razão”.


Oração subordinada substantiva apositiva

A oração exerce função de aposto, que explica ou especifica melhor um termo anterior. A oração subordinada substantiva apositiva geralmente vem depois de dois-pontos, e eventualmente pode vir entre vírgulas ou travessões.


Exemplo: “Bruno fez um pedido: que estivéssemos juntos para sempre”.


O que são Orações Subordinadas Adjetivas?

Orações Subordinadas Substantivas e exemplos

Orações Subordinadas Adjetivas são as orações que têm a função de caracterizar um termo da oração principal, desempenhando a mesma função de um adjetivo.


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Elas são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, como, quando). 


Há 3 tipos que costumam ser classificadas de acordo com sua capacidade de ampliar ou reduzir o sentido do termo a que se referem.


Exemplo: “Admiro pessoas que se esforçam”.


Confira o artigo completo sobre Orações Subordinadas Adjetivas, ou fique com o resumo a seguir:


Oração subordinada adjetiva explicativa

Adiciona uma informação acessória que amplia ou explica um detalhe de um conceito já definido. Aparece separada por vírgulas, travessões ou parênteses e pode ser retirada sem que haja modificação em seu sentido.


Exemplo: “O novo funcionário, que chegou ontem, já está se adaptando na empresa.”


Oração subordinada adjetiva restritiva

Esse tipo restringe o significado de um termo específico a que se refere. Não são separadas por pontuação e são essenciais para que a sentença seja compreendida.


Exemplo: “Marcelo é um dos únicos diretores que possui a aprovação de todos”.


Oração subordinada adjetiva reduzida

As orações reduzidas não são introduzidas por conjunções ou pronomes e apresentam verbos em uma das formas nominais.


Exemplo: “Já foram comidos os chocolates comprados por mim.”


O que são Orações Subordinadas Adverbiais?

Orações Subordinadas Adverbiais e exemplos

Orações Subordinadas Adverbiais são as orações que desempenham a mesma função que os advérbios.


Há 9 tipos que costumam ser classificadas de acordo com qual a condição que aquele advérbio expressa (causa, tempo, modo, etc.)


Confira o artigo completo sobre Orações Subordinadas Adverbiais, ou fique com o resumo a seguir:


Orações Subordinadas Adverbiais Causais

As Orações Subordinadas Adverbiais causais expressam a ideia de causa ou motivo do acontecimento da oração principal.


Exemplo: “Não fui até lá porque estava chovendo”.


Orações Subordinadas Adverbiais Comparativas

As Orações Subordinadas Adverbiais comparativas expressam a ideia de comparação.


Exemplo: “Rafaela é tão bonita quanto Bruna”.


Orações Subordinadas Adverbiais Concessivas

As Orações Subordinadas Adverbiais concessivas expressam a ideia de concessão.


Exemplo: “Fui junto com ele embora estivesse cansada.”


Orações Subordinadas Adverbiais Condicionais

As Orações Subordinadas Adverbiais condicionais expressam a ideia de condição.


Exemplo: “Vou até lá contanto que não demore muito”.


Orações Subordinadas Adverbiais Conformativas

As Orações Subordinadas Adverbiais conformativas expressam a ideia de conformidade.


Exemplo: “Entregamos os relatórios conforme as orientações passadas”.


Orações Subordinadas Adverbiais Consecutivas

As Orações Subordinadas Adverbiais consecutivas expressam a ideia de consequência.


Exemplo: “Estava cansada, tanto que fui embora”.


Orações Subordinadas Adverbiais Finais

As Orações Subordinadas Adverbiais finais expressam a ideia de finalidade.


Exemplo: “Adiantei todo o meu trabalho a fim de que pudesse sair antes do horário”.


Orações Subordinadas Adverbiais Temporais

As Orações Subordinadas Adverbiais temporais expressam a ideia de tempo.


Exemplo: “Rafael e eu estamos combinando desde a semana passada.”


Orações Subordinadas Adverbiais Proporcionais

As Orações Subordinadas Adverbiais proporcionais expressam a ideia de proporção.


Exemplo: “Quanto mais você fala, mais eu me estresso”.

Período composto - conceito e classificação

 Na Sintaxe, o Período é uma sentença que contenha Frase e Oração; quando há apenas uma oração chamamos de Período Simples e quando possui 2 ou mais, chamamos de Período Composto. Essas orações podem estar relacionadas por Coordenação ou Subordinação e assim podemos entender de fato o que é Período Composto.


Neste artigo sobre o que é Período Composto, você encontrará a matéria completa:


Diferença entre Frase, Oração e Período

O que é Período Simples + exemplos

O que é Período Composto + exemplos

Tipos de Orações Coordenadas

Tipos de Orações Subordinadas

Diferença entre Frase, Oração e Período

Antes de falar sobre Período Composto, precisamos ter em mente algumas noções básicas de Sintaxe, como quais são as formas de classificar as mensagens, veja:


O que é Frase

A Frase é todo conjunto de palavras que faz sentido ou expressa algo coerente, ou seja, é um enunciado completo que estabelece comunicação e pode ou não conter um verbo.


Exemplos:


Ai! 

(é uma onomatopeia, sem verbo, expressa dor)


Silêncio! 

(é um substantivo, sem verbo, expressa uma ordem)


Cheguei cedo em casa. 

(é uma frase com verbo que expressa a sua ideia)


O que é Oração

A Oração é um enunciado que contém, obrigatoriamente, uma forma verbal (verbo ou locução verbal). 


Dica: para contar quantas orações há em uma frase ou período, basta contar o número de verbos e locuções!


Exemplos:


Estou muito feliz ultimamente!

(É uma oração com o verbo)


Tenho vivido de forma intensa, já pulei de paraquedas e voei em um planador!

(Há 3 orações, uma com locução verbal e outras duas com verbos)


O que é Período

O Período é um enunciado completo, composto de uma ou mais oração, que faça sentido e tenha determinado o começo (letra maiúscula) e o fim (alguma pontuação: final, interrogativa ou exclamativa). 


Veja a seguir quais são os tipos de período e seus exemplos:


O que é Período Simples + exemplos

O Período Simples é toda aquela sentença que possuir uma oração, ou seja, um único verbo. Essa é chamada de oração absoluta.


Exemplos:


Cristina comeu todas as fatias do bolo?

Ai… furou meu pé!

Acho ele bem profissional.

O que é Período Composto + exemplos

Um Período é Composto quando for uma sentença que contenha no mínimo duas orações, ou seja, quando possuir dois ou mais verbos. Podem ser coordenadas, principais, subordinadas ou reduzidas.


Exemplos:



Espero que ele me chame para ir ao teatro.

Nadou tanto para morrer na praia!

Deseja que a carne venha em qual ponto?

Observe que alguns desses verbos apresentam sentidos que se interligam, ou seja, há uma relação entre eles. Por isso, quando se trata de Período Composto, podemos dividí-los em dois grupos: os que são compostos por relação de coordenação ou por subordinação. 


O que são Orações Coordenadas: tipos e exemplos

No período composto por coordenação, as orações não exercem funções sintáticas entre si, ou seja, sua característica é ser independente. Ao ler uma delas sozinha, o sentido está completo.


Exemplos:


Dormi, sonhei, acordei e tomei um chá.

(Período composto por 4 orações coordenadas, pois se lermos cada uma delas individualmente ainda faz sentido.)


João foi ao cinema, mas ele não compreendeu o que viu.

(Período composto por 2 orações coordenadas, pois se lermos cada uma delas separadas, entendemos tudo o que foi expresso: “João foi ao cinema” e “ele não compreendeu o que viu”.)


As Orações Coordenadas podem ser classificadas em Sindéticas ou Assindéticas de acordo com o uso ou não de conjunção. São assindéticas quando não são ligadas por conjunção, são apenas separadas por vírgula e sindéticas quando ligadas por conjunção.


As Sindéticas ainda apresentam 5 tipos, de acordo com a conjunção que usam: Aditivas, Alternativas, Adversativas, Explicativas e Conclusivas.


Exemplos: 


Eu corri, pulei, descansei e cochilei. 

As três primeiras orações são assindéticas e a quarta é sindética aditiva porque possui a conjunção “e”. 


Carlota foi ao clube, mas ela não se divertiu.

A primeira oração é assindética e a segunda é sindética adversativa porque possui a conjunção “mas”.


O que são Orações Subordinadas: tipos e exemplos

No período composto por subordinação, há uma oração principal com sentido completo e as demais têm funções sintáticas em relação à principal, pois seu sentido depende da primeira para ficar completo.


Exemplos


Vou comprar um protetor solar, depois irei à praia.

(A primeira oração é a principal, pois contém sentido próprio. A segunda fica com seu sentido incompleto se lermos só: “depois irei à praia”; depois de quê?)


Vamos nos esconder quando ele chegar!

(A primeira oração é a principal, pois contém sentido próprio. A segunda fica com seu sentido incompleto: “quando ele chegar…”; quando o quê?)


Elas são divididas em três grandes grupos e, dentro deles, recebem nome e sobrenome  para cada função sintática que assumir: sujeito, objeto direto ou indireto, complemento nominal, adjunto adverbial ou nominal, aposto e agente da passiva.


Oração Subordinada Substantiva (7): subjetiva, objetiva direta e indireta, completiva nominal, predicativa, apositiva e agente da passiva*.

Oração Subordinada Adjetiva (2): explicativa e restritiva.

Oração Subordinada Adverbial (11): causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais, proporcionais, modais*, locativas*.

Não reconhecidas pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), mas existem.

Termos da oração - definição, classificação e exemplos

 Os termos da oração são aquelas palavras que têm uma função sintática bem definida. Eles podem ser divididos em três grupos de acordo com a sua relevância: termos essenciais (sujeito e predicado), termos integrantes (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva) e termos acessórios (adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto e vocativo). 


Neste artigo sobre os termos da oração, você encontrará:


O que significa ser um termo da oração?

Quantos e quais são os termos da oração?

Termos essenciais, integrantes e acessórios 

Exemplos explicados!

O que significa termos da oração?

Na Língua Portuguesa, um termo é simplesmente uma palavra que possui função específica. Neste caso estamos no contexto da Sintaxe, então o termo é analisado dentro da função sintática que ele desempenha na oração.


Já a oração é o conjunto de palavras que transmite uma mensagem. Nela, a ação principal é expressa pela presença de um verbo. 


A oração é constituída por diversos termos, daí surge a expressão termos da oração. Nesse contexto classificamos e agrupamos os termos dependendo de suas funções.


Quantos e quais são os termos da oração?

Os termos da oração são divididos e classificados em três grupos hierárquicos, isso significa que eles têm uma ordem de importância. Do mais relevante para o menos, os 3  grupos são: 


Termos essenciais

Termos integrantes

Termos acessórios 

Quais são os termos essenciais, integrantes e acessórios da oração?

Colocamos uma explicação mais detalhada a seguir para facilitar sua compreensão. Veja:


O que são Termos essenciais? 

São chamados de termos essenciais porque é necessário tê-los na oração para que ela exista. Sem eles, nada faz sentido algum e é em torno deles que toda a oração se organiza e está relacionada.


Sujeito

Ele é quem faz a ação, o protagonista, é sobre quem se declara algo. O verbo e os adjetivos se flexionam de acordo com ele. 


Exemplo:


“ Os cozinheiros atrasaram o jantar.”


O sujeito pode ser simples, composto, oculto, indeterminado ou inexistente. Ainda podemos dividi-los em partes como o núcleo e também artigos, pronomes, numerais e adjetivos. O núcleo do sujeito pode ser um substantivo, pronome, numeral ou qualquer palavra substantivada. Saiba mais sobre os sujeitos!


Predicado

O predicado é tudo aquilo que se diz sobre o sujeito. Quando identificamos o sujeito da oração e tiramos ele, tudo o que sobra é o predicado.


Exemplo:


“As alunas chegaram atrasadas por causa da chuva”


O predicado pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal, mas você pode saber mais sobre isso no nosso artigo de predicados.

O que são Termos integrantes?

São chamados de termos integrantes porque completam o sentido dos verbos e dos nomes. Eles não possuem sentido completo em si (sozinhos) como os essenciais. Assim, eles integram o significado dos essenciais. 


Complementos nominais

Ele completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio. Necessariamente, precisa estar com uma preposição.


Exemplo:


“Não devemos ter medo de morrer”


O substantivo está em negrito e o complemento nominal está sublinhado.


Complementos verbais (objeto direto e objeto indireto)

Ele completa o sentido de um verbo dependendo de sua transitividade. Se for TD será um objeto direto, se for TI será um objeto indireto (com preposição).


Exemplos:


“Os funcionários ganharam prêmios“ (direto)


“Os professores precisam de reconhecimento“ (indireto)


O verbo está em negrito e o complemento verbal está sublinhado.


Agente da passiva

O agente da passiva só existe em orações que estão na voz passiva. Nesse contexto, ele é quem pratica a ação e sempre vem precedido pela preposição por ou de.


Exemplo:


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“ O último anel foi comprado pelo noivo.”


Observe que há voz passiva porque o anel foi comprado, ou seja, ele sofreu a ação que foi provocada pelo noivo, o agente da passiva.


O que são Termos Acessórios?

São chamados de termos acessórios porque suas informações são dispensáveis para o intuito principal da oração. Na realidade, eles desempenham uma função secundária e servem para caracterizar um ser, especificar ou exprimir alguma circunstância. 


Adjunto adnominal

Este é o termo que caracteriza, modifica, determina ou qualifica um substantivo. Não confunda com os complementos: eles servem para completar o sentido que segue adiante. Já os adjuntos adnominais modificam diretamente o substantivo.


Exemplo:


“O carro azul sofreu um acidente.”


Se tirássemos o adjunto adnominal da frase, a mensagem principal ainda seria transmitida: o carro sofreu um acidente.


Adjunto adverbial

Esse termo altera o sentido do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Novamente, não confunda com os complementos! Os adjuntos adverbiais podem ser classificados dependendo do efeito que provocam: causa, finalidade, lugar, condição, dúvida…


Exemplo:


“ Xavier faltou à aula por causa da catapora”


Se tirássemos o adjunto adverbial de causa da frase, a mensagem principal ainda seria transmitida: Xavier faltou à aula.


Aposto

O Aposto é aquele que explica, resume, enumera, especifica, distribui ou compara outro termo. Muitas vezes vem deslocado da ordem direta e precisa estar entre vírgulas, dois-pontos, travessões ou parênteses.


Exemplos:


“Félix, o gato falante, é o personagem principal de um jogo”


“Gostei de tudo da festa: decoração, comida, local e convidados!”


E o Vocativo?

O vocativo é um termo independente, portanto não pertence à estrutura da oração. Ou seja, ele não deve ser associado aos termos da oração.


Afinal, ele é considerado um elemento do discurso e o utilizamos para criar uma relação de chamar a atenção do interlocutor.


Porém, quando transcrevemos um discurso, ele pode aparecer perto da oração. Como retirá-lo não causa nenhum efeito no sentido, acaba sendo citado no meio dos termos acessórios.


Exemplos do que é vocativo:


“ Oh, como é triste a vida sem você”


“ Mulher, case-se comigo!”

Concordância verbal - conceito, regras e exemplos

 Concordância Verbal é a relação estabelecida entre sujeito e verbo, algo que deve ser feito de acordo com a gramática. Ela deve ser feita em número (plural, singular) e pessoa (1º, 2°, 3°) . Em outras palavras: quando o sujeito está no singular, o verbo também deve estar. 


Ao final da leitura, você pode treinar com os exercícios sobre concordância verbal.


Neste artigo sobre Concordância Verbal, você encontrará:


O que é Concordância Verbal

Diferença de concordância verbal e nominal

Quais são as regras de concordância verbal para sujeitos simples e compostos

Outros casos especiais

O que é Concordância Verbal? (Exemplos)

A Concordância Verbal é a relação que precisamos estabelecer entre sujeito e verbo, só que de forma gramaticalmente correta. Em outras palavras, significa flexionar o verbo para concordar com o sujeito.


Lembre-se:


Sujeito: é a palavra da frase que mostra quem faz ou recebe a ação.


Verbo: é a palavra que expressa qual é essa ação.


A Concordância Verbal deve ser feita em número (plural ou singular) e pessoa (1º, 2°, 3°) ao mesmo tempo. 


Relembre:


As pessoas do singular são: eu (1°), tu (2°), ele/ela (3°). 


As pessoas do plural são: nós (1°), vós (2°), eles/elas (3°). 


Agora vamos ver exemplos de como isso tudo funciona:


Eu adoro o seu perfume.

Observe que o sujeito é a 1° pessoa do singular (eu). Assim, o verbo “adorar” se adequou a ele, virando “adoro”.


Marcos e Ana choraram quando perderam o tio.

O sujeito é formado por duas palavras: “Marcos e Ana”. Sabemos que se trata da 3° pessoa do plural, pois podemos substituir por “eles” sem prejudicar o entendimento.


Assim, os verbos “chorar” e “perder” se adequaram ao sujeito e se tornaram “choraram” e “perderam”.


Esse conteúdo costuma ser muito cobrado no exame da OAB, nos concursos e vestibulares, incluindo o ENEM, no 7° e no 9° ano do Ensino Fundamental, no 2º e 3º ano do Ensino Médio.

Qual a diferença entre Concordância Verbal e Nominal?

O nome já nos indica que a concordância verbal se refere ao verbo com o sujeito, concordando em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª). 


Da mesma forma, o nome nos indica que a concordância nominal se refere aos nomes que caracterizam os substantivos (adjetivo, particípio, numeral, pronome, artigo). Eles devem concordar em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).


Quais são as regras de concordância verbal?

A regra básica ou geral da concordância verbal é o verbo concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito daquela frase.


Pelo que explicamos até agora, você já entendeu e parece tudo muito simples, não é? 


Realmente nós já usamos esses recursos no dia a dia, desde que aprendemos a falar. Porém… no meio de uma redação você pode ficar com dúvida de como concordar quando o sujeito for composto, quando vier acompanhado de expressões, etc.


Realmente, existem vários casos especiais. São eles que nós iremos ver agora: 


Regras de concordância vebal para Sujeito Simples

A regra geral você já sabe, agora vamos ver os casos especiais de sujeito simples:


Sujeitos com coletivos

Quando for um coletivo, o verbo fica sempre no singular. 


Por mais que a ideia se refira a um conjunto, a palavra gramatical é singular, então o verbo deve ser também.


Exemplo:

A multidão acabou com o estoque da loja.


Atenção!


Se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural. Na via das dúvidas, fique sempre com o singular, embora o plural seja permitido!


Exemplos:

A multidão de clientes acabou com o estoque.


A multidão de clientes acabaram com o estoque.


Sujeitos com expressões partitivas (maioria de, maior parte)

Os coletivos partitivos são: “a maioria de”, “a maior parte de”, “grande número de”. Nesse caso, a concordância pode acontecer de qualquer uma das duas formas!


Exemplos:

A maior parte dos presentes se retirou.


A maior parte dos presentes se retiraram.


Sujeitos com pronome de tratamento

Quando o sujeito é um pronome de tratamento, embora eles se refiram à 2ª pessoa, o verbo fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural).


Exemplos:

Vossa Alteza pediu silêncio.


Vossas Majestades exigiram um banquete.


Sujeitos com locuções pronominais (alguns de nós, poucos de vós)

Com os pronomes interrogativos ou indefinidos no singular, o verbo concorda sempre no singular.


Exemplo:

Qual de vós me condenará?


Se houver palavra no plural, o verbo poderá concordar com o pronome interrogativo (quais, quantos) ou indefinido (alguns) ou pessoal (nós ou vós).


Exemplos:

Quais de vós me condenais?


Alguns de vós me condenam.


Sujeitos com expressões numéricas aproximativas (mais de, cerca de)

Nestes casos, o verbo concorda com o numeral que se segue após a expressão.


Exemplos:

Mais de uma mulher quis aproveitar a promoção.


Mais de dois homens quiseram o emprego.


Atenção!


Nos casos em que “mais de” indica reciprocidade ou vem repetida, o verbo vai para o plural.


Exemplo:

Mais de uma professora se cumprimentaram.


Mais de um casal, mais de uma família já perderam a esperança num futuro melhor.


Sujeitos com nomes próprios

Se não tiver artigo, o verbo ficará no singular mesmo que o sujeito seja um nome no plural. Se tiver artigo, o verbo concordará com o artigo.


Exemplos:

Estados Unidos é um país intrigante.


Os Estados Unidos são a maior potência bélica.


Em caso de títulos de obras, admitem-se as duas concordâncias.


Exemplos:


Os Sertões imortalizou Euclides da Cunha.


Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha.


Sujeitos com pronome relativo “que”

Nestes casos, o verbo concorda com o antecedente do pronome “que”.


Exemplo:

Fui eu que comi.


Sujeitos com pronome relativo “quem”

Agora, o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou concordar com o antecedente do pronome “quem”.


Exemplos:

Fui eu quem respondeu.


Fui eu quem respondi.


Sujeitos com “um dos que”

Este é mais um dos casos em que é opcional: o verbo pode ser conjugado no singular ou no plural, mas sempre lembrando da pessoa.


Exemplos:

Ele foi um dos que mais ajudou.


Ele foi um dos que mais ajudaram.


Sujeitos com porcentagem

No caso de expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que essa porcentagem se refere.   


Exemplos:

50% do eleitorado apoiou a candidatura dele.


50% dos operários aprovaram a decisão do sindicato.


Caso o verbo aparecer anteposto à porcentagem, deverá concordar com o numeral.


Exemplo:

Aprovaram a decisão da reitoria 50% dos alunos.     


Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular.


Exemplo:

1% dos soldados não aprovou a decisão do comandante.  


Nos casos em que o numeral estiver acompanhado de determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:


Exemplo:

Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. 


Regras de concordância verbal para Sujeito Composto

A regra geral você já sabe, agora vamos ver os casos especiais de sujeito composto!


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Sujeitos com sinônimos

Quando o sujeito composto for formado por palavras que são sinônimos, o verbo pode ir para o plural ou ficar no singular e concordar com o núcleo mais próximo.


Exemplos:

Preguiça e lentidão resumiram aquele passeio.


Preguiça e lentidão resumiu aquele passeio.


Sujeitos com palavras em graduação e enumeração

Este é mais um dos casos em que o verbo pode flexionar no plural ou concordar com o núcleo mais próximo.


Exemplos:

Um mês, um ano, uma década não supriu a sede de vingança dele.


Um mês, um ano, uma década não supriram a sede de vingança dele.


Sujeitos com pessoas gramaticais diferentes

Quando há sujeitos de pessoas gramaticais diferentes, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa na ordem de prioridade.


Exemplo:

Eu, tu e joão só chegaremos depois do pôr do sol.


Observe que o sujeito é composto por eu (1ª), tu (2ª) e ele (3ª). Dentre esses, a 1ª pessoa do singular tem prioridade. Mas devemos passar para o plural, o que equivale a “nós”, ou seja, “nós chegaremos”.


Sujeitos ligados por “ou”

Os verbos ligados pela conjunção “ou” com sentido de adição concordam no plural


Exemplo:

Doces ou chocolate desagradam a quase ninguém.


Com sentido de retificação, o verbo concorda com o último elemento.


Exemplo:

A menina ou as meninas perderam muitos brincos no carro.


Com sentido de exclusão, o verbo fica no singular.


Exemplo:

Laís ou Elisa ganhará mais tempo para enviar, pois a energia de casa acabou.


Sujeitos ligados por “nem”

Quando os sujeitos são ligados por “nem”, o verbo vai para o plural.


Exemplo:

Nem chuva nem calor são esperados pelos meteorologistas.


Sujeitos ligados por “com”

Se o “com” tiver o mesmo sentido de “e”, ou seja, somando as ideias, o verbo vai para o plural.


Exemplo:

O cantor com sua família desembarcaram às 22 horas.


Quando “com” expressar “em companhia de”, o verbo concorda com o antecedente:


Exemplo:

O pianista, com toda a equipe técnica, resolveu mudar a data do espetáculo.


Sujeitos ligados por “não só, mas também”, “tanto, quanto”, “não só, como”

Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.


Exemplos:

Tanto Eva como Adão comeram a maçã.


Não só Caio, mas também Ana participou da apresentação.


Sujeitos com o pronome“se”

Nos casos em que a palavra “se” for índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3ª pessoa do singular.


Exemplo:

Come-se bem neste restaurante.


No caso em que a palavra “se” é pronome apassivador, o verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito.


Exemplo:

Construiu-se uma igreja no alto da montanha.


Construíram-se novas pontes para atravessar aquele rio.


Outros casos especiais

Por fim, vamos apresentar aqueles casos que não dependem do tipo de sujeito em si, mas que são marcados por outros elementos:


Sujeitos com verbos impessoais

Os verbos impessoais são aqueles que estão no infinitivo e não apresentam sujeito, então conjugamos apenas na 3ª pessoa do singular. 


Os principais verbos impessoais são “haver” (no sentido de existir, acontecer e realizar-se), “fazer” (quando indica tempo) e verbos que indicam fenômenos da natureza.


Exemplos:

Havia muitos cacos no chão.


Faz dois meses desde que saí de lá.


Sujeito resumido por um pronome

Quando o sujeito for resumido por um pronome indefinido, como “tudo”, “nada”, “ninguém”, “nenhum”, “cada um”; o verbo fica no singular.


Exemplo:

Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de desistir dessa loucura!


Sujeitos ligados por “como”, “assim como”, “bem como”

Neste caso, o verbo é conjugado no plural.


Exemplo:

O trabalho, assim como o descanso, são essenciais para uma vida digna.


Sujeitos com expressão numérica

Há os casos em que os sujeitos têm locuções como “é muito”, “é pouco”, “é mais de”, “é menos de”. Se elas indicam preço, peso, medida, tempo e quantidade, o verbo fica sempre no singular.


Exemplo:

Quinhentos reais é muito para esse sapato!


Sujeitos com verbos “dar”, “soar” e “bater” 

Quando estão se referindo a tempo (horas), o verbo sempre concorda com o sujeito.


Exemplos:

Já deu uma hora que estou esperando.


Soaram três horas da manhã, e todos se assustaram.


Sujeitos com indicações de datas

Se isso aparecer no sujeito, o verbo deve concordar com a indicação numérica da data.


Exemplo:

Hoje são 14 de janeiro.


Mas o verbo também pode concordar com a palavra dia.


Exemplo:

Hoje é dia 14 de janeiro.


Concordância com o verbo ser

Quando o sujeito for representado por um dos pronomes: “tudo, nada, isto, isso, aquilo” ou os interrogativos “que ou quem”, o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com o predicativo.


Exemplos:

Tudo são flores.


Aquilo parecem ilusões.


Que são estrelas?


Quando o sujeito ou predicativo da oração for pronome pessoal, a concordância se dará com o pronome. Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem pronomes, a concordância será com o que aparece primeiro (o sujeito).


Exemplos:

Aqui o presidente sou eu.


Eu não sou tu.


Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca será com o predicativo.


Exemplos:

O menino era as esperanças da família.


Nas expressões do tipo: “ser preciso, ser necessário” o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou concorda com o sujeito posposto.


Exemplos:

É necessário aqueles materiais.


São necessários aqueles materiais.


Na expressão “é que”, se o sujeito não aparecer entre o verbo “ser” e o “que”, ficará na 3ª pessoa do singular. Se aparecer, o verbo concordará com o sujeito.


Exemplos:

Eles é que sempre chegam atrasados.


São eles que sempre chegam atrasados.


Sujeitos com verbos no infinitivo

Os verbos impessoais do infinitivo, nas seguintes situações, nós não conjugamos:


Quando têm valor de substantivo (Comer é o melhor a se fazer).

Quando têm valor imperativo (Direita, volver!).

Quando são os verbos principais de uma locução verbal (Íamos sair, mas choveu). Neste caso, a flexão ocorre no verbo auxiliar.

Quando são regidos por preposição e completam um termo anterior (Começamos a gritar).

Os verbos do pessoais do infinitivo devem ser flexionados quando queremos definir o sujeito (do tipo oculto).


Comprei a pizza para eles comerem. (fica implícito que fui “Eu” que comprei).

Figuras de pensamento - o que são e exemplos

 As figuras de pensamento são um grupo de figuras de linguagem cujo foco é criar uma ideia que vai além do sentido original. Há 9 delas: Ironia, Antítese, Paradoxo, Eufemismo, Hipérbole, Prosopopeia ou Personificação, Apóstrofe, Litote e Gradação. Cada uma delas é usada para gerar um efeito diferente, dependendo da intenção do falante.


Neste texto sobre Figuras de pensamento, você encontrará os tópicos abaixo. 


Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo!

Introdução: o que são figuras de linguagem?

As Figuras de Linguagem, também conhecidas como Figuras de Estilo, são recursos que podemos usar durante a comunicação. 


Eles são chamados de “estilísticas” porque são usados para dar ênfase a alguns aspectos e tornar a comunicação mais expressiva. Então podem ter diversos usos dependendo do estilo e da intenção do falante.



Quais os tipos de figuras de linguagem?

A linguagem é entendida como qualquer sistema de símbolos e códigos usados para expressar ideias e sentimentos (comunicação). Por isso, entendemos que ela tem origem no pensamento.


Assim, é possível expressá-la com diferentes recursos que dão ideia de ir além do literal. Há 4 formas de usá-los:


Figuras de Palavras ou Tropos (subvertem os significados).

Figuras de Sintaxe ou Construção (mudam as relações sintáticas).

Figuras de Som ou Harmonia (geram efeitos sonoros).

Figuras de Pensamento (mudam o sentido).


O que são Figuras de pensamento?

As Figuras de Pensamento são uma categoria de Figura de Linguagem. Elas são usadas quando queremos dar ênfase a uma ideia. 


Para isso, usamos uma forma de se expressar que muda a semântica (sentido) das palavras, seja para aumentar ou diminuir o impacto que a mensagem produz. Por isso, o sentido é entendido no pensamento de quem recebeu a mensagem, não na palavra. 


Assim, a principal característica das Figuras de Pensamento costuma ser o sentido conotativo. Isso significa que não é literal, mas é figurativo e simbólico. 


Estamos falando da sugestão de uma ideia, após ser motivada pela linguagem. Então a mudança de sentido não está no uso de uma palavra, mas começou a ser gerada no pensamento de quem falou e de quem recebeu.


Nessas figuras, as palavras não ganham novos significados, o que acontece é um jogo de estilo. É o modo de organizar as coisas em certo contexto que cria uma relação que vai além do literal. Assim, nós interpretamos a ideia de uma forma ambientada.


Quais são as Figuras de Pensamento?

Há 9 figuras de pensamento. São elas:


Personificação ou Prosopopeia.

Eufemismo.

Hipérbole.

Litote.

Gradação.

Paradoxo.

Antítese.

Ironia.

Apóstrofe.

Vamos entender o conceito e ver o exemplo de cada uma delas:


Prosopopeia ou Personificação

Essa figura é usada quando atribuímos uma ação, sentimento ou qualidade humana a seres não-humanos (objetos, animais, plantas, etc.).


Exemplo:


“O vento assobiou esta noite e eu senti arrepios.”


Nós sabemos que o vento (ser inanimado) não tem boca ou língua para assobiar. Porém, usamos essa palavra porque a vibração que seu movimento causa é semelhante ao som de um assobio humano. 


Eufemismo

Acontece quando usamos uma expressão para atenuar (não modificar, mas amenizar) o sentido original das coisas. É uma figura de pensamento usada quando a intenção é ser sutil e delicado ao falar.


Exemplo:


“Seu vovô virou estrelinha.”


Os adultos sabem que as pessoas morrem, mas muitos deles têm medo de falar dessa forma com os filhos. Por isso, recorrem ao uso do eufemismo para passar a mensagem da morte de forma sutil.


Hipérbole ou Auxese

Acontece quando o falante ou escritor aumenta exageradamente o sentido de algo. Essa figura de pensamento é usada para causar impacto em quem escuta ou lê. 


Exemplo: 


“Karla marcou comigo às 14:00, me deixou esperando mil anos e não apareceu”.


Sabemos que é impossível um ser humano viver e esperar alguém por mil anos. Por isso, a palavra foi usada para dar o sentido de que foi muito tempo aguardando a outra.


Litote

É uma figura de linguagem usada para amenizar um sentido, mas isso é feito negando o contrário do fato. 


Exemplo:


“Essa viagem não foi legal”.


Observe que o falante quis dizer que a viagem foi chata, mas ele poderia ser considerado grosseiro por falar explicitamente assim. Então, negou (usou o “não”) o contrário (“legal” é o contrário de “chato”). 


Gradação ou Clímax

Na figura da Gradação, há uma sequência de termos que estão dispostos em uma ordem significativa, hierárquica (crescente ou decrescente). Então, os elementos não foram colocados aleatoriamente, mas é essa disposição que passa a ideia pretendida.


Exemplo: 


“O chef chegou, sentou na cadeira, franziu o cenho, cerrou os dentes, bateu a mão na mesa e gritou que despediria todos”.


Repare na imagem que essa frase faz surgir na nossa mente. É como se passasse um filme pelo pensamento, em que as cenas vão crescendo em tensão. 


Tudo começa normal mas vão aparecendo sinais de que a coisa não está bem. Ao final, o clímax é atingido: despedir, um ato intenso.


Se a gradação for decrescente, chamamos de “anticlímax”.


Exemplo:


“Não me beijava mais, fugia dos meus abraços, desviava o olhar e agora não fica nem perto”.


Observe que, ao ler essa descrição, sentimos que o afeto entre o casal foi diminuindo gradativamente. Portanto, chegamos ao anticlímax.


Paradoxo ou Oxímoro

O paradoxo é o uso de sentidos contrários, aparentemente absurdos, mas que caminham para compor uma mesma ideia.


Exemplo: soneto de Luís de Camões.


Amor é um fogo que arde sem se ver


Amor é um fogo que arde sem se ver,


É ferida que dói, e não se sente;


É um contentamento descontente,


É dor que desatina sem doer.


É um não querer mais que bem querer;


É um andar solitário entre a gente;


É nunca contentar-se de contente;


É um cuidar que ganha em se perder.


É querer estar preso por vontade;


É servir a quem vence, o vencedor;


É ter com quem nos mata, lealdade.


Mas como causar pode seu favor


Nos corações humanos amizade,


Se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Todo esse soneto está recheado de paradoxos. Ele utiliza ideias contraditórias e que, ao mesmo tempo, unem-se para dar significado a uma só coisa: o amor.


Como poderia haver uma ferida que não dói? Note que a palavra “ferida” não é o oposto da palavra “doer”. O que há é uma relação da ideia para além das palavras, por que na vida sabemos que toda ferida tem como consequência a dor. 


Portanto, o paradoxo é a negação da ideia (uma ferida que não dói) e que só pode existir porque se refere a uma situação, o amor.


O Classicismo é um movimento literário que usava muitos paradoxos.


Antítese

A antítese é uma figura de pensamento que associa ideias contrárias. Ela dispõe palavras ou expressões opostas para gerar uma oposição.


Exemplo:


“Morrer é lucro, viver é Cristo”


Nesta passagem bíblica, São Paulo apóstolo usa uma antítese para causar contraste. Seu intuito era indicar que a verdadeira vida plena seria imitar o Cristo, então usou palavras opostas (morrer e viver).


O Barroco é uma escola literária com traços religiosos e que também usa muito das antíteses para expressar suas ideias. 


Ironia

A Ironia é uma figura de pensamento que usa uma palavra querendo dizer o seu contrário. Isso é feito para causar um efeito de sarcasmo, ou seja, de dizer algo de maneira maliciosa,  crítica, ridicularizante ou humorística.


Exemplo:


“Nossa, fulana é um doce mesmo né? Típico dela fazer isso.”


Se essa frase foi dita em um contexto no qual a fulana fez algo errado ou se escutamos alguém dizer isso com um tom de voz impaciente, certamente está sendo irônico.


Isso porque a palavra “doce” remete a algo prazeroso, mas foi usado para se referir a algo ruim que aconteceu. Portanto, é uma ironia.


Apóstrofe

Essa figura de linguagem está presente nas expressões que têm a função semelhante ao vocativo, ou seja, são usadas para dar a ideia de apelo, pedido, imploro, preocupação, emoção intensa ou desespero. Nas orações religiosas é muito frequente.


Exemplo:


“Ó Céus! Aonde foi parar meu carro?”


Observe que dizer “Ó céus” é como clamar o céu, onde há seres que podem nos ajudar. Nesse caso, a pessoa não está literalmente chamando o céu, mas passando o sentido de que ela está um pouco perdida porque perdeu algo valioso e precisaria de ajuda.

Verbos - morfologia e sintaxe

 Verbos são palavras de uma classe gramatical que expressa ações, situações, estados, fenômenos e desejos. O verbo também indica se o fato aconteceu no tempo Pretérito, Presente ou Futuro, dependendo da sua flexão. Para entender mesmo o que são verbos, ainda é preciso saber seus 3 modos: Imperativo, Subjuntivo e Indicativo.


Neste texto sobre o que são verbos, você encontrará os tópicos abaixo. Clique em um deles para ir diretamente ao conteúdo!


O que são verbos?

Verbo é o nome que damos às palavras que pertencem a uma classe gramatical que indica um processo: ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, acontecimento, desejo, atividade mental ou a própria existência dos seres.


A característica marcante dos verbos é a capacidade de serem flexionados em pessoa (1°,2° ou 3°), número (plural ou singular), modo (subjuntivo, imperativo ou indicativo), tempo (pretérito, presente ou futuro) e voz (reflexiva, passiva ou ativa).


Os verbos também podem ser classificados quanto à sintaxe, morfologia e conjugação da sua raiz.


Ao longo desse artigo, mostraremos o que tudo isso significa (com exemplos)!


Como identificar o que é um verbo?

Para identificar um verbo, a primeira coisa é pensar se essa palavra indica uma ação ou fenômeno. Também pense se ela está relacionada a um sujeito ou pronome pessoal e se, na sua forma original, termina em  “ar”, “er” ou “ir”.


Exemplo 


“Ana comeu uma torta de maçã. “


Depois de analisar a frase, concluímos que o verbo é “comeu”, porque ele indica uma ação (ato de comer), sua forma original termina em “er” (comer) e na frase está na forma conjugada porque o sujeito é Ana (ela comeu).



Estrutura dos verbos

Uma palavra na forma verbal apresenta alguns elementos que nos permite identificá-la como um verbo. Os seus elementos são radical e desinência. 


Depois de aprender sobre eles, estaremos terminando a primeira etapa do caminho para entender o que são verbos.


Radical do verbo

O radical dos verbos é a parte invariável. Ele possui o significado essencial do verbo, indica qual é a ação a que ele se refere e, por isso, é a parte que não muda nunca.


Exemplo 


O verbo “parar“ pode ser flexionado e assumir as formas: “parei”, “parava”, “param”. Observando o que há de comum e invariável nessas flexões, concluímos que o seu radical é “par” (par-ei, par-ava, par-am).


Tema

Tema é o nome que damos quando consideramos o radical + a vogal temática. A vogal temática é uma vogal que indica a qual conjugação o verbo pertence.


Exemplos


Sabemos que existem três as conjugações:


1ª conjugação: verbos terminados em “AR” / vogal temática: A / (verbo Falar)

2ª conjugação: verbos terminados em “ER” / vogal temática: E / (verbo Comer)

3ª conjugação: verbos terminados em “IR” / vogal temática: I / (verbo Rir)

Desinências dos verbos

A desinência de um verbo é toda a parte que sobra depois que já identificamos qual é o radical e o tema. Portanto, desinências são as terminações que os verbos podem assumir.


Essas terminações podem indicar Modo/Tempo ou Número/Pessoa. Vamos entendê-las separadamente:


Desinência Modo-Temporal

É aquela que flexiona para mostrar o tempo e o modo em que o verbo foi colocado. 


Exemplos


“Nós falávamos sobre o acidente”.


“ Se ela falasse mais baixo…”


A desinência modo-temporal da primeira frase é “va”, pois é a forma que o verbo assume quando o colocamos no pretérito imperfeito do indicativo.


A da segunda frase é “sse” porque é a forma que o verbo assume quando o colocamos no pretérito imperfeito do subjuntivo.


Desinência Número – Pessoal

É aquela que flexiona para mostrar de qual pessoa do discurso o verbo veio. 


Exemplos


“Falamos sobre isso ontem”.


“Falavam muito alto quando cheguei”


A desinência número-pessoal da primeira frase é “mos”, pois é a forma que flexionamos o verbo para indicar que quem o falou foi a segunda pessoa do plural (nós).


A da segunda frase é “am”, pois é a forma que flexionamos o verbo para indicar que quem o falou foi a terceira pessoa do plural (eles ou elas).


Neste momento, você só precisa saber identificar qual parte é a desinência. No próximo tópico, mostraremos as flexões que o verbo pode assumir dependendo da pessoa, modo, número e tempo.


O que é a flexão do verbo?

Você já entendeu que uma parte do verbo se mantém para expressar qual é a ação e outra flexiona (muda) de acordo com quem fala, com o tempo em que aconteceu, com o modo e com o número de pessoas.


Agora, vamos entender o que significa flexionar em cada categoria dessa e quais são as possíveis formas que o verbo pode ter dentro de cada uma delas.


Flexão de Modo

Na Língua Portuguesa, existem três modos verbais: Indicativo, Subjuntivo e Imperativo. Eles são usados para indicar as diferentes intenções de quem fala. Vamos conhecer cada um delas no seu contexto:


Modo Indicativo

O modo indicativo é usado para expressar uma ação real, que realmente acontece, é concreta. 


A pessoa que fala possui segurança e certeza, falando usando o verbo com exatidão. 


Exemplos


“Ontem eu comi uma pizza muito boa.”


“Nós trabalharemos no projeto a partir de amanhã.”


Modo Subjuntivo

O modo subjuntivo transmite a ideia de ação possível, mas incerta. Usamos para expressar uma ação que tem chance de acontecer, embora não tenha se concretizado ainda. 


A pessoa que fala possui dúvida ou formula uma hipótese, usando os verbos sem exatidão.


Exemplos


“Ela está esperando que eu termine primeiro.”


“Vou fazer apenas quando eu quiser.”


Modo imperativo

O modo imperativo transmite um pedido, ordem, súplica, convite ou conselho. 


A pessoa que fala está exigindo algo, falando o que deseja que o outro faça. Nesse modo, a pessoa é direcionada a cumprir aquela ação.


Exemplos


“Traga o restante dos papéis, por favor!”


“Não faça barulho!”


Flexão de Tempo

Quando nós contamos coisas para as pessoas no dia a dia, fica muito fácil identificar que falamos de coisas que já aconteceram, outras que estão acontecendo e aquelas que ainda acontecerão.


Assim, a flexão de tempo diz respeito a qual momento em que ocorreu ou deve ocorrer a ação. Eles são chamados de tempos verbais e há três básicos:


Ação no passado, chamado gramaticalmente de pretérito: aconteceu antes da fala.

Ação no presente: acontece no momento da fala.

Ação no futuro: acontecerá após a fala.

Os tempos verbais ainda se subdividem em simples ou compostos e cada modo verbal possui seus tempos verbais.


Parece confuso? Vamos conhecer cada tipo para entender tudo sobre o que é verbo!


Tempos verbais dos verbos

Tempos verbais do Modo Indicativo

Os tempos verbais do modo indicativo exprimem acontecimentos precisos e podem ser divididos em simples (só precisam de um verbo) e compostos (verbo auxiliar + verbo principal).


Ao todo, são 6 simples e 4 compostos. Antes de vermos os exemplos, temos algumas dicas para enter o nome e a situação a que se refere:


Se estiver escrito “pretérito”, significa passado.

Se estiver escrito “imperfeito”, significa inacabado, em suma, é porque a ação começou, mas por algum motivo não terminou.

Se estiver escrito “perfeito”, significa acabado, em suma, é porque a ação começou e já terminou.

Se estiver escrito “mais-que-perfeito”, é porque a ação começou e terminou antes de uma outra ação que também já começou e já terminou. É como o “passado do passado”.

Cada tempo composto corresponde ao mesmo sentido de algum dos tempo simples. São apenas formas diferentes de dizer a mesma coisa.

Agora, vamos conjugar o verbo “comer” para a terceira pessoa do singular (ele ou ela) em todos os tempos:


Tempos Simples

Presente (do indicativo) Ele come salada no recreio.

Pretérito imperfeito (do indicativo) Ele comia a salada quando o tempo acabou.

Pretérito perfeito (do indicativo) Ele comeu a salada dentro do tempo.

Pretérito mais-que-perfeito (do indicativo) O tempo acabou e ele comera a salada. 

Futuro do presente (do indicativo) Ele comerá a salada.

Futuro do pretérito (do indicativo) Ele comeria a salada.

Tempos Compostos

Pretérito perfeito composto (do indicativo) Ele tem comido salada no recreio.

Pretérito mais-que-perfeito composto (do indicativo) Ele tinha comido salada no recreio.

Futuro do presente composto (do indicativo) Ele terá comido a salada ao final do recreio.

Futuro do pretérito composto (do indicativo) Ele teria comido a salada.

Tempos Verbais do Modo Imperativo

O modo imperativo é aquele que exprime uma ordem, então só possui duas divisões: o imperativo afirmativo e o imperativo negativo (possui um “não” antes do verbo).


Negativo (do Imperativo) Não coma a salada!

Afirmativo (do Imperativo) Coma a salada!

Tempos Verbais do Modo Subjuntivo

Os tempos verbais do modo subjuntivo expressam acontecimentos possíveis, dependentes de outros. Eles também podem ser divididos em simples (só precisam de um verbo) e compostos (verbo auxiliar + verbo principal).


Ao todo, são 3 simples e 3 compostos. As dicas continuam as mesmas:


Se estiver escrito “pretérito”, significa passado.

Se estiver escrito “imperfeito”, é porque a ação começou e não terminou.

Se estiver escrito “perfeito”, é porque a ação começou e acabou.

Se estiver escrito “mais-que-perfeito”, é porque a ação começou e acabou antes de uma outra ação passada. É como o “passado do passado”.

Cada tempo composto corresponde ao mesmo sentido de algum dos tempo simples. São apenas formas diferentes de dizer a mesma coisa.

Vamos conjugar o verbo “comer” para a primeira pessoa do singular (eu) em todos os tempos:


Tempos Simples

Presente (do subjuntivo): fato atual, mas exprimindo uma possibilidade Talvez eu coma salada.

Pretérito imperfeito (do subjuntivo): fato passado dependente de outro Seria mais saudável se eu comesse salada.

Futuro (do subjuntivo): fato futuro relacionado a outro Quando eu comer salada, ficarei mais feliz.

Tempos Compostos

Pretérito perfeito composto (do subjuntivo) Ele não acredita que eu tenha comido salada.

Pretérito mais-que-perfeito composto (do subjuntivo) Ela acreditou que eu tivesse comido salada.

Futuro composto (do subjuntivo) Quando eu tiver comido salada, vou falar com você.

Flexão do verbo em Número e Pessoa

Quando falamos em flexionar o verbo de acordo com uma pessoa, estamos falando sobre as pessoas dos discursos. Elas podem ser pronomes pessoais ou substantivos que equivalham a alguma dessas pessoas (Juliana = ela).


Quando falamos em flexionar verbos em número, significa adequar ao plural (várias pessoas que fazem a ação) ou ao singular (uma pessoa faz a ação).


Vamos conhecê-las para entender logo tudo sobre o que é verbo!


Flexão de verbos em Número

Todos os tempos e modos verbais podem mudar sua desinência dependendo da flexão em número:


Singular (apenas um sujeito verbal): eu comi, ele comerá, tu comeste.

Plural (vários sujeitos verbais): nós comemos, eles comerão, vós comestes.

Flexão de verbos em Pessoa

Dizemos que há diferentes pessoas envolvidas na etapa de um discurso, dependendo da posição que ocupam:


1.ª pessoa: indica quem fala (eu e nós).

2.ª pessoa: indica com quem se fala (tu e vós).

3.ª pessoa:  indica de quem se fala (ele e eles).

Por meio da união entre flexão em pessoa e número, juntamente com os pronomes pessoais do caso reto, temos a conjugação verbal:


Eu – 1.ª pessoa do singular.

Tu – 2.ª pessoa do singular.

Ele – 3.ª pessoa do singular.

Nós – 1.ª pessoa do plural.

Vós – 2.ª pessoa do plural.

Eles – 3.ª pessoa do plural.

Se na frase não existir sujeito, o verbo permanece na 3ª pessoa do singular (verbos impessoais).

O que são Formas Nominais dos verbos?

As formas nominais não participam de nenhum tempo ou modo. Elas são formas que os verbos assumem para serem usados em contextos bem específicos e independentes. Por isso, é muito importante saber de cor. 


A única forma nominal que flexiona em pessoa é o infinitivo pessoal. Tirando ela, todas as demais são invariáveis. Observe:


Infinitivo pessoal O nosso problema é não comermos salada.

Infinitivo pessoal composto Termos comido salada nos deixou mais saudáveis.

Infinitivo impessoal Vamos comer salada.

Infinitivo impessoal composto Gostamos de ter comido salada.

Particípio Comida a salada, já não havia mais fome.

Gerúndio Vamos trabalhar comendo salada.

Flexão em Voz – Quais são as vozes do verbo?

Você já parou para observar que podemos descrever uma mesma situação de dois pontos de vista? Assim: “José vendeu a casa” ou “ A casa foi vendida por José”. Interessante, não é?


A flexão em voz de um verbo indica se o sujeito é o agente ou o paciente da ação verbal, ou seja, se ele pratica ou se sofre a ação. 


Na Língua Portuguesa, existem três vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Vamos conhecê-las para entender logo tudo sobre o que é verbo!


Voz Ativa

A voz ativa acontece quando o sujeito pratica a ação verbal, ou seja, quando ele é o agente da ação.


Exemplos


“Eu comi o brigadeiro.”


“Meu amigo comprou o celular.”


“Os estudantes leram os livros.”


Voz Passiva

A voz passiva acontece quando o sujeito sofre a ação verbal, ou seja, é o paciente de uma ação praticada por outro. 


A voz passiva ainda pode ser dividida em analítica e sintética.


Voz Passiva Analítica

Na voz passiva analítica, as frases apresentam a seguinte estrutura:


Sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva.


Exemplos


“O brigadeiro foi comido por mim.”


“O celular foi comprado pelo meu amigo.”


“Os livros foram lidos pelos estudantes.”


Voz Passiva Sintética

Na voz passiva sintética, as frases apresentam a seguinte estrutura:


Verbo transitivo direto + pronome se + sujeito paciente.


Exemplos


“Comeu-se o brigadeiro.”


“Comprou-se o celular.”


“Leram-se os livros.”


Observe que, nesse caso, o pronome “se” é indeterminador, porque omite quem foi que realizou a ação e deixa o foco para quem sofreu.


Voz Reflexiva

A voz reflexiva acontece quando o sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo, sendo o agente e o paciente simultaneamente. 


As frases apresentam sempre um pronome oblíquo (me, te, se, nos, vos, se).


Exemplos


“Ela se feriu com a faca.”


“Alimento-me sempre de três em três horas.”


“Eles se olharam profundamente por longos minutos.”


Observe que, nesse caso, a partícula “se” é reflexiva, porque indica que o sujeito fez a ação com ele mesmo.


A voz reflexiva pode indicar reciprocidade.


Exemplos:


“Os convidados cumprimentaram-se.”


“Eles se conheceram anteontem.”


Flexão em Aspecto

O aspecto verbal é o que diz sobre a duração da ação verbal. Ele indica se a ação foi concluída ou não. 


Nas ações concluídas, ele mostra o ponto no tempo em que a ação aconteceu, destacando o seu início, desenvolvimento ou fim. 


Em ações não concluídas, indica se a ação ocorre de forma frequente e repetida.


Aspecto Perfectivo

O aspecto perfectivo indica que a ação está totalmente concluída, que podemos identificar seu começo, desenvolvimento e fim. 



Exemplos


“Minhas amigas compraram roupas no último sábado.”


“Ontem meu irmão leu um livro diferente.”


Aspecto Imperfectivo

Indica a ação que não está totalmente concluída, que não podemos identificar seu início, o desenvolvimento e o fim.


Exemplos


“Minhas amigas compravam roupas apenas quando sobrava dinheiro.”


“Meu irmão lia um livro diferente somente quando tinha tempo. “


Aspecto Incoativo ou Inceptivo

O aspecto incoativo (ou inceptivo) indica que o foco da ação está no seu início.


Exemplos


“Começou a chover agora mesmo!”


“Os presidentes dos clubes iniciaram as negociações.”


Aspecto Cursivo ou Permansivo

O aspecto cursivo (ou permansivo) indica que o foco da ação está no seu desenvolvimento.


Exemplos


“Já está chovendo há três dias!”


“Os presidentes dos clubes ainda estão em negociações.”


Aspecto Conclusivo ou Terminativo

O aspecto conclusivo (ou terminativo) indica que o foco da ação está no seu fim.


Exemplos


“Parou de chover há duas horas.”


“Os presidentes dos clubes concluíram as negociações.”


Aspecto Pontual

O aspecto pontual indica que a ação é momentânea, que acontece somente em um certo momento.


Exemplos


“O funcionário saiu do trabalho ao meio-dia.”


“Eu quebrei o copo na cozinha.”


Aspecto Durativo

O aspecto durativo indica que a ação é contínua, que não é momentânea. Acontece de forma duradoura ou repetitiva.


Exemplos


“O funcionário está tentando sair do trabalho há uma hora.”


“O pedreiro está quebrando a parede desde hoje de manhã.”


Aspecto Contínuo

O aspecto contínuo indica uma ação continuada, que acontece de forma frequente.


Exemplos


“Estou trabalhando na loja de sapatos no bairro ao lado.”


“Meu amigo está aprendendo francês.”


Aspecto Descontínuo

O aspecto descontínuo indica o recomeço de uma ação que era contínua, mas que foi interrompida.


Exemplos


“Voltei a trabalhar na loja de sapatos no bairro ao lado.”


“Meu amigo está novamente aprendendo francês.”


Classificação dos Verbos

Todas essas inúmeras reflexões que vimos ocorrem em determinadas circunstâncias. Porém, ao longo do texto, você viu que algumas formas não variam (não flexionam).


Por isso, foram criadas categorias teóricas para agrupar os verbos dependendo de qual a propriedade que eles apresentam quando são avaliados de acordo com:


A sintaxe (função que desempenha na frase).

A morfologia (sua constituição).

Quanto à conjugação (essa nós já vimos acima).

Esse é o último assunto dentro do texto, vamos conferir exemplos de cada categoria para entender de vez o que são verbos!


Morfologia

A palavra morfologia significa “estudo das formas”. Por isso, ao analisar essa categoria, podemos agrupar os verbos dependendo da estrutura deles.


Verbos Regulares

Flexionam-se de acordo com o padrão de conjugação a que pertencem. 


Exemplos: Estudar – eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós estudamos…


Verbos Irregulares

Sofrem modificações em relação aos padrões da conjugação. 


Exemplos: Caber – eu caibo; Medir – eu meço.


Verbos Anômalos

São verbos irregulares em que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. 


Exemplos: Ir – eu vou; Ser – eu sou.


Verbos Defectivos

São aqueles que não são conjugados em todas as formas. 


Exemplo: banir – não possui 1ª, 2ª e 3ª pessoa do presente do indicativo e presente do subjuntivo, mas é conjugado normalmente nos outros tempos e modos.


Verbos Abundantes

Aqueles que apresentam mais de uma forma de conjugação. 


Exemplos: acendido – aceso; incluído – incluso.


Sintaxe

A sintaxe é a parte da Língua Portuguesa que estuda quais as funções que uma classe gramatical (no caso, a dos verbos) podem ocupar dentro de uma determinada frase.


A sintaxe dos verbos varia de acordo com a transitividade, ou seja, com a necessidade ou não de um complemento e, se precisa, de qual tipo será esse complemento.


Verbos Transitivos

São aqueles que precisam de um complemento para ter sentido completo e podem ser de dois tipos:


Verbos Transitivos Diretos

Pedem um objeto direto como complemento, indicando quem ou o quê.


Exemplo: 


Se nos deparamos com o verbo “ler”, perguntamo-nos “ler o quê?”. Esse “o que” que falta é o objeto direto. Veja algumas opções que complementam:


“Ler a revista.”


“Ler o livro.”


“Ler a notícia.”


Verbos Transitivos Indiretos

Pedem um objeto indireto como complemento, indicando de quem, para quem, com quem, de quê, para quê, a quê (precisa de preposição). Veja algumas opções: 


Exemplo: 


Se nos depararmos com o verbo “precisar”, logo perguntamos, “precisar de quê?”. Esse “Esse “o que” que falta é o objeto indireto. Veja algumas opções que complementam:


“Precisar de ajuda.”


“Precisar de comer.”


“Precisar de ir embora.”


Verbos Transitivos Diretos e Indiretos

Pedem um objeto direto e um objeto indireto ao mesmo tempo, indicando quem ou o quê e, também, de quem, para quem, com quem, de quê, para quê, a quê, etc.


Exemplo:


O verbo “agradecer” faz surgir a pergunta “agradecer o quê e a quem?”. Veja algumas opções que complementam:


“Agradecer o presente ao amigo.”


“Agradecer o convite à professora.”


“Agradecer a atenção ao consultor.”


Verbos Intransitivos

São aqueles que não pedem nenhum complemento para ter sentido completo. Não precisam de objeto direto ou objeto indireto. O verbo sozinho transmite uma ação completa que começa e termina no sujeito da oração. 


Eles podem ser enriquecidos com a adição (não obrigatória) de adjuntos adverbiais.


Exemplo


Repare nas frases que podemos formar com o verbo “dormir”:


“Ele foi dormir.”


“Eu dormi.”


“Ela dormiu sozinha.”

sábado, 8 de janeiro de 2022

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Classes gramaticais - Morfologia

 MORFOLOGIA Classes gramaticais Vamos conhecer as dez classes gramaticais... 

2  1. SUBSTANTIVO Substantivo é a classe gramatical que nomeia os seres: Objetos: O avião chegou. Pessoas: João vai estudar. Lugares: Moro em Campinas. Sentimentos: O amor nos engrandece. 

3  Continuação... Estados: Todos necessitam de alegria. Qualidades: A honestidade é essencial. Ações: A pescaria foi divertida. Fenômenos da natureza: Chuva é importante. 

4  Classificação dos substantivos Comum: indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie. Ex: casa, homem, cidade, rio. Coletivos: entre os substantivos comuns encontram-se os “Coletivos”, que, embora estejam no singular, indicam um conjunto de seres da mesma espécie. 

Ex: álbum (de fotografias, de selos), alcateia (de lobos, de feras), acervo (de obras de arte), arquipélago (de ilhas), banca (de examinadores), bateria (de instrumentos ou perguntas), batalhão (de soldados ou pessoas em geral), biblioteca (de livros), baixela (de utensílios de mesa), caravana (de viajantes), código (de leis), cinemateca (de filmes), clero (de sacerdotes), cardume (de peixes), concílio (de bispos), conclave (de cardeais), clientela (de clientes), colônia (de imigrantes, pescadores, insetos ou bactérias), comunidade (de cidadãos), constelação (de estrelas), coletânea (de textos ou músicas), colégio (de eleitores), discoteca (de discos), doutrina (de conhecimentos), decálogo (de mandamentos), elenco (de atores), enxame (de abelhas), enxoval (de roupas), esquadra (de navios de guerra), esquadrilha (de aviões), fauna (de animais), flora (de vegetais), fato (de cabras), fornada (de pães), frota (de ônibus), galeria (de quadros), girândola (de fogos de artifício), hemeroteca (de jornais e revistas), horda (de invasores, selvagens ou aventureiros), legião (de anjos ou demônios), nuvem (de gafanhotos), orquestra (de músicos), pinacoteca (de quadros), plateia (de espectadores), plêiade (de poetas ou artistas), pomar (de frutos ou árvores), quadrilha (de dançarinos em grupo), ramalhete (de flores), réstia (de alhos e cebolas), romanceiro (de poemas narrativos), sínodo (de párocos ou religiosos reunidos), time (de jogadores), turma (de estudantes, amigos ou trabalhadores), universidade (de faculdades), vara (de porcos), vocabulário (de palavras)

Alguns indicam número exato de seres: ano (doze meses), década (doze anos), milênio (mil anos), século (cem anos), semana (sete dias), novena (nove dias), quarentena (quarenta dias), tríduo (três dias), quinzena (quinze dias), trezena (treze dias), mês (28, 29, 30 ou 31 dias), par (duas unidades), trinca, terno, tríade, trilogia, trio ou trindade (três unidades), quina (cinco unidades), dezena (dez unidades), dúzia (doze unidades), centena (cem unidades), grosa (doze dúzias), milhar (mil unidades), monóstico (um verso), dístico (dois versos), terceto (três versos), quarteto (quatro versos), quintilha (cinco versos), sextilha (seis versos), septilha (sete versos), oitava (oito versos), nona (nove versos), décima (dez versos), hectare (dez mil metros quadrados), resma (500 folhas de papel), bimestre (dois meses), trimestre (seis meses), semestre (seis meses), quadrimestre (quatro meses), decálogo (dez leis ou mandamentos).

5  Continuação... Próprio: é aquele que particulariza um ser da espécie: Marcelo, São Paulo, Brasil. Concreto: indica seres que não dependem de outro para existir. Casa (ser real) Bruxa (ser imaginário) Abstrato: indica seres que dependem de outro para existir. ódio trabalho solidão Esses seres existem em função de outros seres (ação, estado, qualidade, sentimento): - o ódio é sentido por alguém; - o trabalho é realizado por alguém; - a solidão é o estado em que alguém se encontra.

6  Formação dos substantivos Primitivo: é aquele que dá origem a outras palavras. Ex: pedra terra Derivado: é aquele que se forma de outras palavras. Ex: pedreira terreno 

7  Continuação... Simples: é aquele formado por um radical. Ex: flor maçã couve Composto: é aquele formado por mais de um radical. Ex: banana-maçã (composto de banana + maçã) couve-flor ( composto por couve + flor) 

8  2. ARTIGO É a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo. O artigo se classifica em: Definido: é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida (precisa): o, a, os, as. Ex: O menino foi ao parque. O menino específico. 

9  Continuação... Indefinido: é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida (vaga, imprecisa): um, uma, uns, umas. Ex: Um menino foi ao parque. (qualquer menino) 

10  3. ADJETIVO É a palavra que caracteriza o substantivo. Exemplos: O bom homem me ajudou. A vizinha estava alegre. O cidadão brasileiro escolheu seu presidente. 

11  Locução adjetiva É uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo. Exemplos: Sapatos sem meias. Touca de bolinha. Período da manhã. Faixa de idade. 

12  4. NUMERAL É a palavra que se refere ao substantivo indicando quantidade, ordem, multiplicação ou divisão de uma quantidade. Exemplos: Choveu durante quatro semanas. O terceiro aluno da fila era o mais alto. Comeu meia maçã. Lucrou o triplo hoje.

13  Classificação do Numeral De acordo com o que indica, o numeral pode ser: Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres: um, dois, três... Ordinal: indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série: primeiro, segundo, terço... Multiplicativo: expressa ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: dobro, triplo, quádruplo... Fracionário: expressa ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida: meio, metade, terço, quarto... 

14  5. PRONOME É a palavra que substitui, retoma ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso. Ex: Paulo sorriu. Finalmente as coisas tomavam o rumo que ele desejava. Substituindo ou acompanhando o substantivo, o pronome indica a pessoa do discurso (pessoa gramatical): Eu (nós): primeira pessoa (a pessoa que fala - locutor) Tu (vós): segunda pessoa (a pessoa com quem se fala - locutário) Ele (a) (s): terceira pessoa (a pessoa de quem se fala - assunto) 

15  Classificação do pronome Pronomes Pessoais: substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles: retos, oblíquos e de tratamento. Pronomes pessoais do caso reto: eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Pronomes pessoais do caso oblíquo: Me, mim, comigo Te, ti, contigo O, a, lhe, se, si, consigo, ele, ela Nos, nós, conosco Vos, vós, convosco Os, as, lhes, se, si, consigo, eles, elas 

Os retos funcionam como sujeito ou predicativo e os oblíquos, como complemento ou adjunto.

16  Formas pronominais Os pronomes o, a, os, as adquirem as seguintes formas: Lo, la, los, las, quando associados a verbos terminados em r, s ou z: Encontra(r) + o = encontrá-lo Encontramo(s) + o = encontramo-lo Fe(z) + as = fê-las No, na, nos, nas, quando associados a verbos terminados em som nasal: Encontraram + o = encontraram-no põe + as = põe-nas 

17  Pronomes pessoais de tratamento Os pronomes pessoais de tratamento representam a forma de se tratar as pessoas, trato cortês (cerimonioso, oficial) ou informal (íntimo). Os mais usados são: Você: v. Pessoas familiares, íntimas Senhor, Senhora: Sr. Srª. Pessoas com as quais se mantém um certo distanciamento respeitoso Vossa Senhoria: V. Sª. Pessoas de cerimônia, principalmente em textos escritos como cartas comerciais, ofícios, requerimentos etc., comerciantes, chefes de seção, funcionários públicos graduados, oficiais até coronel Vossa Excelência: V. Exª. Altas autoridades: presidente da República, senadores, deputados, embaixadores, ministros, governadores, prefeitos, juízes, oficiais de patente superior à de coronel etc. Vossa Eminência: V. Emª. Cardeais Vossa Alteza: V. A. Príncipes e duques 

18  Continuação... Vossa Santidade: V. S. O Papa Vossa Reverendíssima: V. Revmª. Sacerdotes e religiosos em geral Vossa Paternidade: V. P. Superiores de ordens religiosas Vossa Magnificência: V. Magª. Reitores de universidades e outras instituições de ensino superior Vossa Majestade: V. M. Reis e imperadores

Esses pronomes também possuem uma forma iniciada por Sua, quando indicam a terceira pessoa. Na abreviatura, o V é substituído por S.

19  Pronomes Possessivos São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a idéia de posse de algo (coisa possuída): Eu reagi quando tocaram no meu braço. São eles: Meu, minha, meus, minhas Teu, tua, teus, tuas Seu, sua, seus, suas Nosso, nossa, nossos, nossas Vosso, vossa, vossos, vossas Seu, sua, seus, suas 

São sempre pronomes possessivos, com exceção de nossa, que pode ser usado como interjeição por derivação imprópria, vossa e sua, que podem fazer parte de pronomes de tratamento.

20  Pronomes demonstrativos São palavras que indicam, no espaço, no tempo ou no próprio texto, a posição de um ser em relação às pessoas do discurso. Posição no espaço: Este caderno é meu. Este: indica que o caderno está próximo da pessoa que fala. Esse caderno aí é teu. Esse: indica que o caderno está próximo da pessoa que ouve. Não sabemos de quem é aquele caderno lá. Aquele: indica o caderno distante de ambas as pessoas. 

21  Continuação... Posição no tempo Este ano está sendo bom para nós. Este: referindo-se ao ano presente Esse ano que passou foi razoável. Esse: referindo-se a um passado próximo Aquele ano foi terrível para todos nós. Aquele: referindo-se a um passado distante. 

No texto Não se esqueça disto: amanhã tem prova. Este: apresenta próximos termos ou informação que vai ser especificada Ele sofreu um acidente, isso o deixou doente. Esse: retoma termos anteriores ou informação que já foi especificada

Em uma enumeração Maria e Joana se formaram, esta em odontologia e aquela em medicina. Este: retoma o último termo citado Aquele: retoma o primeiro termo citado

Se houver três ou mais termos a serem retomados, usam-se numerais.

São também demonstrativos: Mesmo - Ela mesma resolveu o assunto; Próprio - Foram os próprios responsáveis que fizeram a confusão; Tal - Em tais momentos, não devemos nos irritar; Semelhante - Não tenha semelhante atitude; O, a, os, as - Não entendi o que foi dito

22  Pronomes indefinidos São palavras que se referem à 3ª pessoa do discurso, dando- lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. Ex: Alguém está chegando. (Alguém refere-se à 3ª pessoa sem identificá-la). Compareceram muitos pais à reunião. (Muitos refere-se à 3ª pessoa sem determinar o número exato). Algum, alguma, alguns, algumas, algo Nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, alguém Todo, toda, todos, todas, nada Muito, muita, muitos, muitas, ninguém Pouco, pouca, poucos, poucas, tudo Certo, certa, certos, certas, cada 

23  Continuação... Outro, outra, outros, outras, outrem Quanto, quanta, quantos, quantas, quem Tanto, tanta, tantos, tantas, mais Vário, vária, vários, várias, menos Diverso, diversa, diversos, diversas, demais Um, uma, uns, umas Qual, quais Bastante, bastantes Qualquer, quaisquer

Fulano, sicrano e beltrano são substantivos, e não pronomes indefinidos.

Algures, alhures e nenhures são advérbios de lugar, e não pronomes indefinidos.

24  Locuções Pronominais Indefinidas São duas ou mais palavras que equivalem a um pronome indefinido. Exemplos: Apenas uma ou outra pessoa parava para ver o espetáculo. Qualquer um poderá participar do concurso. 

25  Continuação... Algumas locuções pronominais indefinidas: Cada qual Cada um Quem quer que seja Seja quem for Seja qual for Qualquer um Todo aquele que Tal e qual 

26  Pronomes Interrogativos São aqueles usados na formulação de uma pergunta direta ou indireta. Assim como os indefinidos, referem- se à 3ª pessoa do discurso: Que dia é hoje? (interrogativa direta) Diga-me que dia é hoje.(interrogativa indireta) Quem fez isso? (interrogativa direta) Não sei quem fez isso. (interrogativa indireta) Pronomes Interrogativos: Que, quem, qual (e variação), quanto ( e variação). 

27  Pronomes Relativos São aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. O nome mencionado anteriormente é o antecedente do pronome. Os livros que estou lendo são muito bons. Livros é o termo antecedente e que é o pronome relativo O sobrado onde morava fora deixado pelo avô. Sobrado é o termo antecedente e onde é o pronome relativo. Pronomes relativos variáveis: O qual, a qual os quais, as quais Cujo, cuja, cujos, cujas Quanto, quanta, quantos, quantas Pronomes relativos invariáveis: Que, quem, onde, como, quando

Que, quem, onde, como, quando e quanto podem ou não ser relativos. O qual e cujo são sempre relativos.

28  Pronome Substantivo e Pronome Adjetivo Pronome Substantivo é aquele que substitui o substantivo ao qual se refere. Pronome Adjetivo é aquele que acompanha o substantivo com o qual se relaciona. Exemplo: Alguns alunos estudam o suficiente, outros (alunos) não. Alguns = pronome adjetivo Outros = pronome substantivo 

29  6. VERBO Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o momento em que ela ocorre, é o Verbo. Eu escrevo com rapidez. Escrever = ação Uma idéia de estado também pode ser localizada no tempo por meio de um verbo. Os alunos estavam preocupados. Estar = estado Uma ação ocorrida num determinado tempo também pode constituir-se num fenômeno da natureza expresso por um verbo. Naquela noite trovejou muito. Trovejar = fenômeno da natureza Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo. 

30  Conjugações do verbo Na Língua Portuguesa, três vogais antecedem o “r” na terminação do infinitivo: a – e – i. Essas vogais caracterizam a conjugação do verbo. São três as conjugações em que se agrupam os verbos: 1ª conjugação: AR CANTAR, ARRUMAR 2ª conjugação: ER PODER, VENDER 3ª conjugação: IR PEDIR, SENTIR 

O verbo pôr - e seus derivados: expor, repor, impor, etc. - pertence à 2ª conjugação, porque sua forma antiga era poer.

31  Flexão do verbo Há duas partes principais que formam os verbos: RADICAL e TERMINAÇÕES (desinências modo-temporais, desinências número-pessoais, tema, vogais temáticas). AMAR: am= RADICAL ar= TERMINAÇÕES (a= vogal temática, r= desinência) 

32  Pessoa e número O verbo varia em pessoa e número: SINGULAR: 1ª eu amo 2ª tu amas 3ª ele/ela ama PLURAL 1ª nós amamos 2ª vós amais 3ª eles/elas amam 

33  Tempo e Modo Tempo: o fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos: Presente: O garoto estuda. Pretérito perfeito: O garoto estudou. Pretérito imperfeito: O garoto estudava. Pretérito mais-que-perfeito: O garoto estudara. Futuro do presente: O garoto estudará. Futuro do pretérito - antigo condicional: O garoto estudaria, se tivesse condições. 

34  Continuação Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar CERTEZA, DÚVIDA, ORDEM. Fato certo: Marcos estuda todos os dias. Fato duvidoso: Se Marcos estudasse... Ordem: Estude, Marcos! As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais: Modo Indicativo: exprime certeza. Modo Subjuntivo: exprime dúvida. Modo Imperativo: exprime ordem, conselho, pedido, súplica, convite ou recomendação.

35  Tempos do Indicativo... PRESENTE Eu canto, tu cantas, ele canta Nós cantamos, vós cantais, eles cantam PRETÉRITO PERFEITO Eu cantei, tu cantaste, ele cantou Nós cantamos, vós cantais, eles cantaram PRETÉRITO IMPERFEITO Eu cantava, tu cantavas, ele cantava Nós cantávamos, vós cantáveis, eles cantavam PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO Eu cantara, tu cantaras, ele cantara, Nós cantáramos, vós cantáreis, eles cantaram FUTURO DO PRESENTE Eu cantarei, tu cantarás, ele cantará Nós cantaremos, vós cantareis, eles cantarão FUTURO DO PRETÉRITO Eu cantaria, tu cantarias, ele cantaria Nós cantaríamos, vós cantaríeis, eles cantariam 

36  Tempos do modo Subjuntivo... Presente: Que eu ame, que tu ames, que ele ame, Que nós amemos, que vós ameis, que eles amem Imperfeito: Se eu amasse, se tu amasses, se ele amasse, Se nós amássemos, se vós amásseis, se eles amassem Futuro: Quando eu amar, quando tu amares, quando ele amar, Quando nós amarmos, quando vós amardes, quando eles amarem 

37  Modo Imperativo Ao indicar ordem, conselho, pedido, o fato verbal pode expressar afirmação ou negação. Portanto, são duas as formas verbais no imperativo: Imperativo afirmativo: Cantem mais alto! Imperativo negativo: Não cantem alto! 

38  Dicas... O Imperativo afirmativo é constituído da seguinte forma: Presente do subjuntivo, com exceção da 2ª pessoa do singular e do plural que são retiradas do presente do indicativo, sem o “s”: Canta, cante, Cantemos, cantai, cantem. O verbo ser, faz, excepcionalmente: sê tu e sede vós. O Imperativo negativo é formado do presente do subjuntivo, Ctrl + C e Ctrl + V: Não cantes, não cante, Não cantemos, não canteis, não cantem 

39  Formas Nominais do Verbo Os verbos possuem formas que são nominais. São nominais porque por si só elas não expressam nem o tempo nem o modo verbal. Também, em alguns contextos, assumem a função de substantivos, adjetivos ou verbos. O jantar está preparado. Jantar = substantivo Eu vou jantar. Jantar = verbo Ela está preparada para a festa. Preparada = adjetivo Ela havia preparado o jantar. Preparado = verbo 

40  Continuação... As formas nominais do verbo são três: Infinitivo: cantar Gerúndio: cantando Particípio: cantado 

41  Locução verbal É o conjunto formado por dois ou mais verbos que expressam uma idéia (um verbo auxiliar + um verbo principal). Exemplo: Você terá de trabalhar muito. Terá = verbo auxiliar Trabalhar = verbo principal 

42  ADVÉRBIO São palavras que indicam as circunstâncias em que ocorre a ação verbal. Ontem, fomos ao cinema. Ontem = circunstância de tempo As crianças saíram depressa. Depressa = circunstância de modo 

43  Classificação do advérbio Tempo: ontem, hoje, amanhã, logo, antes, depois, agora, depois, já, enfim.... Lugar: aqui, ali, aí, lá, acolá, perto, longe, acima, abaixo, dentro, fora,... Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, melhor, pior, suavemente (e a maioria dos advérbios terminados em mente),... Afirmação: sim, certamente, realmente, deveras, efetivamente,... Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, nunca, jamais. Dúvida: acaso, talvez, quiçá, porventura, possivelmente, provavelmente, eventualmente. Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, tão, tanto, quase, bastante, demais,... E outras... 

44  Locução adverbial É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. Exemplos: De repente, as garotas chegaram. Márcia saiu às pressas. Com certeza, vamos participar. 

Tempo: em breve, à tarde, à noite, depois de amanhã, de repente, hoje em dia, de madrugada, de manhã, de vez em quando, a qualquer momento... Lugar: por fora, por dentro, embaixo, em cima, ao lado, à direita, à esquerda, por baixo, por cima, por perto... Modo: em silêncio, às claras, de cor, à vontade, à toa, às pressas, de mansinho, em geral, em vão, frente a frente, ao vivo, sem medo... Afirmação: com certeza, sem dúvida, de fato, na verdade, com efeito. Negação: de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, em hipótese alguma. Intensidade: de todo, de pouco, de muito, em excesso, à beça. Dúvida: quem sabe, por certo.

45  PREPOSIÇÃO É a palavra invariável que liga dois termos. Nessa ligação, há uma relação de subordinação (dependência) em que o segundo termo se subordina ao primeiro. Ex: Voltei para Campinas ontem. Voltei = termo regente para = preposição Campinas = termo subordinado A relação se sentido estabelecida entre o termo regente e o termo subordinado é LUGAR. 

46  Continuação... Preposições essenciais (aquelas que sempre foram preposições): A, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Preposições acidentais (aquelas que passam a ser preposições, mas são provenientes de outras classes gramaticais): Conforme, consoante, segundo, durante, mediante, não obstante, como, salvo, tirante, exceto, menos, feito, fora, que etc. São resultantes de uma derivação imprópria.

Durante, mediante, consoante, tirante e não obstante são formas de particípio presente;

Visto, salvo, exceto e feito são formas de particípio;

Fora, afora, menos e inclusive são formas de advérbio;

Conforme é forma de adjetivo;

Segundo é forma de numeral ordinal;

Como é forma de conjunção;

Senão é a conjunção condicional se com o advérbio de negação não.

47  Continuação... Principais relações estabelecidas pela preposição: Autoria: Música de Caetano Veloso. Lugar: Estava na escola. Tempo: Dormi desde às dez horas. Modo: Chegar aos gritos. Causa: morreu de medo. Assunto: Falamos sobre economia. 

48  Continuação... Finalidade: Estudou para passar de ano. Instrumento: Escreveu a lápis. Companhia: Saiu com os amigos. Meio: Viajou de trem. Matéria: Casa de madeira. Posse: Festa do João. Oposição: O São Paulo jogou contra o Flamengo. 

49  Continuação... Conteúdo: Copo de vinho. Preço: Vendeu a prazo. Origem: Descende de família humilde. Destino: Ir a Roma. Distância: Fica a duas quadras daqui. Limite: Vá até a escola. Especialidade: Formou-se em direito.

Não é sempre que a preposição apresenta sentido. Às vezes, serve como mero elemento conector.

50  Locução Prepositiva É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de preposição. Ex: Não estou a par do assunto. Principais locuções prepositivas: Abaixo de além de acerca de Acima de antes de a par de A fim de diante de depois de Apesar de graças a junto a Ao invés de diante de em via de Em vez de junto de Defronte de através de De encontro a em frente de Sob pena de a respeito de de acordo com não obstante graças a

51  Combinação e Contração Combinação: quando a preposição não sofre perda e fonema. Fomos ao teatro. Contração : quando a preposição sofre perda de fonema. Festa da Marcela. Da = de + a (preposição “de” + artigo “a”). 

de + aqui = daqui, de + ele = dele, de + essa = dessa

em + a = na, em + ele = nele, em + aquela = naquela

por + a = pela

Quando a preposição a se junta ao artigo definido a ou aos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo, ocorre a crase - fusão de duas vogais idênticas. É um caso especial de contração.

52  CONJUNÇÃO É a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. Ex: O mascate juntou a mercadoria e fugiu quando viu os fiscais. Meu amigo tinha aquele jeito fraco, mas era muito forte. 

53  Classificação das Conjunções Coordenativas: ligam orações independentes. Ex: Os filhos reuniram os familiares e fizeram uma festa para os pais. As orações são independentes, isto é, uma não depende de nenhum termo da outra. Os filhos reuniram os familiares. Eles fizeram uma festa para os pais. 

54  Continuação... Subordinativas: ligam orações dependentes. Ex: Acho que virei. A segunda oração depende de um termo da primeira oração. Não possuindo sentido completo, o verbo achar tem a segunda oração como seu complemento. A segunda oração depende, portanto, de um termo da primeira. 

55  Conjunções Coordenativas Aditivas: exprimem idéia de adição, soma. São elas: e, nem, mas também, mas ainda, como também (depois de não só) etc. Ex: Marcos trabalha, mas também estuda. Adversativas: exprimem idéia de oposição, adversidade. São elas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante etc. Ex: A peça foi boa, mas não agradou a todos. 

56  Continuação... Alternativas: exprimem idéia de alternância, escolha. São elas: ou (repetida ou não), ora, já, quer, seja (repetidas). Ex: A criança ora chora, ora ri. Explicativas: exprimem idéia de explicação, justificativa. São elas: que, porque, porquanto, pois (anteposta ao verbo). Ex: Chegue logo, pois haverá reunião. Proteja-se, porque vai chover. 

57  Continuação... Conclusivas: exprimem idéia de conclusão, consequência lógica. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), assim, então, destarte, dessarte. Ex: As leis são importantes, respeite-as, pois. Estudaram muito, logo irão bem nas provas. 

58  Continuação... Conjunções Subordinativas: classificam-se em: Temporais: introduzem orações que exprimem idéia de tempo, momento. São elas: quando, enquanto, logo que, depois que, antes que, sempre que, depois que, desde que, até que, assim que, mal etc. Ex: Assim que tocou o sinal, os alunos saíram da classe. 

59  Continuação... Causais: introduzem orações que dão idéia de causa, razão. São elas: porque, que, porquanto, já que, visto que, uma vez que, como (no início da frase), na medida em que etc. Ex: Como estava doente, não apareceu na aula. Condicionais: introduzem orações que exprimem condição, hipótese. São elas: se, caso, salvo se, exceto se, contanto que, a não ser que, a menos que, desde que, sem que, uma vez que etc. Ex: Se você em ajudar, eu participarei da atividade. 

60  Continuação... Proporcionais:introduzem orações que exprimem proporção direta ou inversa, simultaneidade. São elas: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais, quanto menos etc. Ex: Nosso trabalho aumenta à medida que encontramos novos clientes. Finais: introduzem orações que exprimem finalidade, intenção. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que). Ex: Coloquei o livro em lugar bem visível, a fim de que possa encontrá-lo facilmente. 

61  Continuação... Consecutivas: introduzem orações que exprimem consequência, efeito. São elas: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de modo que, de forma que, de maneira que, de sorte que etc. Ex: O calor era tão intenso, de modo que o asfalto amoleceu.. Concessivas: introduzem orações que exprimem concessão, quebra de expectativa. São elas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que, nem que, por mais/menos que, por muito/pouco que, por melhor/pior que. Ex: Embora estivesse doente, foi à escola. 

62  Continuação... Comparativas: introduzem orações que representam o segundo elemento de uma comparação. São elas: como, assim como, bem como, tal qual, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... quanto/como, tal qual etc. Ex: João é mais esforçado que Marcos. Conformativas: introduzem orações que exprimem conformidade, adequação. São elas: conforme, segundo, consoante, como, de acordo com. Ex: Elaboramos a aula, conforme o coordenador solicitou. 

63  Continuação... Integrantes: introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Ex: Desejo que ela participe. (Desejo sua participação.) Não sei se ele virá. (Não sei de sua vinda.) Observação: São chamadas de locuções conjuntivas as conjunções representadas por duas ou mais palavras. Ex: visto que, desde que, ainda que, à medida que, logo que, a fim de que, de modo que etc. 

64  INTERJEIÇÃO São palavras que expressam estados de espírito. Ex: Ah! Que alegria! Ih! Que encrenca! 

65  Classificação das interjeições As interjeições se classificam de acordo com as emoções ou sentimentos: 

Aclamação: Viva! 

Advertência: Atenção! Cuidado! Devagar! Calma! Fogo! Sentido!

Agradecimento: Obrigado! Grato!

Afugentamento: Fora! Rua! Xô! Passa! Vaza!

Alegria, satisfação: Ah! Oba! Viva! Gol! Eba! Aleluia!

Alívio: Ah! Ufa! 

Animação, estímulo: Coragem! Avante! Vamos! Adiante! Força! 

Apelo, pedido: Socorro! Alô! Psiu! Piedade! Aqui! Táxi!

Aplauso, aprovação: Bravo! Parabéns! Muito bem! Ótimo! Valeu!

Aversão, desaprovação: Credo! Irra! 

Cessação, suspensão: Basta! Chega! Não mais! Pare!

Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!

66  Continuação... 

Desacordo: Barbaridade! 

Dúvida, incredulidade: Qual! Ora! Epa!

Desapontamento: Ué! 

Desejo, intenção: Tomara! 

Dor, tristeza: Ai! Ui!

Espanto, admiração: Ah! Puxa! Nossa! Céus! Caramba! 

Impaciência, contrariedade: Puxa! Diabo! Raios! Hem! Hum! Droga!

Pena: Coitado! 

Reprovação: Francamente! 

Satisfação: Oba! 

Saudação: Oi! Olá! Salve!

Silêncio: Psiu! Silêncio! Shh!

Terror: Uh! Ui! Credo! Cruzes!

Indecente ou indescente?

 Segundo as regras ortográficas da língua portuguesa, a palavra correta é indecente, sem o uso da letra s antes da letra c. A grafia indesce...